Aptidão Física Relacionada à Saúde de Educação Física
Por: vedita • 29/11/2020 • Trabalho acadêmico • 3.392 Palavras (14 Páginas) • 333 Visualizações
Aptidão física relacionada à saúde de
idosos: influência da hidroginástica
Acadêmicos:
João Paulo Barcelos da rocha
Wellerson Augusto paiva
Lucieni Caetano
Tutor externo: Ronilson Guimarães Dantas
Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI
Bacharelado em Educação Física Prática Interdisciplinar vII
RESUMO
Fundamentos e objetivos: A prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso. O objetivo do estudo foi verificar o efeito da prática de hidroginástica sobre a aptidão física do idoso associada à saúde. Metodologia: Foi realizado um ensaio controlado em 74 mulheres idosas, sem atividade física regular. Um grupo de 37 mulheres recebeu duas aulas semanais de hidroginástica durante três meses e outras 37 mulheres serviram como controle. A aptidão física foi avaliada através da bateria de testes de Rikli e Jones (1999), com avaliações de força e resistência de membros inferiores (levantar e sentar na cadeira), força e resistência de membros superiores (flexão do antebraço), flexão de membros inferiores (sentado, alcançar os membros inferiores com as mãos), mobilidade física – velocidade, agilidade e equilíbrio (levanta, caminha 2,44m e volta a sentar), flexibilidade dos membros superiores (alcançar atrás das costas com as mãos) e resistência aeróbica (andar seis minutos). A bateria de testes foi aplicada antes do início das aulas e no fim do programa após três meses. Os grupos foram semelhantes em relação a idade, IMC, renda familiar e anos de escolaridade. Resultados: Ao longo dos três meses, foram acompanhadas 30 mulheres em cada grupo; perda amostral de
18,9%. Observou-se no grupo da hidroginástica um melhor desempenho em todos os pós-testes, quando comparados com os resultados do próprio grupo no pré-teste e com o controle no pós-teste (p < 0,05). Conclusão: Concluiu- se que a prática de hidroginástica para mulheres idosas sem exercícios físicos regulares contribuiu para a melhoria
da aptidão física relacionada à saúde.
INTRODUÇÃO
O envelhecimento, processo inexorável aos seres vivos, conduz a uma perda progressiva das aptidões funcionais do organismo, aumentando o risco do sedentarismo1. Essas alterações, nos domínios biopsicossociais, põem em risco a qualidade de vida do idoso, por limitar a sua capacidade para realizar, com vigor, as suas atividades do quotidiano e colocar em maior vulnerabilidade a sua saúde. O sedentarismo, que tende a acompanhar o envelhecimento e vem sofrendo importante pressão do avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas, é um importante fator de risco para as doenças crônico-degenerativas, especialmente as afecções cardiovasculares, principal causa de morte nos idosos3,4. A prática de exercício físico, além de combater o sedentarismo, contribui de maneira significativa para a manutenção da aptidão física do idoso, seja na sua vertente da saúde como nas capacidades funcionais5. Entretanto, os exercícios físicos podem apresentar algumas limitações para os idosos, devido às modificações fisiológicas impostas com o processo de envelhecimento. A hidroginástica apresenta algumas vantagens par a esse grupo populacional, com o aproveitamento das propriedades físicas da água possibilitando um melhor rendimento aos idosos, além de oferecer menores riscos 6. Apesar desses benefícios em potencial, a prática da hidroginástica em idosos ainda é pouco estudada. Dessa forma, pretendemos avaliar os efeitos da prática da hidroginástica sobre a aptidão física funcional em mulheres idosas, sem atividade física regular.
METODOLOGIA
Foi realizado um estudo prospectivo, controlado, na Escola Superior de Educação Física da Universidade de Pernambuco (ESEF-UPE), Recife, PE, Brasil, no período de fevereiro a maio de 2001. Foram recrutadas de duas comunidades de baixa renda, localizadas na cidade do Recife, mulheres com idade acima de 60 anos que não praticavam e nem tinham praticado, nos últimos 12 meses, nenhum tipo de programa de exercício físico regular. Foram excluídas aquelas com contra-indicação de ordem médica para a prática de exercício físico, portadoras de deficiência neuro motora, não aprovadas na avaliação médica, além das participantes que não completaram mais de 90% do programa de atividade física estipulado. um erro tipo I de 5%. Admitiu-se uma variação de média de 20% entre o pré e o pós-teste “sentar e levantar”, sendo o tamanho da amostra calculado em 50 participantes. Estimando- se uma perda máxima da casuística em torno de 40%, optou-se por elevar o número da casuística para 74 participantes. Os 74participantes foram alocados em dois grupos distintos de acordo com o local de residência. Ao grupo de
treinamento (n = 37) foram ministradas aulas de hidroginástica,duas vezes por semana, com duração de 45 minutos, durante um período de 12 semanas. As aulas foram ministradas sempre pela manhã, numa piscina com profundidade de 1,20m, medindo 25m x 12,5m, com água na temperatura aproximada de 26 a 28°C . As aulas consistiam em quatro fases: 1 – Aquecimento (alongamento e flexibilidade, método estático, durante 5min); 2 – Exercícios aeróbicos (corridas, deslocamentos e movimentos combinados
de braços e pernas, de modo intervalado, 1min para atividade e 1min para recuperação, durante 20min); 3 – Exercícios localizados (força/resistência dos membros superiores,
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