A Pressão Intracraniana; Manejo; Unidade de Terapia Intensiva
Por: marcela1985 • 26/6/2022 • Trabalho acadêmico • 4.103 Palavras (17 Páginas) • 165 Visualizações
RESUMO
Os enfermeiros podem identificar a importância do ambiente no resultado dos cuidados. Por isso, se faz necessário interagir definições e conceitos, com a finalidade de atingir uma excelência neste atendimento. O objetivo deste estudo é demonstrar a importância da efetividade da enfermagem no manejo em pacientes com a PIC em UTI. A pesquisa será uma revisão de literatura, tendo como base fontes do Google Acadêmico, a SciELO (Scientific Electronic Library Online), a Biblioteca Virtual de Saúde - BVS, buscando identificar em publicações científicas que apontam a atuação destes profissionais nesta temática, demonstrando a relevância da autonomia com atenção e assertividade. Diante disto busca-se responder a seguinte questão: “Quais intervenções de Enfermagem são descritas na literatura científica para pacientes com PIC em Unidade de Terapia Intensiva?”
Palavras-Chave: Enfermagem; Pressão Intracraniana; Manejo; Unidade de Terapia Intensiva.
- INTRODUÇÃO
A Pressão Intracraniana é a função da relação entre o conteúdo da caixa craniana (parênquima cerebral, líquido cefalorraquiano e sangue) e o volume do crânio. Sendo relevante lembrar que o crânio é uma caixa óssea, onde há um espaço específico, não suportando o aumento da pressão dos componentes.
Com a capacidade alterada da PIC, no caso a Hipertensão Intracraniana, podem resultar em sequelas gravíssimas ou até mesmo o óbito, isto quando o doente não recebe o manejo imediato com os devidos cuidados. A pressão pode danificar o cérebro ou a medula espinhal, pressionando estruturas importantes e restringindo o fluxo sanguíneo para o cérebro (BARBOSA, 2019).
O manejo em pacientes com a PIC em UTI é uma rotina que se exige análise, estudos, atenção, autonomia, Carvalho (2021) afirma que a urgência da especialização nos cuidados de pacientes em estado grave ou crítico, uma das muitas práticas que será objeto deste estudo é o manejo da enfermagem na monitorização, que apesar de todo conhecimento adquirido, exige atenção e assertividade no momento dos cuidados diários do paciente.
O controle da PIC é executado através da implantação de um cateter de polietileno na cavidade ventricular conectado a um transdutor de pressão, sendo imprescindível para evitar danos cerebrais secundários que contribuem para possível morbimortalidade (ALMEIDA et al, 2019).
Nosso objetivo é avaliar na literatura os princípios de enfermagem que devem ser aplicados na prevenção de possíveis agravamentos, complicações e sequelas no atendimento ao paciente com PIC em Unidade de Terapia Intensiva, observar os sinais e sintomas que caracterizam o agravamento do quadro clínico destes pacientes e identificar os cuidados do profissional de enfermagem deve seguir no manejo com a monitorização da PIC.
Partindo da literatura que será pesquisada buscar-se-á a existência de medidas de monitorização, e tratamento da hipertensão intracraniana reconhecidas na concessão pelos autores estudados, assim como abordagens que ainda motivam controvérsia.
Diante disto levanta-se a seguinte questão: “Quais intervenções mais relevantes do enfermeiro são descritas na literatura científica para pacientes com PIC em Unidade de Terapia Intensiva?”
Buscar-se-á na literatura científica as formas mais indicadas de manejo com autonomia e responsabilidade, buscando a prevenção de possíveis lesões. Identificando o desenvolvimento dos profissionais de enfermagem no cuidado às pessoas em condições crônicas de UTI com a PIC.
Este trabalho se dará por revisão de literatura, nas análises e discussões de outros autores sobre o tema que será tratado, desenvolvida com abordagem exploratória e descritiva. Conforme Gil (2017), será fundamentada em materiais já lançados, incluindo artigos científicos publicados em periódicos acadêmicos, tendo como base o Google Acadêmico, a SciELO (Scientific Electronic Library Online), a Biblioteca Virtual de Saúde - BVS.
Para a inclusão dos artigos, serão considerados os seguintes critérios: artigos originais que atenderem à questão orientadora, publicados nos últimos 20 anos, em português com a intenção de obter maior precisão nos resultados.
Considerando que a excelência em saúde também se vincula às boas práticas dos profissionais de enfermagem, este estudo buscará identificar na literatura intervenções pertinentes a monitorização da PIC com a finalidade de contribuir para uma assistência relacionada em concepções e evidências científicas, para auxílio futuro de profissionais da saúde e acadêmicos da área.
- Referencial Teórico
Pressão Intracraniana - Conceito
A Pressão Intracraniana (PIC) é a função entre o conteúdo da caixa craniana, no caso: a parênquima cerebral, o líquido cefalorraquiano e o sangue. Lembrando que o crânio é uma caixa óssea (Imagem I), é um compartimento rígido, onde não cederá no caso de alguma alteração nos elementos encontrados em seu interior, não suportando o aumento da pressão dos componentes.(GIUGNO, 2003).
De acordo com Nobrega (2019), a pressão intracraniana é determinada por três fatores conforme a doutrina de Monro-Kellie
- Massa cerebral – 80% em média da PIC
- Sangue – 10%
- LCR – 10%
Na afirmação de Dib (2020), o equilíbrio entre estes três componentes é o que determina a Pressão Intracraniana (PIC), numa situação de aumento da mesma. Sendo a maior apreensão com a lesão cerebral secundária, que é uma consequência da hipóxia cerebral.
A elevação da pressão intracraniana (PIC) é uma complicação potencialmente devastadora da injúria neurológica primária. Ela pode estar associada a várias etiologias diferentes e frequentemente complica o trauma cranioencefálico, tumores do sistema nervoso central, hidrocefalia, encefalopatia hepática, hemorragia ou infarto cerebral. O sucesso na abordagem da HIC requer o seu rápido reconhecimento, o uso correto da monitoração invasiva, o tratamento de redução da pressão intracraniana e a correção da causa subjacente. (DIB, 2020).
Com a capacidade alterada da Pressão Intracraniana - PIC, pode-se resultar em sequelas gravíssimas como a Hipertensão Intracraniana - HIC, ou até mesmo o óbito. Isto quando o doente não recebe o manejo imediato com os devidos cuidados. A pressão pode danificar o cérebro ou a medula espinhal, pressionando estruturas importantes e restringindo o fluxo sanguíneo para o cérebro.
Como o cérebro está contido dentro de uma caixa craniana rígida, sua pressão de perfusão é a resultante da diferença entre a PAM e a pressão intracraniana (PIC). Portanto, a pressão de perfusão cerebral (PPC) é: PPC = PAM - PIC. Note-se que, um aumento na PIC pode ser independente da PAM e resultar numa redução do fluxo sanguíneo cerebral (FSC). (MIZUMOTO, 1992)
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