Ética da Associação Brasileira de Franchising
Resenha: Ética da Associação Brasileira de Franchising. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: silviofag • 23/10/2013 • Resenha • 449 Palavras (2 Páginas) • 246 Visualizações
Engana-se quem pensa que para abrir uma franquia basta assinar um contrato. Algumas redes de franquias vêm adotando extensos e árduos processos seletivos que podem levar até um ano.
Entre as etapas, há teste psicológico, entrevista semelhante à de emprego e até test-drive, em que o futuro empresário tem de colocar a mão na massa e acompanhar a rotina do negócio em dias de grande movimento, como sábados, domingos e feriados.
O objetivo de tanta rigidez é reduzir o índice de evasão de unidades que prejudica as finanças e o nome da marca, afirma Altino Cristofoletti, presidente da comissão de ética da Associação Brasileira de Franchising (ABF) e também sócio-diretor da Casa do Construtor, franquia do ramo de serviços.
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“A lei que rege o ramo de franquias garante que o franqueador tem de oferecer o mínimo de informações ao franqueado sobre o seu negócio — alinhar bem as expectativas”, explica o executivo.
Na Casa do Construtor, Cristofoletti afirma ter colocado em prática um processo seletivo “assertivo”, composto por três fases: recrutamento, entrevista, teste psicológico — para apontar os franqueados mais alinhados com a marca — e visita à sede. “É como se fosse um namoro. A relação dura de dois meses a um ano para se tornar um noivado e, então, um casamento”, compara.
Com a rigidez do processo, o empresário afirma selecionar 3% dos candidatos interessados na marca. “Vamos abrir 60 lojas no total este ano. A assertividade tem melhorado porque tenho franqueados com duas ou mais unidades”, reforça Cristofoletti.
Ser um franqueado da Megamatte também não é tarefa fácil. A cada 20 pessoas interessadas na marca, duas se tornam efetivamente franqueadas. O processo conta com recrutamento, entrevista e uma reunião em que o candidato é colocado frente a frente com a realidade do negócio. “Falo tantas verdades que chego a perguntar se alguém deseja desistir no meio da reunião”, diz Rogério Gama, diretor de expansão da rede.
Test-drive
E o processo de seleção da Megamatte não para por aí. No caso de o franqueador ainda ter dúvidas sobre o perfil do candidato, é aplicado um test-drive, espécie de teste prático em que o futuro empresário tem de passar três dias dentro do centro de treinamento da rede, no Rio de Janeiro, ajudando a administrar uma loja da marca.
“Não tenho dúvidas de que a rigidez ajuda a selecionar os melhores candidatos. O principal fator de insatisfação dos franqueados está em expectativas não alinhadas. Por isso, deixo tudo claro antes de o empresário fechar o contrato conosco”, acrescenta Gama.
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