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Plano de Trabalho CAPS Serviço Social

Por:   •  22/2/2021  •  Projeto de pesquisa  •  1.261 Palavras (6 Páginas)  •  817 Visualizações

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CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS

LUCÉLIA/SP

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Plano de Trabalho

2016

CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - CAPS

LUCÉLIA/SP

Serviço Social

Plano de trabalho elaborado com o objetivo informacional, em relação às atividades que serão desenvolvidas no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS de Lucélia/SP, através da assistente social em conjunto com a equipe multidisciplinar.

Lucélia, 22 de junho de 2016

INTRODUÇÃO

A Reforma Psiquiátrica Brasileira (fim da década de 70) mudou a forma de prestar assistência à saúde mental, que antes tinha no manicômio a única forma de tratamento de pessoas com sofrimento psíquico grave.

Para superar as internações em hospitais psiquiátricos foram organizados novos serviços substitutivos que se propuseram a oferecer meios de convivência e interação social. Em 2001, a Lei Federal nº 10.216 foi promulgada com o objetivo de gerar uma nova assistência à saúde mental.

Os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS foram os serviços iniciais neste novo apoio à saúde mental, sendo o Ministério da Saúde o responsável pela regulamentação, implantação e financiamento do serviço no país.

Os CAPS têm como função promover a inserção social das pessoas com sofrimento psíquico, por meio de ações intersetoriais além de regular a porta de entrada da rede de assistência à saúde mental no seu território de atuação. O Ministério da Saúde por meio da Portaria GM 336/2002 estabeleceu a abrangência dos CAPS além da organização e estrutura do atendimento à saúde mental, estipulando o atendimento diário da população em seu território, prestando acompanhamento clínico e reabilitação psicossocial aos pacientes em sofrimento psíquico grave. Possui equipe multidisciplinar integrada por médico psiquiatra, enfermeiro, psicólogo, assistente social, auxiliar de enfermagem, terapeuta ocupacional, entre outros que prestam cuidados aos pacientes através de atendimentos individualizados ou em grupos, visitas domiciliares, oficinas terapêuticas, atendimentos à família, bem como atividades comunitárias.

OBJETIVO GERAL

Oferecer suporte para o paciente que possui sofrimento psíquico, procurando promover a autonomia e a reabilitação psicossocial (a possibilidade de reverter um processo desabilitador através do aumento da contratualidade social do indivíduo com o mundo) evitando novas internações, isolamento e exclusão social, realizando para tal, ações de promoção à reintegração familiar, social e comunitária.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Possibilitar o enfrentamento de valores e pensamentos estigmatizados dos indivíduos e da sociedade buscando transformar a visão que se tem da pessoa com sofrimento psíquico, sendo esta uma pessoa possuidora de potencialidades e capacidades que a possibilitam conviver socialmente;
  • Oferecer suporte para a recuperação e reintegração social da pessoa com sofrimento psíquico;
  • Prestar apoio matricial dando suporte às equipes da atenção básica por meio de orientação, atendimento em conjunto de situações complexas e visitas domiciliares;
  • Apoiar a família e seu grupo social.

PÚBLICO ALVO

Usuários do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, que estejam em sofrimento psíquico grave e persistente, incluindo os transtornos relacionados a substâncias psicoativas (álcool e outras drogas).

METODOLOGIA

A acolhida e a escuta especializada se configuram em métodos que servem como instrumento primordial para o atendimento ao portador de sofrimento psíquico de forma a compreender a situação pela qual passa e estabelecer um vínculo terapêutico e de confiança do paciente com os profissionais. Pode-se compreender a acolhida e escuta qualificada como uma prática que possibilita as aproximações iniciais com o usuário e sua família, a qual permite a identificação das demandas imediatas apresentadas pelos mesmos.

