Trabalho social em instituição
Por: carolbigous • 6/10/2015 • Trabalho acadêmico • 2.744 Palavras (11 Páginas) • 156 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI
VICTOR HENRIQUE PEREIRA nº 11.113.108-2
PESSOA, ESTADO E A IMPORTÂNCIA DA SOCIEDADE NO BRASIL
São Bernardo do Campo
2014
- INTRODUÇÃO
O Princípio Personalista
Devemos compreender o mistério da pessoa humana em suas diferentes dimensões. Para tanto, é necessário considerar a verdade de sua existência como ser pessoal e social.
A Igreja vê no homem a imagem do próprio Deus, conferindo-lhe uma incomparável dignidade. O ser humano não pode ser reduzido a um organismo com alto nível de complexidade, ou como um elemento anônimo da coletividade. Ele é alguém que deve se tornar cada vez mais consciente de sua altíssima vocação, do chamado à realização plena de sua natureza. Toda doutrina social se desenvolve, efetivamente, a partir do princípio que afirma a intangível dignidade da pessoa humana.
Torna-se importante também, reconhecer que toda vida social é expressão da pessoa humana. Longe de ser objeto e elemento passivo da vida social, o homem é, e deve ser o sujeito, fundamento, e fim.
Por isto, a doutrina social reconhece e afirma a centralidade da pessoa humana na vida social, política e econômica. A pessoa é sempre o centro e a finalidade de todas as ações nos diversos âmbitos da vida: na família, nos grupos, no trabalho... Ela está à frente do Estado e do Mercado, constitui a bússola de orientação dos processos econômicos e decisões políticas, e por esta razão, constitui ao Estado criar formas de proteger e valorizar a pessoa em todas suas dimensões e expressões.
Em nenhum caso a pessoa humana pode ser instrumentalizada para fins alheios ao seu mesmo progresso, que pode encontrar cumprimento pleno apenas em Deus. A pessoa não pode ser instrumentalizada para projetos de caráter econômico, social e político impostos por qualquer autoridade, mesmo que em nome de progressos da comunidade civil ou de outras pessoas. Sendo assim, faz-se necessário que as autoridades vigiem toda e qualquer restrição da liberdade, para que seja garantida a efetiva praticabilidade dos direitos humanos. Tudo isso se fundamenta no Princípio Personalista, a visão do homem como sujeito ativo e responsável de seu próprio processo de crescimento.
Ao dizermos que Deus criou o homem à sua imagem, conferimos ao homem uma dignidade de pessoa, ou seja, é alguém capaz de conhecer-se, possuir-se e doar-se livremente. Toda a vida do homem é uma pergunta e uma busca de Deus. Esta relação pode ser ignorada ou esquecida, porém nunca eliminada.
Sendo assim, o homem tem duas diferentes características: é um ser material (corpo) e um ser espiritual, aberto à transcendência e à descoberta de uma verdade mais profunda. Nem o espiritualismo (que despreza a realidade do corpo), nem o materialismo (que considera o espírito mera manifestação da matéria) dão conta da natureza complexa, da totalidade e unidade do ser humano.
Princípio de Subsidiariedade
O homem deve ter a vontade de fazer parte da conquista para a construção de uma sociedade em que possa viver inspirado pelos valores de igualdade, justiça e dignidade.
A subsidiariedade incentiva a pessoa a realizar, agir, pois apenas com a ação é que ela se integra com os bens humanos. As pessoas se organizam em grupos e movimentos, que tem como objetivo criar iniciativas e obras que são fundamentais para o dinamismo social.
O papel do Estado é de não privar as pessoas da realização dessas atividades. Servir, sustentar, valorizar a realidade do povo, proteger e subsidiar as obras dessas associações, para que possam seguir em frente com seus objetivos e metas.
Para a participação ser realizada precisa de uma sociedade livre, que garanta a liberdade. Essa sociedade não deve ser fundamentada no individualismo, mas sim na natureza social que permite a interação dos homens para a realização de objetivos que jamais conseguiriam sozinhos. Com isso, foram criadas comunidades e associações para facilitar a interação das pessoas e realizar cada vez mais objetivos para a concretização de uma sociedade livre.
Subsidiariedade significa ajuda ou socorro e sugere que todas as ações feitas pela sociedade deve ser incentivada pelo poder público, deixando para o governo a fiscalização e situações em que a sociedade não é capaz de resolver.
No Ensino Social Critão
Na concepção cristã, o Estado tem como direito proteger a dignidade da pessoa e facilitar que o homem cumpra seus deveres.
As instituições menores devem assumir a responsabilidade diante das maiores, pois quanto mais isso ocorre, mais a sociedade civil se fortalece para a construção de uma nova cultura, partindo da valorização de outros grupos.
A Associação dos Trabalhadores Sem-Terra de São Paulo (ATST) é um movimento de moradia popular que tem como objetivo a construção de residências próprias à população de baixa renda.
A intenção da ATST é de ajudar as pessoas a adquirir consciência da própria responsabilidade em relação as oportunidades, ou seja, observar o crescimento de cada pessoa. Diferentemente do governo que constrói casa e dá para famílias pobres, porém elas recebem e casa e logo vendem pela dificuldade de mantê-las. A associação mostra a pessoa um caminho para seguir a vida.
Bibliografia
SILVA, Marli Pirozelli; MARCOCCIA, Rafael Mahfoud . Ensino Social Cristão – Coletânea de artigos, reportagens e textos de estudo . 2º semestre de 2014 . São Bernardo do Campo – Centro Universitário da FEI .p. 03-11, 28-35
II. AÇÃO SOLIDÁRIA: local da realização de trabalho social
2.1 - Dados da organização
Entidade: Casa Santa Clara
Endereço: Avenida Senador Flaquer, 2322, Vila Euclides, São Bernardo do Campo, SP.
Telefone: (11) 4399-0579
2.2 - Histórico
A instituição foi criada pelo Frei Sebastião, que atua na igreja próxima. Um dia ele foi chamado para benzer uma criança cuja mãe trabalhava perto e durante o dia apenas amamentava a criança que permanecia o restante do tempo sozinha. Essa criança havia vomitado num dos dias sozinho em casa, e um rato entrou na casa dessa família e comendo o vomito acabou desfigurando o rosto da criança. O Frei ficou horrorizado com a situação, e diante do caso ele decidiu construir um lugar onde as crianças poderiam ficar enquanto os pais trabalhassem.
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