POST-ISSUE EM SAÚDE COLECTIVA COM EMPHASIS EM ESTRATÉGIA SAÚDE FAMILIAR
Por: Debyhtinha20 • 11/3/2018 • Projeto de pesquisa • 2.217 Palavras (9 Páginas) • 245 Visualizações
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PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA COM ÊNFASE EM ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Hepatites virais
FEIRA DE SANTANA
2017
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PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA COM ÊNFASE EM ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
DÉBORA BARREIROS SANTANA
EDMEIRE BARBOSA DOS REIS
ÉRICA ARAÚJO PEREIRA
ISABEL CRISTINA MACEDO BEZERRA
JAELMA SOUZA MURICY
JOSETE BARREIROS DE OLIVEIRA
NIVEA MARIA FALCÃO
PATRICIA FERREIRA DA SILVA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Hepatites Virais
Trabalho apresentado como requisito avaliativo da disciplina Vigilância em Saúde
Docente: Maricélia Maia
FEIRA DE SANTANA
2017
INTRODUÇÃO
As hepatites virais são doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado. Cinco diferentes vírus são reconhecidos como agentes etiológicos da hepatite viral humana: o Vírus da Hepatite A (HAV), o Vírus da Hepatite B (HBV), o Vírus da Hepatite C (HCV), o Vírus da Hepatite D ou Delta (HDV) e o vírus da Hepatite E (HEV).
Náusea, vômitos, mal-estar, dor de cabeça, e perda do apetite são os sintomas mais frequentes na fase inicial da doença. Urina escura e fezes esbranquiçadas antecedem a fase ictérica que, em geral, coincide com alteração das provas de função hepática.
As hepatites A e E causam infecções agudas benignas, que evoluem para a cura sem necessidade de tratamento específico. O vírus da hepatite A tem distribuição mundial e apresenta maior disseminação em áreas onde são precárias as condições sanitárias e de higiene da população. Nestas áreas, a hepatite A apresenta-se como uma doença típica da infância.
As hepatites B, C e D podem evoluir para a hepatite crônica, que tem como principais complicações a cirrose e o carcinoma hepatocelular. O tratamento das hepatites B e C é feito com agentes antivirais. A hepatite D apresenta caráter endêmico nas regiões de alta prevalência para a hepatite B. Nos países apresentando baixa prevalência para a hepatite B, a infecção pelo vírus Delta ocorre principalmente entre os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos.
O diagnóstico laboratorial das hepatites virais inclui as provas da função hepática e a pesquisa de marcadores sorológicos específicos. Testes complementares para a detecção direta do genoma viral podem ser necessários para confirmação diagnóstica, determinação do genótipo infectante ou monitoramento da resposta à terapia antiviral.
As hepatites virais apresentam distribuição universal, e a magnitude dos diferentes tipos de vírus varia de região para região. No Brasil há grande variação regional na prevalência de cada hepatite. A maioria dos casos de hepatite aguda sintomática se deve aos vírus A e B (na região Norte, a coinfecção HBV/HDV também é importante causa de hepatite aguda sintomática). O vírus C costuma apresentar uma fase aguda oligo/assintomática, de modo que ele responde por apenas uma pequena parte das hepatites agudas sintomáticas.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A Vigilância permite acompanhar a tendência da doença e avaliar as medidas de prevenção que estão sendo executadas. O ato de notificar deve ser entendido como apenas uma ação do processo de vigilância.
O rastreamento da fonte de infecção relacionada a cada caso é primordial na implantação de medidas de prevenção e controle adequadas. E a realização de busca ativa auxilia na identificação de novos casos, principalmente entre os comunicantes.
As ações de vigilância epidemiológica têm como objetivo controlar as hepatites virais, monitorando o seu comportamento epidemiológico, identificando os fatores de risco, recomendando e adotando medidas de prevenção e controle e avaliando o seu impacto.
Definição de caso
- Suspeito (descrição na Ficha de Investigação em anexo)
- Caso confirmado (BRASIL. Ministério da Saúde, 2016):
- Hepatite A: Indivíduo que apresente anti-HAV IgM reagente; Indivíduo com suspeita clínica que apresente vínculo epidemiológico com caso confirmado laboratorialmente de hepatite A; Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite A na declaração de óbito; Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especificada na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite A após investigação.
- Hepatite B, Hepatite C e Hepatite E: Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite B, C ou E; Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite B, C ou E na declaração de óbito; Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especificada na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite B, C ou E após investigação.
- Hepatite D: Caso confirmado de hepatite B, com pelo menos um dos seguintes marcadores: anti-HDV total reagente ou HDV-RNA detectável; Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite D na declaração de óbito; Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especificada na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite D após investigação.
- Descartado: Caso suspeito com diagnostico laboratorial negativo para hepatites virais (desde que as amostras sejam coletadas e transportadas oportuna e adequadamente); Todo caso suspeito que durante a investigação tenha diagnóstico confirmado laboratorialmente de outra doença ou que não preencha os critérios de confirmação.
- Cicatriz sorológica: Indivíduos com marcadores sorológicos de infecção passada, porém curados no momento da investigação.
- Casos inconclusos: São aqueles que atendem aos critérios de suspeito, dos quais não foram coletadas e/ou transportadas amostras oportunas e adequadas ou não foi possível a realização dos testes para os marcadores sorológicos e de biologia molecular específicos.
NOTIFICAÇÃO
A notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão.
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