RECREAÇÃO ESCOLAR: A BRINCADEIRA E O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Por: Hiago Marianno • 15/10/2018 • Artigo • 2.938 Palavras (12 Páginas) • 753 Visualizações
RECREAÇÃO ESCOLAR: A BRINCADEIRA E O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA[pic 1]
Tiago Linhares Rodrigues
Resumo
Este estudo buscou através de uma pesquisa bibliográfica analisar a seriedade das atividades recreativas nas aulas de Educação Física, para que a criança possa desenvolver suas coordenações motoras, habilidades sociais afetivo e cognitivo. Diante todo material pesquisado pode-se constatar que as atividades lúdicas não é somente uma opção pedagógica, mas uma necessidade para otimizar o aprendizado do indivíduo, ainda mais numa era em que a tecnologia tem afastado as crianças do convívio social, tudo pode ser feito pelo celular ou jogos eletrônicos. A recreação proporciona a criança interação com ambiente social, contribuindo para aprimoramento das capacidades interpessoal, proporcionando autonomia, contribuindo para o desenvolvimento pleno e integral.
Palavras-chave: Ludicidade; Educação física; Recreação
1 INTRODUÇÃO
As diretrizes educativas afirmam que as atividades físicas devam fazer parte do ciclo educacional, a educação física não deve ser vista somente como uma forma de movimentar o corpo, mas sim como forma de amadurecimento e aprendizado desde os anos iniciais do ciclo educacional.
Durante as aulas de educação física os alunos não ficam preso a sala de aula, havendo o alivio da tensão podendo agir de forma mais espontânea, contribuindo assim para o desenvolvimento físico e mental pois não estão sujeitas a regras formal de comportamento empregada em sala de aula (MARQUES; KRUG, 2009).
Um dos objetivos da recreação física escolar é auxiliar o indivíduo a trabalhar em grupo também sendo uma maneira de facilitar o ingresso da criança no meio social, além de desenvolver os meios de comunicação sendo verbal e não verbal, adequação emocional por lidar com as diferentes personalidades e valores, expandindo a capacidade mental do indivíduo como a maneira de perceber o mundo (VIEIRA, 2016).
Para que a educação física tenha a proposta de ajudar de forma eficiente os alunos necessita de novas abordagens. Desde os anos iniciais da educação as brincadeiras as recreações e os jogos necessitam ser inseridos no cotidiano, de forma lúdica, para que dessa forma a criança consiga expressar sentimentos e desenvolvendo habilidades sociais.
Desta maneira este artigo propõe um estudo sobre recreação, jogos e brincadeiras, buscando um contexto histórico, e os benefícios que acarretam ao desenvolvimento na educação infanto-juvenil. O problema que norteia o estudo é: de que maneira a recreação por meio de jogos, brincadeiras pode contribuir para o desenvolvimento educacional?
A pesquisa buscou compreender a importância da recreação no que envolve os jogos e as brincadeiras como seu principal objetivo, e para que este fosse alcançado buscou conhecer os benefícios dos jogos no contexto social do indivíduo; identificar como as brincadeiras ajudam a desenvolver a aprendizagem e a forma de socialização; apontar o papel do educador neste contexto de jogos e brincadeiras dentro da educação física.
Para isso, o desenvolvimento deste trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites, uma pesquisa sobre a opinião de diversos autores referente a este tema, com o objetivo de analisar, a importância das atividades recreativas nas aulas de Educação Física no desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo de alunos.
É relevante o estudo sobre o tema abordado por diversos motivos, entender os diferentes instrumentos educacionais, e suas diferenças e como pode beneficiar a criança desde o começo da sua jornada educacional, auxilia os professores a desenvolver suas aulas, mudando seu cotidiano e rotina, inserindo o aluno e ajudando-o a desenvolver plenamente suas habilidades físicas e sociais, havendo assim um crescimento tanto do aluno como do educador.
2 METODOLOGIA
Para Silva e Menezes (2005), pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a solução para um problema, que têm por base procedimentos racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem um problema e não se têm informações para solucioná-lo. E para Gerhardt e Silveira (apud GIL, 2009, p
12), pesquisa é definida como:
(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.
Neste estudo foi utilizado uma pesquisa bibliográfica, onde houve uma revisão de literatura, utilizando livros, artigos publicados depois de 2007, para selecionar quais artigos seriam utilizados usou-se as palavras-chave: recreação, ludicidade, jogos lúdicos e educação infantil. Desta forma serão discutidos os artigos encontrados com a intenção de aprender sobre o assunto discutido e sua importância no atual contexto social.
3 A RECREAÇÃO NO CONTEXTO HISTÓRICO E SOCIAL
O desenvolvimento da Educação física está entrelaçado com o desenvolvimento histórico cultural do Brasil, já que foi as recreações uma das responsáveis pela criação do curso e a formação profissional em Educação Física (WERNECK, 2000; MELLO, 2003).
Os modelos da educação são bem antigos, entretanto foram sendo modificados com o passar do tempo. Desde a época indígena o lúdico sempre fora valorizado. Os índios ensinavam seus filhos a caçar, a pescar e a viver em sociedade desde muito pequenos e de forma lúdica, para que quando elas crescessem já fossem aptas a sobreviver. Eram ensinados pela forma de imitação, ensinando e aprendendo para própria sobrevivência (SANT´ANNA, 2011).
A recreação aparece como um ótimo instrumento pedagógico pois auxilia tanto no desenvolvimento biológico como social. As brincadeiras por meio de jogos tiram as crianças da inatividade fazendo que se movimentem, assim sendo indispensáveis para manter uma boa saúde física, por intermédio das atividades as crianças vão se desenvolvendo social e emocionalmente, auxiliando a autonomia, e autoestima (MAURÍCIO, 2008).
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