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Caso Clínico Farmacos do Trato Gastro Intestinal

Por:   •  16/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  416 Palavras (2 Páginas)  •  447 Visualizações

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Caso clínico:

M.D.S, 32 anos, sexo masculino, deu entrada no Hospital Universitário Lauro Wanderley, queixando-se de uma queimação na garganta, dores estomacais e um gosto ácido ao ingerir alimentos. O médico de plantão solicita uma endoscopia. Ao ser realizada a endoscopia verificou-se irritação na parede do esôfago. O que pode ter causado essa irritação? Qual medicação poderia ser prescrita e por quê?

No aparelho digestivo, existe uma estrutura parecida com uma válvula que impede que os ácidos contidos dentro do estômago voltem para o esôfago. Se essa estrutura não funciona corretamente, o paciente é diagnosticado com a Doença do Refluxo Gastroesofágico, em que os ácidos estomacais voltam ao esôfago com bastante frequência. Uma das complicações possíveis dessa condição é a esofagite, com quadro de inflamação crônica e danos no tecido que reveste o esôfago. Esse ácido que irrita a parede do esôfago é o ácido clorídrico, que  é secretado no estômago pelas células parietais, que se localizam nas glândulas oxínticas do fundo e do corpo gástricos. A célula parietal transporta ativamente H+ através de suas membranas canaliculares apicais por intermédio das H+/K+-ATPases (bombas de prótons), responsáveis pela troca do H+ intracelular pelo K+ extracelular. Esse processo é regulado por três secretagogos neuro-hormonais: histamina, gastrina e acetilcolina (ACh). Cada um desses secretagogos liga-se a receptores específicos na membrana basolateral da célula parietal e os ativa, desencadeando, assim, as mudanças bioquímicas necessárias para o transporte ativo do H+ para fora da célula. Para a esofagite de refluxo, há dois meios de tratamento: por medicamentos ou por intervenção cirúrgica. Os remédios interrompem a produção de ácido pelo estômago e permitem que a válvula que divide esôfago e estômago tenha tempo para se recuperar e voltar a funcionar propriamente. Os fármacos de escolha mediante a sintomatologia e achados diagnósticos em M.D.S  seriam da classe dos inibidores da Bomba de prótons (omeprazol, lanoprazol e pantoprazol. Tendo em vista que esses fármacos agem inibindo de forma irreversível a H+/K+-ATPase(bomba de prótons, que é responsável pela troca do K+ por H+ no processo de formação do HCL), que constitui a etapa final da via de secreção gástrica. Essa classe de fármacos são mais eficazes nos caso de esofagite, pois apesar de terem meia-vida de cerca de uma hora, a administração diária de uma dose única afeta a secreção gástrica durante 2-3dias, devido a seu acumulo nos canalículos. Com posologia diária, verifica-se um efeito anti-secretório  crescente por um período de cinco dias, quando se atinge um platô. Comumente não apresentam efeitos indesejáveis.  

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