O Caso Clinico

1) Esse processo patológico que ocorreu é denominado de congestão hepática

crônica.

2) A predisposição existente é causada por a vítima ter uma valvulopatia (falhas

na válvula tricúspide do coração), isso consequentemente acarreta outras

patologias. O fato de existir essa valvulopatia, faz com que o coração precise

trabalhar mais, com isso, ao decorrer da idade pode ocorrer uma

predisposição à falhas, pois o músculo cardíaco trabalha mais do que o

normal e fica hipertrófico. Com essa falha na válvula, o fluxo sanguíneo do

átrio direito para o ventrículo direito diminui, acarretando um aumento da

pressão sanguínea.

3) Tendo em vista que a congestão hepática afeta pessoas que possuem

problemas cardíacos, o processo patológico é uma “bola de neve”, ou seja,

uma coisa vai desencadeando a outra. No começo, a pressão aumenta e o

fluxo sanguíneo diminui, consequentemente, o fluxo sanguíneo venoso

diminui por todo o sistema circulatório. Quando o sangue chega no fígado, é

perceptível uma dilatação dos capilares e das veias do lóbulo hepático, isso

pode ocorrer em todos os lóbulos, deixando o aspecto de noz moscada e

podendo ocorrer morte tecidual.

4) A hepatopatia congestiva é a congestão venosa difusa do fígado que pode

resultar de insuficiência cardíaca direita. A insuficiência cardíaca direita

causada pela valvulopatia, aumenta a pressão venosa central, que é

transmitida ao fígado pela veia cava inferior e veias hepáticas. A congestão

crônica provoca atrofia de hepatócitos, distensão sinusoidal e fibrose

centrolobular, que pode produzir cirrose cardíaca. A base para a morte celular

hepática é provavelmente a trombose sinusoidal que se propaga para as

veias centrais e ramos da veia porta, causando isquemia. O fígado tem seu

tamanho e peso aumentados, podendo causar dores na região abdominal.

Com o caso avançado, o átrio se dilata e o ventrículo atrofia, com isso,

inicia-se um processo de perda de função da musculatura direita do coração,

acabando em insuficiência cardíaca congestiva na parte direita do músculo

cardíaco. Pela falta do fluxo de sangue na pequena circulação, o paciente

pode chegar a óbito rapidamente.

5) As alterações morfológicas do caso de ICC direita