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Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas: Recomendações para Profissionais da Saúde

Por:   •  30/3/2020  •  Exam  •  3.818 Palavras (16 Páginas)  •  247 Visualizações

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Resumo do artigo: Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas: Recomendações para Profissionais da Saúde.

O câncer do colo do útero é um grande problema de saude pública no Brasil. Os países pouco desenvolvido possui uma alta taxa de incidencia de câncer no colo do útero, que é associado com estilo de vida precária, ausencia de estratégia de saíde comunitária, dificuldade a acesso aos serviços públicos e entre outros. Em países desenvolvidos a sobrevida estimada em 5 anos é de 59% a 69%, já nos países em desenvolvimento, são encontrados casos em estágios avançados que por consequencia a sobrevida é menor. Dados da Pesquisa Nacinal por Amostra de Domicílios (PNAD) Saúde 2003 que foi divulgado pelo IBGE em 2005, mostrou que nos ultimos 3 anos que o exame citológico do colo do útero foi mais realizado em mulheres com mais de 24 anos de idade, equivalente a 68,7%, sendo que 20,8% das mulheres nessa faixa etária nunca tinham realizado o exame preventivo. o aumento de acesso ao exame preventivo no país não foi capaz de reduzir a mortalidade por câncer do colo de útero, sendo que em muitas regiões o diagnostico é feito em estagios avançados do câncer. Esse diagnostico tardio é relacionado com a dificuldade de acesso da população feminina aos programas de saúde, baixos recursos humanos na área oncológica, a incapacidade do SUS para observar a demanda que chega as unidades de saúde e etc.

A publicação denominada Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas foi elaborada para orientação das mulheres, subsidiando os profissionais da saúde, disponibiliando conhecimentos atualizados e acessíveis que possam nortear condutas adequadas em relação ao controle do câncer do colo do útero. Os principais parceiros no desenvolvimento das ações contidas na Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas são os gestores municipais e estaduais. Para isso, sera necessário apoio na organização da rede para atenção oncologica, na estruturação de serviços e na sistematização e quando necessário do processo de referência e contra-referência entre os níveis de atenção. Sendo assim, reforça-se a participação estratégica do Inca, que irá acessora tecnicamente estados e municípios, além da parceria na construção de uma rede de eduação permanente na atenção onclógica. Na estruturação e na organização de Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas, foram preservados conceitos consensuais. E para que as estratégias, as normas e os procedimentos que orientam as ações de controle de câncer do colo do útero no país estejam de acordo com o conhecimento cientifico atual, o Ministério da Saúde realizou parcerias com sociedades ciêntificas. O item que trata da nomenclatura brasileira para laudos citopatológicos contempla aspecto da atualidade tecnológica e sua correlação com o Sistema de Bethesda 2001, que facilita o equilíbrio dos resultados nacionais e internacionais. Novos conceitos estruturais e morfologicos são introduzidos para a contribuição de um melhor desempenho laboratorial e para a facilitação entre a citologia e a clínica. Sua estrutura geral facilita a informção dos laudos e acab permitindo o monitoramento da qualidade dos exames citopatológico realizdos pelo SUS. Em avaliação pré-analítica e adequabilidade de amostra, destacou-se a introdução dos coneitos de avaliação pré-analítica e conduta, no qual a adequabilidade de amostra passará á ter classificação binária, ou seja, satisfatória ou insatisfatória. Destaca-se também a recomendação nacional para o exame citopatológico cervical, que deverá ser realizado em mulheres de 25 a 60 anos de idade, ou as que já tiveram relação sexual anterior a essa faixa etária, realizando uma vez por ano, e após dois exames anuais negativos, realizar após 3 anos. Em Condutas Preconizadas, tanto para os resultados normais quanto para as alterções benignas e queixas ginecológicas para alteração pré-maligna ou malignas no exame citopatológico, irá conter o desenho dos possiveis achados e das possibilidades de encaminhamento nos diferentes tipos de complexidade.o seu objetivo é auxiloiar os profissionais da saúde, gerentes e gestores nas condutas a serem aplicadas e nas ações de organização de rede. Para o acompanhamento e avaliação do impacto da implantação da Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas é de grande importancia ter um sistema de informação que permita monitorizar o processo de rastreamento, diagnostico qualidade de tratamento e a aqualidade dos exames realizados pelo SUS. Houve entao um aprimoramento do Sistema Nacional de Informação do Câmcer do Colo do Útero (SISCOLO), tanto na parte tecnológica quanto na Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais. A SISCOLO ainda não permite a identificação do número de mulheres examinadas, mas apenas a quantidade de exames realizados, o que dificulta o conhecimento preciso das taxas.

A revisão da nomenclatura foi realizada a partir de um debate contendo profissionais da saúde, gerentes, gestores das secretarias estaduais e municipais, das sociedades científicas e especialistas reconhecidos nacional e internacionalmente. Essse processo teve inicio em 1988 e ocorreu em forma de oficinas, grupo de trabalho, aplicação das condutas preconizadas em grupo focal para avaliação qualitativa e consulta pública do documento final, pelo MS, por meio da Área Técnica da Saúde da Mulher e do INCa (DEZ/ a JAN/2006). O consenso sobre a nova nomenclatura foi baseado no Sistema de Bethesda, que foi desenvolvido no Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos.

Desde a classificação do Dr. George Papanicolau que classificava as céulas que observava, onde acreditava que eram a representação de lesões neoplásicas, ocorreram diversas modificações que incorporou o conhecimento adquirido sobre a história dessas lesões. Notando-se que o objetivo continua o mesmo, sendo ele indentificar alterações sugestivas de uma doença e como consequencia também indicar que permita um diagnóstico mais preciso. Papanicolau criou uma classificação para expressar se as células eram normais ou anormais. Forma elas classificadas em classes I, II, II, IV, e V, na qual a classe I era indicativo de ausência de células anormais; classe II era uma citilogia atípica porém sem evidência de malignidade; classe III era uma citologia sugestiva porém não conclusiva de malignidade; classe IV uma citologia fortemente sugestiva de malignidade; classe V citologia conclusiva de malignidade. Então, novas nomenclaturas foram surgindo quanto as lesões e aos significados. O termo “displasia” foi introduzido na classificação, tendo em conta as alterações histológicas, podendo identificar as displasias leves,

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