Ficha Dendrologica Tectona Grandis
Por: Tamilis Emerick • 25/6/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 1.507 Palavras (7 Páginas) • 796 Visualizações
Nome Vulgar
TECA
Nome científico Família
Tectona grandis VERBENACEAE
Outros nomes comuns: teca, teak, djati.
O nome genérico Tectona tem origem na palavra latina tekton que significa carpinteiro. Já a palavra grandis significa grande, nobre, orgulhoso. Portanto, o nome específico Tectona grandis se adequa muito bem ao que se espera obter de suas árvores e madeiras. Há os que fazem a versão do nome específico latino para a frase em português “orgulho dos marceneiros”, uma clara alusão às excelentes qualidades das obras de carpintaria que podem ser obtidas com essa madeira.
Porte da árvore: árvore de grande porte, alcançando até 2,50 metros de diâmetro e mais de 50 metros de altura.
Distribuição geográfica e habitat: ocorre pelos municípios das microrregiões do Alto rio Acre (Brasileia, Xapuri e Epitaciolândia) e por todos os municípios da microrregião do Baixo Rio Acre (Acrelândia, Rio Branco, Bujari, Porto Acre, Senador Guiomard, Plácido de Castro e Capixaba), onde a precipitação fica entre 1300 e 2500 mm/ano e há uma estação seca de 3 a 5 meses. Os grandes plantios brasileiros se situam no estado do Mato Grosso, onde foi implantada pela empresa Cáceres S.A Florestal no município de Cáceres. As condições climáticas favoráveis, o solo de melhor fertilidade e os tratos silviculturais mais adequados e intensos contribuíram para reduzir o ciclo de produção de 80 anos, na região de origem da teca, para apenas 25 anos, na região de Cáceres-MT.
Descrição:
Tronco: habitualmente retilíneo, de seção circular e reduzida conicidade, sendo que o fator de forma varia bastante (0,45 a 0,55) em função da idade, material genético, ritmo de crescimento e silvicultura aplicada.
Casca: fina (em média com uma espessura de 18 mm) com uma coloração cinzenta acastanhada, apresentando-se levemente estriada longitudinalmente com camadas oblongas com aparência de faixas fibrosas, com fissuras superficiais longitudinais nas árvores mais jovens (Aradhana et al., 2010; Orwa et al., 2009) e rachada e escamosa nas árvores adultas (CAB, 2012). Segundo Lima et al. (2011) a casca é resistente ao fogo.
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Figura 1 – (A) Tronco e copa, (B) Corte do tronco e (C) Detalhe da casca.
Folhas: simples, opostas, ovais ou elípticas (Pandey e Brown, 2000; Aradhana et al., 2010), caducas, com 30 a 60 cm de comprimento (as folhas mais jovens podem atingir 1 m) e 20 a 30 cm de largura, coriáceas, com a página superior brilhante, áspera e glabra quando atingem a maturidade, com nervuras amareladas e proeminentes, e a página inferior, cinzenta ou amarelo-acastanhada (Graf, 1985; Orwa et al., 2009; Riffle, 1998), com pêlos em forma de estrela, dotadas de pecíolos curtos ou ausentes e ápice e base agudos. Quando colocadas em contraluz é possível visualizar pequenos pontos vermelhos que ficam pretos à medida que as folhas vão atingindo a maturidade. Um teste utilizado desde os tempos mais remotos para a identificação da teca consiste em esfregar folhas jovens nas mãos que ficam tingidas de vermelho (Sahni, 1998).
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Figura 2 – (A) Folha
Flores: surgem geralmente por volta dos 8 a 10 anos de idade (Weaver, 1993) durante a estação chuvosa (Orwa et al., 2009) intensamente, em panículas terminais (Mascarenhas e Muralidharan, 1993) com cerca de 70 x 45 cm de comprimento (CAB, 2012), nas zonas da copa expostas ao sol; são pequenas, com aproximadamente 8 mm, branco-amareladas e de cheiro adocicado. É uma espécie monóica; a polinização é cruzada e feita por insetos, principalmente abelhas (Orwa et al., 2009).
Fruto: drupa inicialmente verde clara, castanha clara após a maturação, de endocarpo duro e coberta de pêlos finos, com uma a quatro sementes (Weaver, 1993), o material utilizado como semente, na verdade se trata do fruto. Medem cerca de 2,5 a 3,0 cm, . Os frutos vão caindo gradualmente ao longo da estação seca (Orwa et al., 2009). As sementes são esbranquiçadas, com 4,0 a 8,0 mm de comprimento (Sahni, 1998), em número de 800 a 2000 por kg (Orwa et al., 2009), que ficam dentro de quatro cavidades e mantêm-se viáveis durante vários anos (Pandey e Brown, 2000).
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Figura 3 – (A) Flores, (B) Frutos, (C) Sementes e (D) Ramo, flor e fruto
Galhos: persistentes e vigorosos apresentam certa desrrama natural.
Copa: circular, necessita de incidência de luz sobre a mesma.
Madeira: tem um odor aromático característico, coloração castanho-amarelada, podendo atingir tonalidades mais escuras de marrom. Existe sempre uma sensação de brilho dourado, pela presença de extrativos similares a um látex na madeira. É considerada uma madeira nobre, cujas propriedades lhe conferem características muito apreciadas, nomeadamente a leveza, resistência, estabilidade, durabilidade, facilidade de trabalhar e esculpir sem fraturar, resistência às térmitas e aos fungos e às condições climatéricas (Kaosaard, 1989). [pic 17]
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