ATIVIDADES DO SERVIÇO SOCIAL:

As ações a serem desenvolvidas pelo profissional do Serviço Social devem ir além do burocrático e emergencial, devem pautar-se na direção socioeducativa por meio de reflexão das condições sócio-históricas que vivem os usuários e mobilização para a participação nas lutas em defesa do direito à saúde (CFESS, 2010). Assim, o assistente social na saúde mental deve:

  • Prestar serviços de âmbito social a indivíduos e grupos da saúde mental, identificando e analisando seus problemas bem como necessidades materiais e psíquicas e/ou de outra ordem, aplicando métodos e processos básicos do serviço social para prevenir ou eliminar a exclusão social resultante da sua condição biopsicossocial e promover a integração ou reintegração dessas pessoas à sociedade;
  • Estudar e analisar as causas de exclusão social, estabelecendo planos de ações que busquem a integração do portador de sofrimento psíquico em relação a seus familiares ou ao meio social;
  • Orientar, democratizar informações e realizar encaminhamentos que dizem respeito aos direitos dos usuários;
  • Ajudar as pessoas que estão em dificuldades decorrentes de problemas psicossociais, agilização de exames, remédios e outros que facilitem e auxiliem a recuperação de pessoas com problemas de saúde;
  • Elaborar diretrizes, atos normativos e programas de assistência social, promovendo atividades educativas, recreativas e culturais, para assegurar o progresso e melhoria do comportamento individual;
  • Assistir as famílias nas suas necessidades básicas, orientando-as e fornecendo-lhes suporte material, educacional, médico e de outra natureza, para melhorar sua situação e possibilitar uma convivência harmônica entre os membros;
  • Elaborar, emitir pareceres e construir o perfil socioeconômico dos pacientes, com o objetivo de evidenciar as condições determinantes e condicionantes de saúde;
  • Fortalecer os vínculos familiares com o intuito de tornar o paciente e seus familiares sujeitos do processo de promoção, proteção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde;
  • Integrar reuniões da equipe interprofissional, para discussão e estudo de casos;
  • Registro das ações e atividades nos prontuários dos pacientes.

AÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL

  • Oficina de Cidadania: visa oportunizar a reflexão ao exercício da cidadania com caráter operativo e socioeducativo. O objetivo é estimular e promover o exercício da cidadania levando os pacientes do serviço à reflexão e à prática social através da discussão, debate e troca de experiências. Também é realizada leitura de notícias de jornais de temas relativos a questões sociais, políticas ou de escolha dos usuários.
  • Visita Domiciliar: é um importante instrumento para o profissional de Serviço Social, pois oferece uma forma deste compreender a dinâmica e interação da família e as condições de vida do paciente envolvendo as condições de sua moradia e suas relações sociais e comunitárias.
  • Triagem Social: constitui-se na acolhida inicial realizada logo no primeiro contato com o paciente e familiares e, na coleta de dados visando subsidiar o profissional das condições socioeconômicas, de saúde, de habitação e higiene.
  • Atendimento individualizado de famílias: atendimento a família que necessite de orientação ou acompanhamento em situações de conflitos ou cotidianas.
  • Atendimento a grupos de famílias: objetiva integrar a família ao tratamento, orientar, informar e esclarecer sobre o transtorno mental do paciente, buscar a facilitação de sua convivência e suas limitações e estimular a troca de experiência entre famílias que compartilham um problema em comum.
  • Orientação: conversa ou assessoramento personalizado ao usuário ou grupo, com um tema específico visando informá-los e empoderá-los de seus direitos enquanto cidadãos.
  • Atividades de suporte social: projetos para obtenção de documentação e meios que propiciem o desempenho dos direitos civis dos usuários com sofrimento psíquico, atividades de lazer, acompanhamento em atividades físicas, articulação com os serviços nas residências terapêuticas e projetos de inserção no trabalho.

CONCLUSÃO

O protagonismo, autonomia e empoderamento do paciente com transtorno mental é um dos objetivos centrais no CAPS. Este plano de trabalho visa estipular as metas a serem alcançadas com o atendimento centrado no fortalecimento dos vínculos familiares, sociais e comunitários dos mesmos, desenvolvendo por meio dos serviços habilidades, capacidades e conhecimentos do paciente. Para tanto contará com avaliações periódicas realizadas pela equipe multidisciplinar, visando também à sequência nos atendimentos e a extensão e articulação dos serviços com a rede de atenção básica em saúde e a rede socioassistencial do município de Lucélia/SP.

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