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Surdez Senil

Por:   •  24/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.049 Palavras (13 Páginas)  •  417 Visualizações

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UNINOVE

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

BIOMEDICINA

PROCESSAMENTO AUDITIVO EM IDOSOS: IMPLICAÇÕES E SOLUÇÕES

São Paulo – SP

2015


SUMÁRIO

1         INTRODUÇÃO        4

2.         DESENVOLVIMENTO        5

2.1         Fisiologia da Audição        5

2.3.1         Definição e correlação com a melhora da audição ou piora da audição......................................6

2.3.2         Plasticidade do Sistema Auditivo        7

3.         Sinapses presentes nos circuitos neurais        8

3.1          Aprendizado com repetição de tarefa        8

4.           A importancia da reabilitação        10

4.1          Medidas intervencionais na reabilitação de desordens  auditivas.        10

5.        Comparação do Processo auditivo em idosos e em jovens: o que muda e o por quê................12

6.         CONCLUSÃO        14

        REFERÊNCIAS        15

 

1. INTRODUÇÃO

As estatísticas mostram que a vida ganhou mais anos no Brasil; portanto, as pessoas podem viver mais tempo com independência, e às vezes com boa saúde e até mesmo inseridos  na vida cotidiana do trabalho mesmo após os 60 anos. No entanto outra realidade também há de ser avaliada. O processo de envelhecimento também envolve aspectos sociais, econômicos e de saúde pública. Sabe-se que muitas deficiências sensoriais estão presentes no envelhecimento e uma delas é a Presbiacusia, uma perda auditiva neurossensorial progressiva, geralmente bilateral. Isso ocorre devido a mudanças fisiológicas e degenerativas naturais que acontecem com o aumento da idade, acarretando redução significativa na interação e nos contatos interpessoais dos indivíduos. Interferindo diretamente nos mecanismos e processos do sistema auditivo responsável pelos fenômenos comportamentais relacionados à: localização lateralizarão do som, discriminação auditiva, reconhecimento de padrões sonoros. Na constatação de alguma alteração do processamento auditivo, alguns procedimentos são propostos na tentativa de minimizar as habilidades auditivas alteradas, dentre eles, o treinamento auditivo. Um dos fundamentos do treinamento auditivo é a plasticidade do Sistema Nervoso Auditivo Central (SNAC), que se define como uma mudança em células nervosas que ocorre de acordo com influências ambientais. Sabe-se que cérebros de jovens possuem maior plasticidade do que o cérebro  de idosos e podem se modificar rapidamente. Mas dependendo da qualidade, da duração da estimulação e da aceitação do problema, os cérebros de indivíduos idosos também podem apresentar capacidade de adaptação.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Fisiologia da Audição

Os componentes do sistema auditivo são 3: O condutivo (composto pelo canal condutivo), o sensorial (cóclea) e o neural (sistema nervoso e córtex cerebral (fig.1). Os dois primeiros componentes, condutivo e sensorial, fazem parte do sistema periférico e o neural faz parte do sistema nervoso. A atividade periférica tem a função de detecção e transmissão dos sons, e a atividade central tem a função de discriminação, localização, reconhecimento som, compreensão, atenção seletiva e memória auditiva (artigo Scielo).

         Fig.1 imagem

 [pic 1]

         Fonte: Google imagem – 15/04/15

Além do sistema auditivo periférico e do sistema auditivo central, outras áreas centrais (não auditivas) podem estar envolvidas no processamento auditivo. São elas: lobo frontal, conexão temporal-parietal, lobo occipital. Essas estruturas fazem a integração das informações sensoriais auditivas com outras não auditivas (artigo

Processamento Auditivo em Idosos: implicações e soluções)

2.2          Presbiacusia a Surdez Senil

Segundo Jacqueline Gomes Pinto (Fonoaudiologia hospitalar e clínica na motricidade orofacial) em seu artigo diz que a presbiacusia é definida como diminuição auditiva relacionada ao envelhecimento, por alterações degenerativas, fazendo parte do processo geral de envelhecimento do organismo. Com o avançar da idade, ocorre diminuição da capacidade de mitose de certas células, acúmulo de pigmentos intracelulares (lipofucsina) e alterações químicas no fluido intercelular. A presbiacusia não deve ser interpretada como comprometimento apenas do osso temporal, mas também das vias auditivas e do córtex cerebral. Vale lembrar que com o envelhecimento o labirinto posterior também é afetado. Há degeneração do plexo nervoso sacular e de seu neuro-epitélio, com perda de otólitos saculares e, em menor grau, dos otólitos utriculares. Presbiacusia não é patológico e sim fisiológico e suas características mais comuns são: diminuição da audição e, da compreensão da fala prejudicando a comunicação verbal.

Assim como a pele, os olhos, os cabelos e outras partes do corpo, o ouvido humano também envelhece. Em algumas pessoas acontece mais precocemente devido ao meio ambiente que a pessoa está exposta e o tipo de vida que ela leva. O ouvido é um dos primeiros órgãos a se formar durante a gestação, mas também é o primeiro órgão a entrar em deterioração, pois as células ciliadas que estão localizadas no interior do ouvido vão perdendo suas principais funções, principalmente quando estão expostas a um ruídos em intensidades elevadas ao longo da vida. Torna-se difícil definir em cada indivíduo, a proporção de perda auditiva que é devida ao processo de senilidade em si, daquele causado por fatores metabólicos, traumáticos ou definidos hereditariamente. Chega-se então à conclusão de que o fenômeno da presbiacusia é de origem multifatorial. No processo de envelhecimento, ocorre uma perda progressiva no epitélio sensorial e nos componentes do labirinto, assim como na cóclea. A redução progressiva do número das células começa aproximadamente aos 40 anos (Artigo: Fonoaudiologia na intervenção precoce).

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