A SAÚDE E A ECOLOGIA

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAI

CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM

DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA

ACADÊMICOS: ALAN DOS SANTOS

                            JACKSON MAFRA

SAÚDE E ECOLOGIA

ITAJAÍ, 2015

SAÚDE E ECOLOGIA

Se nos perguntarmos, qual a relação de saúde e ecologia, muitas pessoas responderiam que não têm muita relação, totalmente errados. A definição de ecologia é o estudo das relações entre os seres vivos e o meio ambiente, bem como suas respectivas influências. E saúde? Logo relacionamos ao ser humano e suas doenças ou a ausência de doenças, em conjunto com o completo bem-estar físico, mental e social de um indivíduo. Tendo isto, temos certeza que Saúde e Ecologia estão interligadas em quase todos os aspectos.

As preocupações com a crise ambiental têm aumentado e se tornado motivo de discussões entre as diversas rodas de conversas. Notícias sobre desmatamento, poluição, epidemias e desastres ecológicos são anunciadas a cada dia. Essa degradação do meio ambiente tem impacto sob o homem, mais diretamente sob a saúde humana.

A liberação de substâncias químicas a partir de produtos plásticos é o ponto de partida para algumas preocupações que tem aparecido na mídia, como a questão do cafezinho em copos plásticos, ou a de aquecer alimentos em micro-ondas. Na realidade o problema é liberar substâncias dos plásticos para os alimentos aquecidos em recipientes desse material. Obviamente comprar alimentos prontos no supermercado, que já são embalados em sacos plásticos ou caixas de isopor, causa no mesmo problema.

Somos orientados a reciclar resíduos, para que eles não sejam liberados no meio ambiente, onde sua decomposição é lenta demais, podendo ficar presa a outras espécies vivas. Somos induzidos a comprar produtos com selo de identificação “orgânico” que na verdade significa: livre de agrotóxicos. Mas livre de agrotóxicos significa livre de venenos. Vender e comprar produtos sem venenos não deveria ser uma opção mais cara ou mais difícil, deveria ser obrigatório.

Problemas ambientais são, necessariamente problemas de saúde. Um simples antibiótico, por exemplo, se origina do nosso ecossistema, que o uso indiscriminado, principalmente sem orientação e acompanhamento médico, pode ser prejudicial à saúde. Além disso, favorecer o desenvolvimento de microrganismos resistentes a determinados antibióticos e poluir o mesmo ecossistema de onde veio.

O vibrião da cólera, por exemplo, é transmitido pelo contato direto com a água ou pela ingestão de alimentos contaminados. A falta de saneamento básico, os maus hábitos de higiene e as condições precárias de vida de determinadas regiões do planeta são fatores que estão intimamente ligados com o meio ambiente e que contribuem para a transmissão da doença.

Muitos fatores são considerados capazes de aumentar o risco de câncer, como estilo de vida, fumo, álcool, dieta, comportamento e fatores genéticos e hormonais. Os agentes ambientais também estão implicados e são, algumas vezes, relevantes em áreas e grupos populacionais especiais. Circunstâncias especiais como as encontradas em exposições ocupacionais, práticas locais ou outras condições podem aumentar o risco do aparecimento de certos tipos de câncer, como os de pele e os do trato respiratório e urinário.

Diante disso, tem se questionado muito hoje em dia, as ações na área da saúde, como os profissionais desta área tão ampla, junto com as instituições, têm feito para contribuir para saúde do planeta. O Código Internacional de Enfermagem, determina que o enfermeiro, dentre todas as atribuições inerentes a sua função, deve ser responsável pela manutenção do meio ambiente e protege-lo contra o seu empobrecimento, degradação e destruição.

No Brasil, há uma série de questões que dificultam o desenvolvimento de ações de ecologia e saúde, tais como: baixa produção científica, déficit de recursos financeiros, desinformação da população, e uma resistência em ampliar responsabilidades.

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