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A Saúde da Mulher

Por:   •  3/4/2019  •  Resenha  •  19.761 Palavras (80 Páginas)  •  306 Visualizações

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Saúde da Mulher II

Aula 1:Cálculo da Data Provável do Parto (DPP): Objetivo- Estimar o período provável do nascimento. Regra Prática: A partir da DUM, acrescenta-se 7 ao 1º dia e subtraem-se 3 ao mês (ou adiciona-se 9 se janeiro/ fevereiro/ março). 

Exemplo: DUM: 23 / 12 / 12

                          + 7 / - 3 /

                  DPP: 30 / 09 / 13

Cálculo da Idade Gestacional (IG) pela DUM: Tempo transcorrido entre o primeiro dia de sangramento do último período menstrual (DUM) até a data atual, o que corresponde ao dia em que está realizando o cálculo.

Como calcular a IG?  

Você deve somar os dias entre o primeiro dia da última menstruação e o dia atual e dividir o resultado por sete. O resultado corresponde ao número de semanas e o resto ao número de dias além da referida semana.

Exemplo: Gestante, M.S.R. refere ciclos menstruais regulares, DUM em 11/01/2013. Consulta em 06/08/2013. Qual é a IG no dia da consulta?

A partir de 11/01/13 você deve somar os dias que se passaram até o dia 06/08/2013. Você obtém o total de 207, que dividido por sete (para expressar a IG em semanas) resulta em 29, restando 4. Sendo assim, a IG no dia da consulta é de 29 semanas e 4 dias ou 29 semanas e 4/7 (quatro dias de uma semana), ou seja, faltam 3 dias para completar 30 semanas de gestação.

Cálculo da IG pelo USG: Em 06/08/2013, a gestante R.S. comparece à UBS para consulta pré-natal. Não sabe referir a DUM. Trouxe laudo do ultra-som, realizado em 12/06/2013: gestação de 10 semanas e 4 dias.

Uma das formas de calcular é a seguinte: A partir de 12/06/2012, você deve somar os dias que se passaram até o dia 06/08/2013. Você obtém o total de 55, que dividido por sete (para expressar a IG em semanas) resulta em 7, restando 6. Acrescente 10 semanas e 4 dias (laudo do exame) às semanas obtidas (7 6/7). IG pelo ultra-som em 06/08/2011 é: 18 semanas e 03 dias ou 18 3/7 semanas.

Mensuração da Altura Uterina (AU): Estimar o crescimento fetal, correlacionando a medida da altura uterina com a idade gestacional e detectar seus desvios.

Quando realizar: A partir de 10 ou 12 semanas é possível palpar o útero acima da sínfise púbica. O crescimento deve ser acompanhado pelo menos mensalmente. É necessário esvaziamento vesical (do contrário aumento de 3 - 4cm), e posicionar a gestante em decúbito dorsal com abdome descoberto. Entre 18 e 30 semanas AU equivale ao número de semanas de gestação. AU aumenta 4cm/mês. Em condições normais, AU na gestação a termo será em torno de 36cm. Primíparas - queda do ventre (diminuição da altura uterina).

Técnica: Fixar a extremidade inicial (0 cm) da fita métrica na borda superior da sínfise púbica com uma mão, deslizando a fita entre os dedos indicador e médio da outra mão, sobre a superfície mediana abdominal até o fundo uterino com a margem cubital dessa mão.

Localização esperada do fundo uterino de acordo com a IG: com 10 a 12 semanas o útero sai da sínfise púbica; 16 semanas linha média entre umbigo e sínfise púbica; 20 semanas o útero está na altura da cicatriz umbilical. 

AU acima da esperada: Erro de cálculo de IG; Polidrâmnio; Macrossomia fetal; Gestação múltipla; Miomatose.

AU abaixo da esperada: Erro de cálculo de IG; Óbito fetal; Restrição de crescimento intrauterino; Oligoâmnio.

Situação Fetal: Relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal. Ex.: situação longitudinal e transversal. Intermediária às descritas, temos a situação oblíqua, quando o eixo encontra-se em ângulo agudo.

Apresentação Fetal: Região fetal que ocupa a área do estreito superior e que nele se insinuará. Ex.: apresentação cefálica, pélvica. Intermediária às descritas, temos a apresentação de ombro, ou de espáduas ou córmica.

Palpação Obstétrica: Objetivo é identificar a posição fetal no útero. Determinar: a situação e a apresentação fetal; o nível de descida da apresentação fetal em relação à pelve; a localização do dorso fetal. Antes de tentar identificar a posição fetal no útero, procura-se reconhecer: tensão da parede uterina; presença e características das contrações uterinas; regularidade da superfície da parede corporal do útero.

Posição da gestante/parturiente: Semi-sentada, com os joelhos fletidos. Além de ser mais confortável, protege dos efeitos negativos do peso do útero gravídico sobre os órgãos e vasos abdominais, especialmente em fases avançadas da gravidez.

Técnica: Firme e delicada com braços e mãos pendentes, livres de contratura muscular. Dedos juntos e retos, para gerar o mínimo de desconforto. Toques e palpações com movimentos contínuos e suaves. Pode ser realizada a partir do 5-7º mês de gestação até o termo. Parturientes: deve ser realizada no intervalo das contrações.

Tempos (Escola Alemã): 1. Exploração do fundo uterino; 2. Exploração dos flancos (dorso e membros); 3. Pesquisa da mobilidade cefálica (manobra de Leopold); 4. Exploração da escava.

Exploração do fundo uterino: Identificar parte fetal que ocupa essa região. Características do pólo cefálico: Resistente, liso, irredutível e regular.

Características do pólo pélvico: Menos duro, mais volumoso, redutível, de superfície irregular.

Exploração dos flancos (dorso e membros): Características do dorso fetal: Contínuo e resistente.

Características dos membros fetais: Cilindros que fogem às mãos.

Pesquisa da mobilidade cefálica (manobra de Leopold): Verificar se o pólo cefálico está alto e móvel ou ajustado e fixo em relação ao estreito superior. Imprimir movimentos de lateralidade com os dedos apoiados na fronte e no occipício.

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