PÓS-MODERNIDADE: FIM DA MODERNIDADE OU MISTIFICAÇÃO DA REALIDADE CONTEMPORÂNEA?
Por: maria.livia • 18/6/2018 • Resenha • 830 Palavras (4 Páginas) • 675 Visualizações
Titulo: PÓS-MODERNIDADE: FIM DA MODERNIDADE OU MISTIFICAÇÃO DA REALIDADE CONTEMPORÂNEA?
Autora: Adrianyce Angélica S. de Sousa
INTRODUÇÃO
O texto “Pós-modernidade: fim da modernidade ou mistificação da realidade contemporânea?” faz parte da dissertação de mestrado apresentada por Adrianyce Angélica S. de Sousa, a autora trás no decorrer do texto uma reflexão a cerca da chamada sociedade pós-moderna estabelecida a partir do que seria a crise da modernidade. Essa discussão emerge na conjuntura precisa das modificações econômicas e políticas dos anos 60, e possibilita questionamentos que apontam para a instauração de uma sociedade pós- moderna marcada por uma modalidade de cultura e de racionalidade totalmente nova. O pensamento pós- moderno significaria uma crítica e rompimento com a modernidade, com consequências desde a vida cotidiana até a produção do conhecimento social. No entendimento da autora, essa idéia de uma sociedade pós-moderna seria, na verdade um mito próprio e funcional ás relações reificadas do sistema capitalista em sua fase tardia, que no plano do pensamento, constituiria um falseamento da realidade de totalidade que é intríseca á mesma.
A modernidade e o surgimento da razão moderna
Uma grande parte dos intelectuais em um grande e diversificado esforço de caracterizar as implicações do movimento histórico contemporâneo no âmbito da sociedade capitalista em reformulação nas últimas quatro décadas tem tornado lugar comum a indicação de uma situação histórica sem precedentes que configuraria o fim da modernidade e de suas articulações fundamentais. Para poder avança no entendimento acerca das teses defendidas pelos pós-modernos e que supostamente explicariam a existência da pós-modernidade é relevante uma abordagem sobre a concepção de modernidade e seu respectivo projeto.
Tem-se por referência da construção da sociedade moderna a emergência da ordem burguesa, a qual assume um papel revolucionário rompendo com todo tipo de mistificação prévia, encarnando um caráter emancipatório. O alicerce do desenvolvimento do mundo burguês assume-se uma capacidade extremamente maior de criar uma massa de bens e serviços em quantidade e qualidade capazes de atender a todas as necessidades de reprodução da sociedade, é introduzido um novo conteúdo na vida cotidiana dos indivíduos. Isso tudo impulsionaram o surgimento de uma nova forma de inteligir o mundo, que seria o programa sociocultural da Ilustração. Este expressa a conquista, no plano das ideias, ainda no marco do Ancien Régime,da hegemonia cultural pela burguesia revolucionária,a qual foi edificada sobre um forte racionalismo que tinha como eixo central superar qualquer limitação do conhecimento operada pela filosofia e pela teologia.A exploração racional da natureza passava pelo seu reconhecimento tal como ela se apresenta,tornando plausível desenvolver um conjunto de instrumentos intelectuais e materiais capazes de potencializarem a exploração da mesma.Acreditavam que a razão não possuía somente uma dimensão instrumental mas também uma dimensão emancipatória. A razão moderna desenvolve a sua unidade na perspectiva antropocêntrica que a funda, a estrutura da razão moderna é inclusiva e parametrada pela objetividade e processualidade que ela verifica e reconstrói na realidade.
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