Relações entre o movimento do ciclo autocrático burguês e o serviço social
Artigo: Relações entre o movimento do ciclo autocrático burguês e o serviço social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: neoliberalismo • 6/10/2014 • Artigo • 978 Palavras (4 Páginas) • 604 Visualizações
As relações entre o movimento do ciclo autocrático burguês e o Serviço Social localizam-se nas condições novas, sincronizadas à dinâmica e ao significado histórico que a ditadura brasileira impôs para as práticas, as modalidades de reprodução e as (auto)representações profissionais. A partir deste condiciona- lismo é que se pode rastrear a essencialidade destas relações e identificar a sua conexão com a renovação do Serviço Social.
O vínculo entre a autocracia burguesa e a renovação do Serviço Social, final da déc. 60 entrando para a déc. 70, no discurso e na ação governamentais, de- marcou um componente caracterizado como Serviço Social ‘’tradicional’’. Este componente atendia a duas necessidades distintas: preservar os traços mais subalternos do exercício profissional, de forma a continuar contando com um firme estrato de executores de políticas sociais, ao mesmo tempo, contrarrestar projeções profissionais conflituosas com os meios e os objetivos que estavam alocados às estruturas organizacional-institucionais em que inseriam os assis- tentes sociais. Um dos componentes das relações entre a autocracia burguesa e o Serviço Social operou para a manutenção das modalidades de intervenção e (auto)representações que matizavam a profissão desde o início dos anos 50. A força da inércia (potenciada pelos referenciais ideais do Serviço Social ‘’tradicional’’) no bojo da institucionalidade profissional, é um dos vetores que responde pela continuidade de práticas e (auto)representações profissionais.
Se, realmente, a autocracia burguesa investiu na reiteração de formas tradicio- nais da profissão, seu movimento próprio apontou, como tendência e factuali- dade, para uma ponderável reformulação do Serviço Social, justamente pela instauração daquelas condições novas. Tais condições vinculam-se à reorga- nização do Estado e às modificações na sociedade que se efetivaram, durante o ciclo autocrático burguês, sob o domínio do grande capital. Elas ferem o Ser- viço Social especialmente em dois níveis, diferenciados por especificidades: da sua prática e da sua formação profissional.
À prática dos profissionais produziu um mercado nacional de trabalho consoli- dado para os assistentes sociais. O desenvolvimento das forças produtivas, saturou o espaço social brasileiro com todas as refrações da ‘’questão social’’ e com a sua administração centralizada pelas políticas sociais do Estado ditatori- al. A criação de um mercado nacional de trabalho para os assistentes sociais tem seus mecanismos originais deflagrados em meados dos anos 40, durante o processo de ‘’desenvolvimento das grandes instituições sociais’’ . Nos anos 50 e na entrada dos anos 70, esse mercado se expande a cerca da conexão desta expansão com o andamento da industrialização pesada. Trata-se de um mercado de trabalho emergente em processo de
O POSICIONAMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DA DITADURA MILITAR
Em pleno momento histórico de efervecência do domínio da ditadura Militar no Brasil, o espaço do profissional Assistente Social acabam por se limitarem à meros executores de políticas sociais nas comunidades como ponto de atuação contrário aos obstáculos do novo rgime, até então ditatorial.
Assim, as políticas sociais até então enfatizadas como trabalho para os Assistente sociais, tornaram estratégias para diminuir a visão capitalista marcada pela grande exploração do capitalismo até então amplamente forte neste período, motivados pela grande concentração da renda.
Nasce neste cenário o processo de renovação da profissão do Serviço Social no Brasil, assumindo novas posturas, até então consideradas modernas para o período onde estava inseridos. Sendo assim, o cenário das teorias do Assitente social passa a ser ajustado ao contexto socioeconômico da realidade brasileira, configurando mudanças estruturais na sociedade e na ideologia do Serviço social no Brasil.
Tal ruptura, questiona as relações históricas que esses profissionais tiveram com os interesses do poder, e ao mesmo tempo fomenta uma nova postura ideológica a serviço das melhorias necessárias aos seus usuários. Assim, com uma nova maneira e olhar diferenciado sobre a profissão, os assistentes sociais buscam um novo perfil profissional que os torne mais próximos das
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