Resumo dos Tipos de Éticas
Por: Ruan Dos Santos Scharf • 25/3/2020 • Trabalho acadêmico • 634 Palavras (3 Páginas) • 234 Visualizações
Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB
Centro de Ciências de Saúde – CCS
Curso de Graduação em Psicologia
Disciplina: Dilemas Éticos e Cidadania
Professora: Luciana Butzke
Acadêmico: Ruan Jupiaruma Dos Santos Scharf
Revisão Unidade 1
As discussões acerca do que é ética e moral estão cada vez mais presentes na sociedade contemporânea, no entanto, existe ainda muita dúvida sobre as suas diferenças e significados. Essa dúvida se dá a partir das traduções vindas das línguas latina e grega. Na língua grega, a ética origina-se de “Ta êthé” e se traduz como “costumes”, e moral, em latim, surge de “mores”, que seria “hábitos”. Essa semelhança de significados acaba gerando uma série de complicações afim de compreender o significado real de ambas palavras e a sua importância dentro da sociedade.
Para Boff (2003), uma pessoa pode ser moral (segue os costumes até por conveniência) mas não necessariamente ética (obedece a convicções e princípios). Ética pode ser vista como uma disciplina que busca uma reflexão constante sob a nossa moral. Como e por que julgamos que uma ação é moralmente errada ou correta? Quais os critérios devem orientar este julgamento?
A ética possui diversas linhas de compreensão, mas há aquelas que se destacam e perpetuam dentre as demais, a Katiana, Utilitarista e a ética das Virtudes. A ética Katiana surge a partir de Immanuel Kant (1724-1804), e essa ética se opõe ao termo “os fins não justificam os meios”, para Kant o que importa são os meios, sem se preocupar ou olhar para o fim. Para Kant, a vontade boa é aquela que quer aquilo que deve. Ou seja, a boa vontade orientada pela razão está de acordo com o dever e quer o bem. Surge também, o Imperativo Categórico, que seria como uma lei moral interior ao indivíduo, baseada apenas na razão humana e não possui nenhuma ligação com causas sobrenaturais, supersticiosas ou relacionadas a uma autoridade do Estado ou religiosa.
A ética utilitarista surgiu na Inglaterra durante a Revolução Industrial e tem diversos pensadores por traz dela, sendo os principais Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). O utilitarismo considera o bem estar da maioria acima dos gostos e desejos e é claramente uma forma de altruísmo, o que traz consigo a questão dos interesses pessoais de cada individuo que por fim alguém terá que sacrificar seus interesses pelo bem do outro mas, para essa ética o fim (o bem estar do outro) não é o sacrifício e sim a convivência. Essa ética possui 3 principais critérios, sendo eles: 1) Importância do caráter e das virtudes; 2) Avaliação dos prazeres (intelectuais, corporais e sensuais); e, 3) Direitos humanos e justiça.
Por fim, a Ética das Virtudes, para essa ética, tanto o kantismo quanto utilitarismo estão fundados em princípios universais que são formais e, portanto, vazios de conteúdo moral. Um kantiano pode pregar uma moral formalmente rigorosa, mas se abstrair de promover o bem comum. Um utilitarista poderia torturar um inocente para maximizar o bem-estar da maioria.
Para essa ética o bem é aquilo para o qual todas as coisas tendem. O maior bem humano é a felicidade, mas, não há consenso sobre o que é felicidade. Um questionamento para entender essa ética seria: Qual a melhor forma de viver? E não há uma universalidade, pois, a ação correta depende de cada indivíduo que realiza a ação pautada em seu caráter próprio.
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