A Proteção da Biodiversidade Brasileira
Por: rafasborba • 27/1/2021 • Resenha • 2.435 Palavras (10 Páginas) • 268 Visualizações
Proteção da Biodiversidade Brasileira
Introdução
A informação ocupa um lugar cada vez mais proeminente nas sociedades contemporâneas. A emergência de uma sociedade da informação associa-se a um espectro amplo e diverso de transformações, dentre as quais se destacam aquelas que caracterizam a configuração de um novo paradigma técnico-econômico, baseado no desenvolvimento de um conjunto de tecnologias genéricas e na adoção de novos formatos organizacionais (Albagli, 1998). As chamadas novas tecnologias compreendem um conjunto de aplicações de descobertas científicas que é aplicado diretamente no processo produtivo.
No caso das biotecnologias, a diversidade biológica e genética é matéria-prima básica para os avanços que se observam nessa área, sendo transformada de mero recurso natural em recurso informacional.
O avanço das técnicas biotecnológicas e crescente utilização dos recursos naturais como matéria prima, trouxe a necessidade da implantação de leis e regulamentos que promovem a proteção da biodiversidade, garantindo sua conservação. Desta forma, teoricamente, o desenvolvimento da biotecnologia deve acontecer dentro dos padrões de sustentabilidade ambiental.
O desenvolvimento científico e tecnológico é considerado um dos pilares do desenvolvimento econômico de qualquer país, com o aprimoramento das técnicas de pesquisa associado ao aperfeiçoamento dos sistemas de propriedade intelectual, as atividades cientificas e tecnológicas desenvolveram-se de forma contundente no ultimo século.
A questão da biodiversidade desponta dentre os temas ambientais planetários nos anos 80, juntamente com outras questões ambientais de alcance transfronteira, tais como a destruição da camada de ozônio, a mudança climática global associada ao efeito estufa, à poluição dos ambientes marítimos e a devastação das florestas. O conceito de biodiversidade inclui: todos os produtos da evolução orgânica, ou seja, toda a vida biológica no planeta, em seus diferentes níveis, de genes até espécies e ecossistemas completos, bem como sua capacidade de reprodução. Corresponde à "variabilidade viva", ao próprio grau de complexidade da vida, abrangendo a diversidade entre e no âmbito das espécies e de seus habitats.
A biodiversidade apresenta três aspectos essenciais: a diversidade genética, a diversidade de espécies e de ecossistemas. A diversidade genética é formada pelos diferentes genes e genomas, variação entre as populações e variação na própria população, portanto tratasse da possibilidade material de reprodução e hereditariedade entre os seres vivos. A diversidade de espécies refere-se à frequência e diversidade de diferentes espécies. A diversidade de ecossistemas é a variedade e frequência de diferentes ecossistemas.
O potencial de utilização da biodiversidade pela biotecnologia é enorme, espraiando-se pelo desenvolvimento cientifico e tecnológico, desenvolvimento e aperfeiçoamento de novos fármacos, produtos sanitários, cosméticos e produtos alimentícios. Tais recursos associados à enorme gama de conhecimentos tradicionais garante uma promessa de melhora das condições de vida da população em níveis expressivos.
A intrínseca relação entre os recursos da biodiversidade e a biotecnologia revela a necessidade de uma definição clara dos instrumentos necessários para garantir a utilização ordenada destes recursos, de modo que a biodiversidade da região explorada seja afetada da maneira menos invasiva possível.
Objetivos
Visto a enorme biodiversidade brasileira temos a partir deste trabalho o objetivo de ressaltar todos os seus níveis indispensáveis para a sobrevivência contínua das espécies e das comunidades naturais, além da igual importância para a espécie humana. Está dentro de nossos objetivos ressaltar a possibilidade do uso da Biotecnologia de forma sustentável, com a utilização de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).
Dentro das atualidades o principal Foco do trabalho consiste em ressaltar as medidas que não somente o Brasil, mas o mundo esta tomando em relação ao resguardo da Biodiversidade.
Atualidades
Organismos Geneticamente Modificados
Uma das grandes controvérsias que cercam os temas relacionados à biotecnologia, é a utilização de organismos geneticamente modificados (OGMs). Os novos avanços científicos relacionados a técnicas de clonagem, testes genéticos e a terapia gênica, têm estipulado diversos questionamentos de natureza ética no que diz respeito à viabilidade e dimensão destas técnicas.
Os procedimentos de biossegurança visam eliminar ou reduzir os possíveis efeitos gerados pela manipulação de forma inadequada de OGMs e seus derivados que podem afetar a saúde do homem e o meio ambiente. Os OGMs são organismos vivos com capacidade de reprodução, dispersão e evolução biológica no ambiente, isso gera questões de segurança diferentes, em comparação com produtos oriundos de tecnologias químicas e físicas.
Impactos Associados à Liberação de OGMs.
Um dos impactos que podem ser gerados pelos OGMs é o fluxo gênico. Algumas espécies, sobre tudo as vegetais, possuem compatibilidade sexual devido ao seu alto grau de parentesco, dessa forma os genes introduzidos por engenharia genética em um determinado cultivo podem ser transmitidos para outras gerações através de cruzamentos sucessivos, gerando a chamada “poluição genética”. O fluxo gênico é uma questão fundamental na avaliação de riscos ambientais, particularmente nas proximidades dos centros de origem e de diversidade das espécies cultivadas, isso se deve chance de hibridação das gerações oriundas destas fontes de cruzamento. Para se evitar o fluxo gênico é necessário: o isolamento espacial ou temporal entre as espécies sexualmente compatíveis, retirada de florescências, uso de machos estéreis, descarte adequado do material trabalhado e monitoramento pós colheita.
A introdução de genes em plantas pode causar alterações fenotípicas na mesma que alteram o seu potencial de competitivo em relação às outras espécies. O fluxo gênico pode disseminar estes genes para planta daninhas, aumentando a sua resistência a herbicidas, com isso a competição entre as plantas daninhas e a lavoura é aumentada (weedness).
Os OGMs também podem causar impacto em organismos não-alvo, plantas transgênicas que atuam como biopesticidas podem expressar toxinas provenientes especificamente do Bacillus thuringiensis, tais toxinas podem eliminar parasitóides cruciais para o controle biológico de pragas e também possíveis polinizadores.
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