A NECESSIDADE DE SEGURANÇA
Por: Laís Rodrigues • 7/11/2017 • Trabalho acadêmico • 6.187 Palavras (25 Páginas) • 330 Visualizações
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
NECESSIDADE DE SEGURANÇA: MOBILIDADE, IMOBILIDADE E TRANSFERÊNCIA
ANDRESSA CARVALHO
ELLEN EDUARDA
JUSSARA REIS
LAÍS RODRIGUES
LYNARA OLIVEIRA
TERESINA-PI
2017
1 INTRODUÇÃO
A manutenção da mobilidade do indivíduo é garantida por meio do sistema musculoesquelético e nervoso, para os casos de pacientes que apresentam danos nesses sistemas é papel da enfermagem o cuidado especial. Atualmente, as enfermeiras utilizam informações sobre o alinhamento corporal, o equilíbrio, a gravidade e o atrito quando implementam intenções de enfermagem tais como posicionamento dos pacientes, determinando o risco de quedas do paciente e selecionando o modo mais seguro de movimentá-los ou transferi-los. (POTTER, 2005, p.1220)
O processo de enfermagem relacionado às práticas do cuidado envolve o manejo adequado de pacientes para casos de mobilidade e imobilidade. Portanto, o conhecimento sobre o alinhamento corporal e equilíbrio, gravidade e posicionamento dos pacientes são importantes para a segurança do paciente e também do enfermeiro.
A coleta de dados pela equipe de enfermagem do paciente inclui aspectos tanto da mobilidade quanto da imobilidade (POTTER, 2005, p.1231). Para movimentar o paciente, o enfermeiro deve fazer um diagnóstico de enfermagem, conhecer o ambiente e os recursos disponíveis, utilizar os princípios da Ergonomia e da biomecânica na execução dos procedimentos. Durante o planejamento, o enfermeiro sintetiza as informações dos recursos, tais como o conhecimento do papel da terapia respiratória e da fisioterapia, os padrões tais como as diretrizes da AHRQ e da WOCN para cuidados cutâneos, os protocolos para pacientes sob risco de queda, as atitudes tais como a criatividade e a perseverança, e as experiências passadas com pacientes imobilizados (POTTER, 2005, p.1241).
Primeiramente, deve haver a avaliação das condições do cliente; ou seja, a capacidade de colaborar, presença de soros e sondas. Como também, a orientação desse indivíduo sobre o procedimento, condição do ambiente (espaço suficiente entre as camas para a passagem de pessoas e manipulação de equipamentos e macas), grades laterais na cama para a proteção à quedas e a altura da cama ser aproximadamente a 5cm da altura do cotovelo dos executores da atividade. Outro ponto importante trata-se do transporte de pacientes obesos que deve ser bem panejado e ter o auxílio mecânico.
Entre os cuidados do próprio profissional de saúde para a realização dos procedimentos estão: manter as costas eretas e não deixar as costas arqueadas (evitando os risco de dores lombares), usar o próprio peso corporal contrabalançando ao do paciente, flexionar os joelhos, abaixar a cabeceira da cama durante a movimentação, usar vestimenta apropriada (roupas com liberdade de movimento e sapatos apropriados) e ter, no mínimo, duas pessoas para realizar a manipulação de pacientes.
2 INFLUÊNCIAS PATOLÓGICAS SOBRE A MOBILIDADE
2.1 Anormalidades posturais
Segundo Potter (2005; p. 1272), as anormalidades posturais congênitas ou adquiridas afetam a eficiência dos sistemas muscular e esquelético, bem como alinhamento corporal, equilíbrio e aparência.
As anormalidades podem causar dor, comprometer o alinhamento ou mobilidade, ou ambos. Para levantar, transferir e posicionar é necessário o conhecimento a respeito das características, causas e tratamento das anormalidades posturais comuns.
- Torcicolo: Inclinação da cabeça para o lado afetado, no qual o músculo esternoclidomastóideo está contraído;
Etiologia: Condição congênita ou adquirida;
Possíveis tratamentos: Cirurgia, calor, apoio ou imobilização, dependendo da causa ou gravidade, ADM suave.
- Lordose: Exagero da curvatura convexa anterior da coluna lombar;
Etiologia: Condição congênita; condição temporária na gravidez;
Possíveis tratamentos: Exercícios de alongamento da coluna vertebral (dependendo da etiologia).
- Cifose: Convexidade aumentada na curvatura da coluna torácica;
Etiologia: Condição congênita, raquitismo, osteoporose, tuberculose da coluna vertebral;
Possíveis tratamentos: Exercícios de alongamento da coluna vertebral, dormir sem travesseiros, usando uma prancha de cama, órtose, fusão da coluna (baseada na causa e gravidade).
- Cifolordose: Combinação de cifose e lordose;
Etiologia: Condição congênita;
Possíveis tratamentos: Possíveis tratamentos: Similar aos métodos empregados na cifose e na lordose (com base na etiologia).
- Escoliose: Curvatura lateral da coluna vertebral, alturas desiguais dos quadris e ombros;
Etiologia: Condição congênita, poliomielite, paralisia espástica, comprimento desigual das pernas;
Possíveis tratamentos: Imobilização e cirurgia (com base na etiologia e gravidade).
- Cifoescoliose: Curvatura ântero-posterior e lateral anormal da coluna vertebral;
Etiologia: Condição congênita, poliomielite, cor pulmonale;
Possíveis tratamentos: Imobilização e cirurgia (com base na etiologia e gravidade).
- Displasia congênita do quadril: Instabilidade do quadril com abdução limitada dos quadris e, ocasionalmente, contraturas em adução (a cabeça do fêmur não se articula com o acetábulo por causa da pouca profundidade deste);
Etiologia: Condição congênita (mais comuns em partos de nádega);
Possíveis tratamentos: Manutenção da abdução contínua da coxa, de modo que a cabeça do fêmur pressione o centro do acetábulo; talas de abdução, aparelho gessado, cirurgia.
- Genu valgo (joelho em tesoura): As pernas curvam-se para dentro, de modo que os joelhos se tocam, quando a pessoa caminha;
Etiologia: Condição congênita, raquistismo;
Possíveis tratamentos: Suportes de joelho, cirurgia, quando não corrigido pelo crescimento;
- Genu varo (pernas arqueadas): Uma ou ambas as pernas curvadas para fora no joelho, o que é normal até 2 ou 3 anos de idade;
Etiologia: Condição congênita, raquistismo;
Possíveis tratamentos: Lentificação da velocidade de curvatura, quando não corrigidas pelo crescimento; Com raquitismo, aumento da ingestão de vitamina D, cálcio e fósforo até as faixas de normalidade.
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