REFORMAS E REALIDADE O Caso Do Ensino Das Ciências

As escolas são objetos de reflexão para as maiores mudanças que ocorrem na sociedade, tanto no âmbito político e econômico quanto no social e cultural. A partir do momento que a Ciência e a tecnologia alcançaram o reconhecimento da sua importância para o desenvolvimento da economia, da cultura e da sociedade foi aumentando também sua importância para as reformas no setor educacional.

Nos anos 60, durante a guerra fria, os EUA investiram na área das ciências para garantir uma elite que pudesse seguir carreira científica e , dessa forma, vencerem a batalha espacial. No Brasil o investimento no setor científico ocorreu devido ao processo de industrialização da sociedade. Para se tornar auto-suficiente em relação a matéria-prima, o país necessitava de um impulso da ciência e da tecnologia.

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) de 23 de dezembro de 1961, expandiu o conhecimento de ciências nas escolas em vários níveis, tendo como princípio a formação da criticidade dos alunos visando a formação de cidadãos reflexivos.

Em 1964, período da Ditadura militar, a escola deixou de destacar a formação de cidadãos críticos para a formação profissionalizante de alunos para o desenvolvimento econômico do país.

Em 1996 a educação foca na formação de cidadãos trabalhadores, conectando o mundo de trabalho a prática escolar.

MODALIDADES DIDÁTICAS E RECURSOS

Os currículos tradicionais, assim como eram realizados na década de 60, ainda permanecem aqui no Brasil. O construtivismo, idealizado por Jean Piaget, começou a ser reconhecida no final dos anos 60. Essa concepção teve vários efeitos curriculares, pois a partir do momento que Piaget considerava, em sua teoria, a importância das fases de desenvolvimento infantil, o laboratório científico foi considerado uma importante fase para o estágio cognitivo do aluno, que facilita o progresso de sua aprendizagem durante os vários períodos cognitivos.

Com o advento da tecnologia e o acesso ao computador por grande parte dos alunos, fazem com que estes tenham acesso a um universo de informações, adquirindo conhecimentos que não são só passados através do ensino formal. Dessa maneira o professor deve ser um facilitador da aprendizagem, sabendo controlar essas in formações e expandindo os seus conhecimentos e dos alunos. A interação entre os alunos e professores, através de diversas perguntas, podem mudar o ensino de ciências e a escola como um todo.

TEMÁTICA

Com o aumento da poluição, as crises ambientais e a crise energética, encaminharam muitas transformações, em todos os níveis de ensino, das ciências como disciplina. Ocorreu uma difusão da ciência com a sociedade, que passaram a se articularem através dos aspectos políticos, econômicos e culturais. A interdisciplinaridade do ensino passou a se ampliar, através de projetos com temas como a poluição, o lixo, as fontes de energia, o crescimento populacional e a economia dos recursos naturais.

No período de 1950-70 acontece movimento de Ciência Integrada que se antepõe aos modelos tradicionalistas de educação. A escola passou conscientizar os alunos sobre suas responsabilidades cm cidadãos, levando os alunos a compreenderem a importância da natureza, da tecnologia, e os seus efeitos de longo prazo.

Com o construtivismo, foi reforçado o movimento “Ciências para todos”onde o ensino das ciências passa a ser relacionado com o cotidiano dos alunos envolvendo problemáticas como a religião, ideologia, cultura, tecnologias entre outras. A melhoria de qualidade de vida