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O Caso Clinico Gastro

Por:   •  20/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  265 Visualizações

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  1. A) O paciente Tom apresenta vários fatores de risco para o desenvolvimento de problemas gástricos como o estresse e a presença de H. pyloris. Esta bactéria leva ao aumento da secreção de gastrina, aumentando também a secreção acida.

         O tratamento nessa situação envolve um inibidor da bomba de prótons (omeprazol) para a diminuição da liberação de H+ para o lúmen do estômago; além disso, utiliza-se um bismuto para ter ação antibacteriana; por último, prescreve-se antibióticos de amplo espectro para combater a bactéria que causa o aumento da secreção ácida. Este tratamento é feito durante aproximadamente 7-10 dias.

B) A utilização de um inibidor de prótons, como é o caso do omeprazol, causa o aumento de gastrina, levando a quadros de hipergastrinemia, elevando a concentração de HCl.

O uso de antibióticos de amplo espectro pode levar a resistência bacteriana, destruição de bactérias da flora intestinal, vaginal, diarreias e náuseas.

  1. A) O uso crônico de AINES pode levar a ulceras, como foi o caso do paciente. Isso ocorre porque o AINES leva a diminuição de prostaglandinas (agentes protetores da mucosa gástrica) e atrelado a isso, há o aumento de secreção gástrica.

O aumento dessa acidez leva ao quadro de ulcera, pois este ácido irá lesionar células do epitélio gástrico.

B) A Ranitidina é um medicamento antagonista do receptor histaminérgico. A histamina apresenta papel importante na cascata que leva a fosforilação da bomba de próton, ativando-a e levando a liberação de H+ para o lúmen do estômago. Utiliza-se então esse medicamento afim de diminuir a fosforilação e ativação dessa bomba de prótons, diminuindo assim a liberação de H+, visando diminuir a lesão no epitélio.

C) Como o paciente necessita fazer uso de AINES (que aumenta a secreção acida), se tem como estratégia a utilização de um IBP. Essa classe de fármacos irá inibir a bomba de próton covalentemente, ou seja, mesmo que a concentração de ácido aumente com o uso de AINES, não haverá a liberação de H+ para o lúmen, visto que a bomba está desativada com uma ligação irreversível.

O tratamento deverá ser em conjunto, ou seja, as duas drogas devem ser administradas.

No caso do IBP, recomenda-se a administração desse fármaco pelo menos 15 minutos antes da utilização do anti-inflamatório, para assegurar que esteja fazendo efeito. Além disso, não se recomenda o uso crônico de AINES, fazendo a utilização da menor dose efetiva possível e com o menor tempo possível de duração do tratamento.

  1. A) A Metoclopramida é um antagonista dopaminérgico, utilizado para o tratamento da emese. A dopamina é importante para indução do vomito pois esta atua no centro de disparo, ativando mecanismos que levam a empese.

A utilização desse fármaco visa diminuir o efeito desse neurotransmissor na zona de disparo, porém leva a efeitos adversos pois há o bloqueio da dopamina em outros locais do corpo, como é o caso do centro motor, levando aos quadros de hipertonia cervical e de membros inferiores.

B)  Como houve o bloqueio da dopamina em vários locais do corpo pelo uso da metoclopramina, utilizou-se o biperideno para amenizar os sintomas extrapiramidais, visto que esse fármaco bloqueia principalmente a transmissão dos impulsos colinérgicos centrais pela reversão da ligação aos receptores de acetilcolina, modificando o estado parkinsoniano do paciente.

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