A Coloração de Gram
Por: fernandainha Sias • 20/10/2019 • Trabalho acadêmico • 1.184 Palavras (5 Páginas) • 264 Visualizações
1. INTRODUÇÃO:
As bactérias são microrganismos unicelulares que se dividem em cocos e bacilos, e
podem ser classificadas por aspectos macroscópicos, através da análise das colônias e por sua
aparência microscópica, incluindo seu tamanho, forma (coco, bacilos, espiroqueta), morfologia
(Staphylococcus, Streptococcus, diplococo), além da capacidade de reter coloração gram,
diferenciando-as em gram-positiva ou gram-negativa. De maneira geral, a estrutura bacteriana
é bem similar entre os dois tipos de bactéria, e o que, de fato, diferenciam-nas é a composição
da parede celular (MURRAY, PATRICK R., 2017).
A coloração de Gram é classificada como uma técnica diferencial, pelo seu potencial de
corar componentes específicos das células bacterianas e com auxílio da microscopia óptica é
possível distinguir os tipos de bactérias. Essa metodologia foi desenvolvida pelo médico
bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram em 1884, o que levou a uma melhor
visualização das bactérias em amostra de material infectado (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
1997).
Essa técnica de coloração é baseada na composição química e na integridade da parede
celular bacteriana, além disso, é a técnica mais conhecida e amplamente utilizada nos
laboratórios de microbiologia clínica para identificação fenotípica de bactérias, dividindo-as
em dois grupos (Gram-positivas e Gram-negativas), de acordo com a espessura da parede
celular de peptídeoglicano (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997) (MURRAY, PATRICK R.,
2017).
As bactérias gram-positivas apresentam uma parede celular espessa com múltiplas
camadas, principalmente, de peptídeoglicano, garantindo a porosidade celular e a difusão de
metabólitos até a membrana plasmática. Devido a essa espessa parede celular, esse tipo de
bactéria é classificado como gram-positivo, pois durante a técnica de coloração de Gram, elas
conseguem reter o complexo de corante iodo pararosanelina, mantendo-se com coloração
violeta, mesmo após a lavam com a solução descolorante (MURRAY, PATRICK R., 2017).
As bactérias gram-negativas, apresentam dupla parede celular, onde a mais interna é
formada por uma delgada camada de peptídeoglicano, e quando exposta a coloração de Gram,
não conseguem reter o corante após a lavagem com a solução descolorante e então, se
diferenciam colorimetricamente das bactérias gram-positivas, tornando-se incolores. Contudo,
o uso do corante de fundo (fucsina), é responsável por corar esse grupo de bactérias, tornando-
as avermelhadas e diferenciando-as das bactérias gram-positivas (MURRAY, PATRICK R.,
2017; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1997).
Essas bactérias podem ser encontradas em diferentes partes do corpo humano, formando
microbiomas. Estima-se que 90% do corpo humano seja composto por microrganismos como
bactérias e fungos, que formam os microbiomas humanos, sendo de extrema importância para
a homeostasia imunológica. Esses microbiomas podem variar de acordo com o local, a idade, e
as condições físicas do hospedeiro. Além disso, a microbiota pode ser classificada como
residente (inofensiva e benéfica ao hospedeiro, comum ao hospedeiro) ou transitória
(microrganismos inofensivos ou com potencial patogênico) (MURRAY, PATRICK R., 2017).
Um desses microbiomas é a cavidade oral, que apresenta diversos e complexos
microrganismos com capacidade de aderir a mucosa e sulcos orais e ser resistentes as lisozimas
liberadas na cavidade oral. Sendo assim, esse microbioma é considerado um reservatório aberto
de microrganismos que vivem em harmonia com o hospedeiro e é de extrema importância para
proteção contra microrganismos patogênicos. Dentre os microrganismos da microbiota oral
existem diferentes espécies de bactérias, como: Staphylococcus sp., Streptococcus sp. e
Corynebacterium sp. (TORTORA et. al, 2012).
2. OBJETIVO:
Desenvolver habilidade na técnica de coloração de Gram através do isolamento de
microrganismos da microbiota oral e, posteriormente, diferenciar bactérias gram-positivas de
gram-negativas de acordo com a coloração obtida e visualizada pela imagem microscópica e
pela análise morfológica.
3. MATERIAIS E MÉTODOS:
- Swab;
- Lâmina;
- Lugol;
- Cristal violeta;
- Fucsina;
- Solução de álcool-acetona (descolorante);
- 3 Pipetas de Pasteur descartáveis;
- Água destilada;
- Becker;
- Bico de Bunsen;
- Microscópio óptico
- Óleo de imersão.
1- Identificar a área de esfregaço e o lado que será feito na lâmina (Figura 1);
2- Coletar amostra do fluido do sulco gengival com Swab;
3-
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