Relatorio sobre urochrdata e cephalochordata
Por: M de Maria blog • 20/5/2016 • Relatório de pesquisa • 2.037 Palavras (9 Páginas) • 1.032 Visualizações
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Relatório sobre Urochordata e Cephalochordata
Materiais e Métodos
Foi entregue um indivíduo de cada subfilo. Representando os Urochordatas, foram entregues um organismo das três classes Ascidiacea (Styelaplicata sp), uma espécie da classe Appendicullaria e uma da ordem Doliolida, pertencente à classe Thaliacea. Um organismo dos Cephalochordatas foi utilizado, sendo este da classe Leptocardii, da ordem Anphioxiforme, família Branchiostomatidae, da espécie Branechiostoma. Não nos foi informado data e local de coleta.
Para poder ser feita a observação de suas estruturas, os mesmos já se encontravam em óbito e estavam mantidos em álcool 70%, para uma maior conservação das amostras.
Os exemplares então, foram postos em uma placa de petri e umedecidos com água para possibilitar a observação na lupa eletrônica.
Resultados
Na aula podemos observar a estrutura corporal dos dois subfilos do grande filo Protochordatos: Urochordata e Cephalochordata. Os dois grupos existentes de cordados não-vertebrados são formados por animais marinhos pequenos, sendo estes de corpo mole e raramente são preservados como fósseis.
Brevemente, ambos são animais marinhos filtradores e morfologicamente são seres que possuem notocorda, fendas faríngeas, endóstilo, cordão nervoso dorsal oco e cauda pós-anal (Roca, 2010). Segundo (Roca, 2010) Urochordatas são seres marinhos que possuem suas faringes dilatadas, impondo uma aparência semelhante à de uma cesta branquial. Existem cerca de 2000 espécies viventes e todas, exceto aproximadamente 100, são sésseis como adultos, fixando-se ao substrato solitariamente ou na forma de colônias. A maioria das espécies apresenta um curto período de existência livre-natante (desde alguns minutos até poucos dias), após o qual se metamorfoseiam em adultos sésseis afixados ao substrato. É dividido taxonomicamente em três ordens: Ascidiacea, Appendiculata e Thaliacea.
Já Cephalochordatas são semelhantes geralmente a peixes e o representante mais conhecido é o anfioxo, o qual não possuem cabeça distinta e ambas as extremidades são pontiagudas. São amplamente distribuídos nas águas oceânicas das plataformas continentais e, quando adultos, são animais escavadores e sedentários.
Nesta aula, tivemos um representante de cada classe nos estudos sobre os urocordados e um anfioxo da família Branchiostomatidae.
- Styelaplicata sp.
Família: Ascidiacea
Subfilo: Urochordata.
Foi possível a identificação dos dois sifões, inalante em cima e mais abaixo o exalante. É por esse sifão que a água passa com alimento e oxigênio (inalante) e sai do corpo (exalante) depois dos processos de nutrição (eles são filtradoes) e respiração. Foi observado também as fendas branquiais, com contagem de 4 no total. Essas fendas que mais se parecem com dobras, aprisionam o alimento filtrado da água por uma camada de muco, e por meio de cílios é levado até o intestino (não foi possível ver estes cílios). Abrindo o organismo, foi possível ver os sacos gonadais, por serem hermafroditas, não foi possível diferenciar o que era a parte feminina ou a masculina. O corpo é revestido por uma túnica e é transparente, sendo possível ver as linhas musculares, os gânglios nervosos e o endóstilo. O endóstilo é justamente a glândula que produz muco que aprisiona o alimento filtrado. Por esse animal sofrer uma metamorfose, a qual perde a cauda, não vimos a notocorda, afinal ela desaparece na mudança de fase de larva para adulta. Por esse motivo, eles são sésseis e podem ser solitários ou formadores de colônia.
- s/n
Classe: Appendicularia
Subfilo: Urochordata
O exemplar apresenta cauda pois apresentam o fenômeno da neotenia, cuja forma larval não se difera da forma humana. O corpo é dividido em duas seções: tronco e cauda. Por terem cauda e serem pequenos, são comuns na maioria dos oceanos, as águas costeiras e estuários, muitas vezes ocorrendo em grande número e são bem adaptados para viver em águas oligotróficas (com níveis de nutrientes baixos e, consequentemente, baixa produtividade). Foi fácil a visualização da musculatura, do cordão nervoso dorsal oco, e da cauda que possui notocorda. Observamos também a boca e parte do estômago.
- Ordem: Doliolida
Classe: Thaliacea
Subfilo: Urochordata
O representante estudado possui feixes musculares que circunda o corpo do organismo, foi possível observar o estatocisto e que são monoicos, os sifões inalante e exalante. O corpo é circundado por uma túnica mais simples. Diferente de Ascidiacea, esta classe é livre e natante até na fase adulta, porem podem ser sésseis, devido a alternância de gerações.
- Branchistoma sp
Família: Branchiostomatidae
Ordem: Anphioxiforme
Classe: Leptocardii
Subfilo: Cephalochordata
O endóstilo permanece presente, porém a notocorda, tubo nervoso dorsal oco, fendas branquiais e cauda pós-anal persistem em toda fase adulta, logo foram facilmente de serem descritas. Vivem com a parte posterior enterrada no sedimento e a parte anterior exposta para se alimentar. São filtradores, portanto, utilizam os cirros bucais para bombear o fluxo de água para dentro da boca e para fora das fendas. As extremidades são pontiagudas, então a cabeça só pode ser destinta pela presença desses cirros bucais; o corpo é transparente e permite a observação de uma musculatura (miômeros) em forma de V, que flexionam a notocorda e produzem ondulações laterais que impulsiona o corpo para frente. Foi observado também o ânus e nadadeiras ventrais. Eles retém todas as características dos cordados ao longo da vida e evidenciam muito claramente as características parecidas com as dos peixes.
Respostas
- Notocorda: derivada do mesoderma embrionário, é uma estrutura de sustentação (a primeira estrutura entre os Cordatos), que fica dorso-longitudinalmente ao corpo. Possui uma forma de bastonete maciço e flexível, preenchida por um amontoado de células contendo que contém um fluido coberto por tecido fibroso. Encontra-se localizada entre os tubos digestivo e nervoso.
- Tubo nervoso dorsal: são estruturas embrionárias, originadas do ectoderma dorsal do embrião, logo, ocupa a posição dorsal, e localiza-se logo acima da notocorda. Pode ser bem desenvolvido na fase adulta, mas pode-se encontrar uma
redução na formação do tubo em alguns protocordados. Essa estrutura origina o sistema nervoso central, que são o cérebro e o cordão espinhal.
Fendas faríngeas: são formadas na região lateral da faringe durante o desenvolvimento do embrião, podendo permanecer na fase adulta, e até desaparecer na fase embrionária. Nos cordados aquáticos ela persistem na fase adulta e têm função respiratória. Nos cordados terrestres elas desaparecem para que faringe origine a traquéia, estrutura respiratória destes animais.
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