Politicas setoriais
Por: Cleuza Silvério da Silva • 12/5/2015 • Trabalho acadêmico • 311 Palavras (2 Páginas) • 346 Visualizações
Como sabemos, João Cabral de Melo Neto é um autor de referencia. Nos remete a um mundo mágico de beleza e dureza. Descobriu a literatura ainda criança,"sentados na roda morta de um carro de boi, sem jante". Descoberta da literatura encanta uma criança, ''o de perto com o distante e ali com o espaço mágico''. Nunca é um ato imediato e radical; ao contrário. é quando entendemos muito bem os mecanismos e lacunas de um contexto a ponto de intervir sobre ele sem que ninguém perceba diretamente.
A prática de letramento praticada ali, ''no espaço mágico", de forma tão espontânea, encanta e diverte jovens e adultos, numa situação de leitura, que é nos passada através das simples e sensíveis pessoas do Engenho, para ouvir poesias, como se diz '' em alto-falantes'', desenvolvendo assim, a prática da oralidade, que se enriquecia, após cada sessão de cordel.
Outra prática de letramento que o poema nos propõe é o prazer da roda de leitura compartilhada, leitura de fruição, simplesmente imaginária, vivenciada...
Também é possível trabalhar a leitura como prática social, por meio dos ''cassacos do eito''. Estes, descobriam, na fruição da leitura oralizada as diversas portas que se abriam para o seu entendimento e percepção de mundo; as influencias da leitura do gênero tão estigmatizado pelos poderosos da sociedade da época sobre o filho-engenho.
E assim, várias outras formas de letramento vão surgindo. Basta adentrar ao poema e se deliciar com a riqueza do poema. Já imaginou: Se nessas rodas- verdadeiras rodas por sinal, houvesse mais de um leitor, quanto mais não se compartilharia? Numa roda de leitura... esse momento mágico... o primeiro contato com a leitura prazerosa...Assim ocorreu a ''Descoberta da literatura''.
Termino lembrando de Otto Lara Resende: A poesia de Cabral é aquela joia, é o máximo que se consegue de beleza com o mínimo de material.
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