Disciplinas norteadoras organização do trabalho pedagógico e psicologia da educação e da aprendizagem
Por: Talita Reis • 12/4/2016 • Artigo • 5.795 Palavras (24 Páginas) • 612 Visualizações
Disciplinas norteadoras organização do trabalho pedagógico e psicologia da educação e da aprendizagem
Introdução
O presente trabalho levanta a problemática de como tem se desenvolvido a prática pedagógica dos educadores nas séries iniciais do Ensino Fundamental diante da inclusão de crianças com deficiência intelectual sem o subsídio de uma boa formação preparatória, situação esta que evidência a importância da predisposição do educador em favorecimento deste aluno em processo de inclusão educacional.O objetivo desta pesquisa é fornecer subsídios para uma reflexão sobre a prática docente diante da inclusão de crianças com deficiência visando problematizar essa vivência diária a fim de conscientizar os educadores da importância da sua ação educativa no processo aquisição e construção do conhecimento assim como para o desenvolvimento destes alunos. Essa pesquisa se justifica na possibilidade de conscientizar e promover reflexões sobre a diferença da ação educativa baseada da afetividade e espontaneidade, contra aquela que é baseada no autoritarismo, nas diferenças e nos resultados.
Meu amiguinho diferente é especial
Passo1
Yasmim Aluna do quarto ano descreve seu amiguinho com síndrome de down.
Aluna Ana Julia descreve sua amiga Larissa com deficiência visual
Aluna descreve seu colega com deficiencia motora
Aluna descreve colega cadeirante
Aluna descreve seu amigo com deficiência visual
Entrevistas a um docente que trabalha com crianças com deficiência
Passo 2
Um desafio grande ainda é lidar com a expectativa e o medo dos pais que esperam muito dos educadores e ao mesmo tempo em que querem incluir seus filhos na sociedade também temem que sofram preconceitos e pelas dificuldades que enfrentarão ao longo do aprendizado. A inclusão ainda é um grande desafio para os professores, mas recompensado com cada aprendizado adquirido pelos alunos portadores de deficiência. È um trabalho que exige muita dedicação e carinho, mas que faz toda a diferença na vida de todos, tanto professores, como pais e alunos.
Francielle Freitas 29 anos professora
Como é lidar com um aluno deficiente?
Lidar com a deficiência de alguém é algo difícil e exige uma total mudança de atitudes e ações, mas principalmente, exige uma mudança no que se pensa ser uma deficiência, pois ela não é algo que possa ser cura do, exterminado ou normalizado. Muitos professores e outros profissionais que lidam com pessoas com deficiência se deparam com pais que esperam somente por resultados, esperam o milagre acontecer por intermédio da escola, do psicólogo, do fonoaudiólogo, de terapeutas e tantos outros profissionais. Muitos pais esperam que estes profissionais consigam transformar a deficiência em eficiência e com isto não participam da vida, do desenvolvimento do filho, ficam alheios a ele e acabam expressando seu amor e desespero por um filho diferente e especial de forma superprotetora, de não-aceitação da deficiência, da necessidade especifica que a criança apresenta, o que acaba por prolongar o desenvolvimento motor e cognitivo da criança que se desde a tenra idade recebesse a estimulação necessária teria suas necessidades específicas reduzidas agregando-lhe maior qualidade de vida.
Falando em família você acha que a mesma ajuda ou atrapalha nesse processo de inclusão adotado pelo educador?
Amor não é superproteção, Superproteção é negar a diferença do outro, então fazemos por ele o que julgamos que ele jamais será capaz. Superproteger uma pessoa é superestimar a sua capacidade inata de superar suas próprias limitações. É ao mesmo tempo negar-lhe o direito de crescer e se desenvolver justificado apenas por um amor superprotetor. Fica difícil um educador ou outro profissional agir sem o apoio da família, ou pior, com pais que esperam apenas por resultados e não participam do processo e nem como o filho se sente seguindo sozinho uma caminhada complicada e difícil que é em alguns casos o tratamento para reabilitação, as seções de estimulação, as horas de terapia, e ainda sua inclusão no contexto escolar, um ambiente novo e que traz a exigência de um aluno idealizado e que muitas crianças sabem que não se enquadram nesse perfil.
Dentro de suas experiências qual a dica você deixaria pra outros educadores?
No dia a dia do contexto escolar onde ocorre a relação aluno-professor é interessante que se obtenha ou que se alcance uma melhor convivência com a criança no sentido de que ela participe e interaja. As ações devem partir do agir espontâneo da criança, de seu desejo, do que lhe cause segurança e prazer na realização. Os desejos dos adultos sejam eles pais ou professores, mesmo sendo para o bem da criança sempre terão o peso de cobrança, de um ideário de filho ou de aluno que muitas crianças sabem que não são. Muitas vezes, o professor se verá sozinho na caminhada da inclusão de um aluno com deficiência e seus esforços em atender a esse alunado deverão ter foco na redução dos déficits da criança dando lhe oportunidade e o tempo necessário, mas sem visar modificar as estruturas ou fatores que causam uma possível limitação ou atraso no desenvolvimento global da criança, pois este é um campo de atuação para outros profissionais. Ao educador caberá repensar sua ação pedagógica, adaptar o currículo as necessidades do aluno, tornar o conhecimento acessível e principalmente reavaliar seu conceito de educação, de
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