A Silvicultura da Teca – Tectona Grandis

Silvicultura da Teca – Tectona Grandis

A teca é uma madeira de origem asiática, com maior predominância na Indonésia e Índia. O aspecto avermelhado ou acinzentado de sua madeira é apreciada na produção de móveis e, principalmente, em revestimentos de navios e, não menos importante, sua madeira é muito resistente, de rachadura e trinca difícil de ocorrer, fungos e cupins não a atacam, apodrecimento altamente longo a se ocorrer devido a ser ligeiramente oleosa. Um grande exemplo disso é a falta de ferrugem em, por exemplo, em um prego pregado em sua madeira.

A rentabilidade na silvicultura da teca é a mais alta entre as madeiras nobres, devendo haver preparação da terras antes e durante seus primeiros anos, cuidados com suas mudas, combate a plantas daninhas e formigas e a desrama.

Antes de iniciar o plantio, deve-se iniciar um projeto voltado a análise do solo verificando o PH encontrado, fazendo levantamento da quantidade de formigueiros por hectare, verificando a quantidade encontrada no de magnésio, cálcio, fósforo, nitrogênio, entre outros nutrientes, confirmar a ausência do alumínio trocado no mesmo.

Em área de cerrado, deve-se enleirar, derrubar, gradear e calcarear o solo com o sistema de precisão, pois pequenas margens de erros na aplicação do calcário provoca um grande diferencial no diâmetro e qualidade da madeira. O PH da terra deve ser levemente ácido à alcalino, com um valor aproximado de 6 à 8.

O tipo escolhido de muda a ser plantada de maior pega é a muda “toco de raiz nua”. Com suas raízes entumadas, tem uma porcentagem de brotação de 90% de todo o plantio, sendo observado e podadas as mudas as quais possuem mais de um broto para não ocasionar uma futura árvore torta. A partir do segundo ano, não se haverá preocupação como até o primeiro ano de plantio, pois as formigas já não causam tanto efeito na planta e a capina de outras já não será necessária, a menos que seja uma quantidade a qual sufoque as tecas plantadas.

A partir do quarto ano, o desbaste é necessário para preservar a qualidade e não permitir imperfeições na árvore, aproveitando as ramas desbastadas para vende-las para produção de energia, desbastes futuros a cada 4 anos  fornecerá folhas que não necessitarão de recolha e galhos com características as quais são procuradas ao ramo de fabricação de brinquedos e entre outros e países asiáticos e alguns europeus, proporcionando um retorno que, a partir do terceiro desbaste, já terá sua receita ultrapassada ao todo o custo com o manejo da teca.

Na extração, usa-se motosserras para serrar as mesmas, pá mecânica com garras especiais para coleta das toras e caminhão ou trator com carroceria de fácil retirada lateral. Já na estocagem, não se utiliza galpão para acondiciona-las até sua compra pois, na maioria das vezes, sua compra já é definida antes de seu corte final e suas toras são altamente resistentes à umidade e calor.