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Ciclo do Fósforo

Por:   •  7/12/2016  •  Relatório de pesquisa  •  999 Palavras (4 Páginas)  •  547 Visualizações

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CICLO DO FÓSFORO

        O fósforo é um elemento químico de símbolo P, pertencente ao grupo 15 (ou 5A), não metal, extremamente reativo e, por isso, não é encontrado naturalmente sem que esteja ligado a algum outro elemento. 

Funções no organismo

        O fósforo está entre os principais elementos químicos que constituem os seres vivos. Algumas de suas funções no organismo são:

  • Compor ossos e dentes (conferindo a eles maior solidez);
  • Participar de reações com moléculas orgânicas formadas por hidrogênio, oxigênio e carbono (chamadas de glicídios- alguns dos principais glicídios são a glicose, a sacarose, o amido e a celulose);
  • Atuar na contração muscular;
  • Fazer parte da composição de importantes moléculas, tais como as de ATP, DNA e RNA e enzimas.

O ciclo

        O ciclo biogeoquímico (chamado dessa maneira por englobar tanto a parte química quanto geológica e biológica do ecossistema) do fósforo é considerado um dos mais simples, e isso se deve ao fato de que este elemento não é encontrado na atmosfera, mas é, em vez disso, constituinte de rochas da crosta terrestre. Por esse motivo, seu ciclo não é classificado como atmosférico, como acontece, por exemplo, com o ciclo do nitrogênio, carbono e oxigênio. Neste caso, ele é classificado como sedimentar. Outro motivo que o leva a ser considerado o ciclo biogeoquímico mais simples é que o único composto de fósforo realmente importante para os seres vivos é o fosfato, composto da união de um átomo de fósforo com três de oxigênio (PO43-).

        O principal reservatório de fósforo na natureza são as rochas, somente sendo liberado delas através do intemperismo. O intemperismo é um conjunto de fenômenos (sejam físicos, químicos ou biológicos) que levam à desagregação e alteração da composição química e mineralógica das rochas, transformando-as em solo, liberando o fosfato.

        Por ser um composto solúvel, ele é facilmente carregado até rios, lagos e oceanos pelo processo de lixiviação (solubilização dos constituintes químicos de uma rocha, mineral ou solo pela ação de um fluido, como, por exemplo, as chuvas) ou então é incorporado em organismos vivos.

        Essa incorporação se dá, nas plantas, pela absorção do fosfato através do solo. Dessa forma, ele é utilizado pelos organismos na formação de compostos orgânicos de fosfato que são essenciais à vida (sendo a partir daí chamado de fosfato orgânico). Nos organismos animais, o fosfato tem sua entrada através da ingestão direta de água e por biomagnificação (processo onde a concentração de um composto aumenta ao longo da cadeia alimentar). As aves marinhas, por exemplo, desempenham um importante papel na manutenção desse ciclo, pois são consumidoras de peixes marinhos e ao expelirem o guano (nome dado às fezes de aves) no solo, trazem o fosfato novamente ao meio terrestre.

        A decomposição da matéria orgânica por organismos decompositores faz com que o fosfato orgânico seja devolvido ao solo e água em sua forma inorgânica, formando outro reservatório desse nutriente na natureza. A partir daí, o fosfato é novamente incorporado às rochas, retomando o seu ciclo.

        O ciclo do fósforo tende a ser longo. Um único átomo pode passar até 100 mil anos sendo ciclado, até que se sedimente novamente gerando as rochas. Aos sedimentos, o fósforo pode permanecer associado por mais de 100 milhões de anos.

        Existem dois ciclos do fósforo que acontecem em escalas de tempo bem diferentes. Uma parte do elemento recicla-se localmente entre o solo, as plantas, consumidores e decompositores, ou seja, a decomposição devolve o fósforo que fazia parte da matéria orgânica ao solo ou à água e assim o ciclo continua, em uma escala de tempo mais curta que podemos chamar “ciclo de tempo ecológico”.

        Outra parte do fósforo ambiental sedimenta-se e é incorporada às rochas; seu ciclo envolve uma escala de tempo muito mais longa, que pode ser chamada “ciclo de tempo geológico”. O fósforo só retornará aos ecossistemas bem mais tarde, quando essas rochas se elevarem em consequência de processos geológicos e, na superfície, forem decompostas e transformadas em solo. 

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