O Uso Da Toxina Botulínica E Sua Eficácia No Tratamento Da Hiperidrose
Por: BARBOSA2025 • 9/1/2025 • Trabalho acadêmico • 2.605 Palavras (11 Páginas) • 14 Visualizações
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O USO DA TOXINA BUTULÍNICA E SUA EFICÁCIA NO TRATAMENTO DA HIPERIDROSE
Palmas, ABRIL 2023.
Identificação
- Título: O USO DA TOXINA BUTULÍNICA E SUA EFICÁCIA NO TRATAMENTO DA HIPERIDROSE
- Instituição: Centro Universitário ITOP - UNITOP
- Área de Conhecimento (segundo CNPq): Estética e cosmética
- Curso: Estética e cosmética
Projeto de Pesquisa
- Introdução
O suor se faz necessário para o funcionamento do nosso organismo, visto que ele é o responsável pela termorregulação corporal, porém em algumas pessoas o suor em excesso é causado por uma hiper funcionalidade das glândulas sudoríparas. Esse transtorno é conhecido como hiperidrose, que é uma condição caracterizada pela excessiva produção de suor além das necessidades termorreguladoras do organismo. Essa afecção acomete tanto homens como mulheres entre 16 a 41 anos de idade e acarreta sério desequilíbrio social, psicológico e ocupacional, gerando impacto considerável na vida profissional destes indivíduos. O desconforto físico e a baixa autoestima refletem nas consequências desta disfunção. Com o avanço de estudos, diversos tratamentos vieram à tona para tratar a hiperidrose e um deles é a utilização da toxina botulínica, essa toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum age na fenda sináptica, impedindo a liberação de acetilcolina, reduzindo a estimulação das glândulas sudoríparas (Conceição & Fulco, 2022)
A toxina botulínica é uma inovação, bacilo gram-positivo, anaeróbico, tem sido muito utilizada no tratamento estético e mais recentemente no tratamento terapêutico de diversas patologias. Há mais de uma década está sendo muito utilizada nos tratamentos estéticos, toda via, possui diversas utilizações terapêuticas, atualmente tem se mostrado ser eficaz em sua utilização no tratamento da hiperidrose (HAGEMANN & SINIGAGLIA, 2019)
Apresentação do problema
A hiperidrose não é uma doença grave com relação ao risco de vida, mas trata-se de uma situação extremamente desconfortável, que causa profundos transtornos de relacionamento no portador desta afecção. Diante desta situação, foi elaborado o seguinte problema de pesquisa: Como a toxina botulínica pode ser utilizada para minimizar os impactos causados pelo hiperidrose?
Pressupostos teóricos
- Estética e sua atuação com toxina botulínica
A toxina Botulínica é uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, uma bactéria anaeróbica gram-positiva em forma de esporo, habitualmente encontrada em solo e em ambientes marinhos, que teve origem em 1817 através do autor Justinus Kerner que associou mortes resultantes de intoxicação (botulismo) com um veneno encontrado em salsichas defumadas, Ele concluiu que tal veneno interferia com a excitabilidade do sistema nervoso motor e autonômico, com essa descoberta publicou duas monografias descrevendo as características clinicas do Botulismo. Assim, Kerner propôs variações de possíveis usos da TxB na Medicina. Somente em 1895 através do Professor Emile Van Ermengen que o agente bacteriano e o mecanismo de ação responsável pela toxicidade do botulismo foram descobertos. (COLHADO et al.,2009)
Atualmente oito sorotipos imunologicamente distintos têm sido identificados como A, B, C1, D, E, F e G, estes sete sorotipos são neurotoxinas, a C2 é também produzida pela C. Botulinum, mas não é neurotoxina. Com tudo a neurotoxina tipo A, que é altamente purificada e estável, é usada tanto na estética como na clínica médica. (COSTA, 2021)
A TxB é composta por uma cadeia proteica leve e uma pesada, ligadas entre si por uma ponte dissulfeto. A cadeia pesada é responsável pela internalização da TxB nos terminais colinérgicos pré-sinápticos. Por outro lado, a cadeia leve é uma zinco- endopeptidase, responsável pelos seus efeitos tóxicos. Este complexo proteico consiste em uma neurotoxina com 150.000 Daltons e proteínas acessórias que não são toxicas associadas de maneira covalente que estabilizam e protegem o componente farmacologicamente ativo, resultando em um peso molecular final que varia de 300.000 a 900.000 Daltons. Essa variação é dada, pois depende de cada sorotipo e espécie de Clostridium botulinum que o produz e também segundo os métodos de purificação e análise. Comercialmente as TxB dos tipos A e B são agentes biológicos obtidos laboratorialmente como substâncias cristalinas e estáveis, liofilizadas, associadas a albumina humana e utilizadas após diluição em solução de NaCl a 0,9%. Em condições fisiológicas se espera que o complexo se dissocie e libere neurotoxina pura. (COLHADO et al.,2009)
O que é a hiperidrose e seus diferentes tipos
A hiperidrose é uma disfunção nas glândulas sudoríparas que são responsáveis pela produção do suor, em decorrência das glândulas sudoríparas serem hiperfuncionantes o suor em excesso acaba sendo consequência em indivíduos hiperidròticos (HAGEMAN; SINIGAGLIA, 2019)
São classificadas em dois tipos, primária e secundária, podendo ainda especificar como generalizada (em todas as partes do corpo) ou focal (em partes específicas do corpo). A hiperidrose primária é caracterizada como uma patologia benigna, decorrente da hiperatividade do sistema nervoso autônomo simpático, o qual gera “hipertrofia glandular e hipersecreção das glândulas sudoríparas écrinas de
determinadas áreas anatômicas” (KAROLINE; MORGANA; NASCIMENTO; LUCAS, 2021, p. 7).
A hiperidrose secundária pode ser tanto focal quanto generalizada, sendo a grande maioria generalizada. Podendo ser decorrente de doença neurológica, de obesidade, de distúrbios hormonais/menopausa ou de efeitos colaterais e medicamentos. Segundo (KAROLINE et al., 2021) pacientes que já possuem alguma patologia são mais acometidos pela hiperidrose.
As causas da hiperidrose são diversas, podendo ser influenciada por fatores intrínsecos ou extrínsecos, como, hereditário, emocional, ocupacional, social, dentre outros. (KAROLINE; MORGANA; NASCIMENTO; LUCAS, 2021)
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