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A TOXICOCINÉTICA

Por:   •  5/9/2015  •  Relatório de pesquisa  •  3.109 Palavras (13 Páginas)  •  371 Visualizações

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[pic 1]FACULDADE DE CIÊNCIA SOCIAS DE SINOP (FACISAS)

ANA PAULA FERREIRA DOS SANTOS

TOXICOCINÉTICA

SINOP – MT

2014

Ana Paula Ferreira Dos Santos

TOXICOCINÉTICA

Trabalho apresentado à Disciplina de Toxicologia do Curso de Farmácia Generalista 6º semestre noturno, da Faculdade Unic Cuiabá unidade de Sinop-Aeroporto.

                                                            Docente: Fabrício Costa

Sinop-MT

2014

TOXICOCINÉTICA

        Conceito:  É o estudo da relação entre a quantidade de um agente tóxico que atua sobre o organismo e a concentração dele no plasma, relacionando os processos de absorção, distribuição, metabolização e excreção do agente.

ABSORÇÃO

A absorção pode ser definida como o processo por meio do qual o agente tóxico atravessa as membranas celulares para alcançar a circulação sangüínea. É a passagem do agente tóxico do meio externo para o meio interno, atravessando membranas biológicas. O meio externo na absorção pode ser o estômago, os alvéolos, o intestino, ou seja, dentro do organismo, mas fora do sangue. Existem três tipos de absorção mais importantes para a toxicologia.

VIAS DE ABSORÇÃO

Distinguem-se como principais vias de introdução dos agentes tóxicos no organismo


* Via Tópica - A pele é composta pela epiderme, derme e hipoderme a pele é relativamente impermeável à maioria dos íons, bem como às soluções aquosas. Entretanto, é permeável a grande número de toxicantes sólidos, gases e líquidos lipossolúveis. Algumas substâncias atuam diretamente na pele, originando corrosão, sensibilização e mutação gênica. Ácidos, bases e agentes oxidantes são exemplos de substâncias que comumente causam efeitos locais. A ação do toxicante pode ser local ou atingir os tecidos mais profundos, promovendo efeitos sistêmicos.


* Via Inalatória - Importante via de acesso de substâncias tóxicas. Partículas de 1µm: podem chegar até os alvéolos e ganharem o sangue. São removidas por macrófagos, linfa e muco pulmonar. Partículas de 2 a 5µm: instalam-se na região traqueobronquiolar. Partículas maiores que 5µm: tendem a serem retidas na região nasofaríngea e são removidas por processos mecânicos de limpeza do nariz. Ocorrem inflamação e irritação das vias aéreas superiores.


* Via oral, digestiva ou trato instetinal (TGI) - Uma vez no TGI, um agente tóxico poderá sofrer absorção desde a boca até o reto, geralmente pelo processo de difusão passiva. Poucas substâncias sofrem a absorção na mucosa oral, porque o tempo de contato é pequeno nesse local. A ingestão pode ser acidental com água contaminada, no ato suicida ou na ingestão de drogas por indivíduos dependentes.


Características do agente tóxico, fatores que interferem na absorção


* Lipossolubilidade: Devido à constituição lipoprotéica das membranas biológicas, as substâncias químicas lipossolúveis, ou seja, apolares, terão capacidade de transpo-la facilmente, pelo processo de difusão passiva.

* Hidrossolubilidade: não transporão estas membranas, a não ser que tenham pequeno tamanho molecular e possam ser filtradas, através dos poros aquosos.

 
* Coeficiente de partição óleo/água: É o parâmetro que permite avaliar o grau de lipossolubilidade das substâncias químicas. Este coeficiente é obtido ao se agitar um agente químico em uma mistura de solvente orgânico e água (em condições de pH e temperatura controladas). As substâncias polares, hidrossolúveis, se concentram na fase aquosa e as apolares, lipossolúveis, na fase orgânica. Quanto maior for à concentração da substância na fase orgânica, maior será a sua lipossolubilidade.

 
* Grau de ionização ou de dissociação: Os agentes tóxicos são, em sua maioria, ácidos fracos ou bases fracas que possuem um ou mais grupos funcionais capazes de se ionizarem. A extensão desta ionização dependerá do pH do meio em que a substância está presente e do seu próprio pKa. É importante relembrar que a forma ionizada é polar, hidrossolúvel e com pouca ou nenhuma capacidade de transpor membranas por difusão passiva. O grau de ionização das substâncias, em diferentes pH, poderá ser obtido através da aplicação da fórmula de Henderson-Hasselbach, para ácidos fracos e bases fracas.  

DISTRIBUIÇÃO


Entende-se por distribuição de um agente tóxico, sua localização e concentração em diferentes tecidos do organismo. Portanto, a distribuição não é a ação de transportar o toxicante. Por exemplo, quando se diz que uma substância se distribui nos órgãos A, B e C, não se quer dizer como ela se deslocou da superfície de contato até esses órgãos, mas sim que essa substância aparece nesses órgãos com uma concentração a, b e c, respectivamente. Após a entrada do agente tóxico na corrente sangüínea, através da absorção ou por administração direta, ele estará disponível para ser transportado pelo organismo com diferentes destinos:

 
* sítio de ação.


* um ou vários sítios de armazenamento – locais onde o composto pode ser armazenado e que, para a maioria dos agentes tóxicos, não corresponde ao seu sítio de ação.


*diversos órgãos para sua biotransformação. 



Fatores que afetam a distribuição 


Normalmente a distribuição ocorre rapidamente e a velocidade e extensão desta, dependerá do fluxo sangüíneo, da velocidade de difusão nas interfaces sangue-tecido a qual é dependente do coeficiente de partição e do grau de ionização, da permeabilidade da membrana e da afinidade do tecido pelo composto. Esses fatores são agrupados em duas categorias:

 
* Fatores ligados a substância 


* lipossolubilidade e grau de ionização (já discutidos)

 
* afinidade química do agente – durante a distribuição, o agente alcançará o seu sítio alvo, que é o órgão ou tecido onde exercerá sua ação tóxica, mas, poderá, também, se ligar a outros constituintes do organismo, concentrando-se em algumas partes do corpo. Em alguns casos, estes locais de maior concentração são também os sítios de ação e disto resulta efeitos altamente prejudiciais. É o caso do monóxido de carbono para o qual o sangue representa, tanto o local de concentração quanto o de ação tóxica. Felizmente para o homem, a maioria dos toxicantes atingem seus maiores níveis em locais diferentes do sítio alvo (exemplo: Pb é armazenado nos ossos e atua nos tecidos moles). Este acúmulo do agente tóxico em outros locais que não o de ação, funciona como uma proteção ao organismo, uma vez que previne uma elevada concentração no sítio alvo. Os agentes tóxicos nos locais de concentração estão em equilíbrio com sua forma livre no sangue e, quando a concentração sangüínea diminui, o agente que está concentrado em outro tecido é liberado para a circulação e daí pode atingir o sítio de ação. 

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