A Unidade de Terapia Intensiva
Por: Ruanna Machado • 3/5/2018 • Trabalho acadêmico • 2.397 Palavras (10 Páginas) • 204 Visualizações
Faculdade Gama e Souza
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INTRODUÇÃO[pic 8]
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área crítica do hospital destinada à internação de pacientes graves, que requerem atenção profissional especializada de forma contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização e terapia1,2.
A complexidade de cuidados requeridos pelos pacientes, cujas condições de saúde podem variar de minuto a minuto, exige intervenções interdisciplinares e de enfermagem fundamentadas em um método sistematizado que privilegia a tomada de decisão e o gerenciamento do Enfermeiro. Para o efetivo cuidado de enfermagem fazem-se necessárias práticas assistenciais especializadas, seguras e contínuas dentro de um Processo de Enfermagem (PE)3,4.
O objetivo da segurança do paciente é a redução de riscos e danos desnecessários relacionados aos cuidados recebidos nos serviços de saúde para um mínimo aceitável, com prática clínica atualizada com uso dos recursos materiais e tecnológicos disponíveis, levando-se em conta o contexto em que os cuidados são prestados5.
O processo de cuidar, essência do trabalho de enfermagem e demais profissionais de saúde, não é isento de riscos. Podem ocorrer danos de diferentes formas, intensidade e gravidade ao paciente, mesmo que a intenção inicial do profissional tenha sido totalmente benéfica no cuidado ao paciente. Os pacientes em cuidado intensivo, submetidos a múltiplas intervenções, com maior permanência hospitalar são mais propensos a sofrerem possíveis efeitos indesejados decorrentes do cuidado ofertado, conhecidos como incidentes6.
Incidentes na segurança do paciente, conforme classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) são definidos como eventos ou circunstância que poderiam ter resultado, ou resultaram em dano desnecessário ao paciente, resultantes de ações não intencionais ou intencionais por parte dos profissionais de saúde5.
Tais incidentes, resultantes das intervenções interdisciplinares em saúde, podem ocasionar algum dano ao paciente, e é reconhecido como um Eventos Adversos (EA), uma vez que não decorrem da própria condição subjacente em que o paciente se encontrava6.
Dano implica em prejuízo na estrutura ou nas funções do corpo e/ou qualquer efeito deletério daí resultante, incluindo lesão, doença, sofrimento, incapacidade ou morte, e pode ser físico, social ou psicológico5.[pic 9]
Acredita-se que a incidência de EA varie de 2,9% e 16,6% dos pacientes internados são afetados por EA6,7. Na UTI, aproximadamente 20% dos pacientes podem sofrer um EA e, destes cerca de 40-45% podem ser considerados evitáveis. Os EA afetam as taxas de sobrevida e mortalidade dos pacientes de forma significativa e independente5.
Existe uma iniciativa mundial em instituir a segurança nas organizações de saúde enquanto processo cultural, promovendo a conscientização dos profissionais quanto a uma concepção cultural da segurança em suas ações em prol do paciente com compromisso ético no gerenciamento de riscos com consequente aquisição de segurança para si e para o paciente8.
Diante do exposto e da complexidade de cuidados requeridos por pacientes internados na UTI, cujas condições de saúde sofrem mudanças constantes e, necessitam de intervenções de Enfermagem imediatas e precisas, consideramos que o conhecimento da produção teórico-científica a respeito do processo de gerenciamento de EA realizado pelo enfermeiro no contexto da UTI, possa subsidiar a elaboração de um Plano de Intervenções (PI), baseado em cuidados e ações que visam resultados específicos, proporcionam segurança ao paciente e autonomia à equipe de enfermagem.
Lacuna Científica:
A realização deste projeto de pesquisa justifica-se pela importância do conhecimento da produção teórico-científica a respeito do processo de gerenciamento de EA realizado pelo enfermeiro no contexto da UTI, que contribua para a identificação destes eventos e implementação de ações rápidas e eficazes para a elaboração de um PI aplicável pelo enfermeiro na UTI, visando reduzir sua ocorrência.
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MÉTODOS
Pesquisa qualitativa de revisão temática e de atualização de artigos científicos indexados em bases de dados a partir de 2013. O período escolhido para a inclusão de cada investigação teve a intenção de analisar o conhecimento científico atualizado e consensualizado em saúde a respeito do gerenciamento de EA realizados pelo enfermeiro na UTI.
Visando manter o rigor científico, as etapas da revisão literária proposta estão alicerçadas em uma estrutura de trabalho definida por um PI previamente elaborado pelos pesquisadores, a saber: 1) problemas identificados; 2) possíveis causas; 3) possíveis efeitos e; 4) sugestões. (ANEXO I).
A estratégia de busca para identificação e seleção dos estudos foi através do levantamento bibliográfico das publicações indexadas nas bases de dados: Google acadêmico e Scientifc Electronic Library Online (Scielo).
Os critérios adotados para seleção dos artigos foram: todas as categorias de artigo (pesquisa original, revisão de literatura, revisão sistemática, reflexão, atualização e relato de experiência); artigos com resumos e textos completos disponíveis com acesso gratuito para análise; disponibilizados em português; publicados a partir de 2013; e artigos que continham em seus títulos e/ou resumos os seguintes descritores: Enfermagem; Gerenciamento, Incidentes e Unidades de Terapia Intensiva. A partir de tais critérios foram selecionados 10 artigos para análise e reflexão.
Para a organização e compreensão dos dados foi realizada uma leitura criteriosa de diversos artigos para a seleção dos 10 artigos que respondessem ao objetivo do PI.
Posteriormente, foram extraídas as principais contribuições abordadas em cada artigo e de interesse dos pesquisadores. As mesmas foram comparadas e agrupadas por similaridade de conteúdo, e utilizadas como subsídio para a construção de um modelo de PI elaborado e apresentado a Disciplina de Práticas Investigativas em Serviços Hospitalares do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Gama e Souza cujo cenário escolhido para o PI foi a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
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