Os Princípios da Bioetica
Por: Adriano Anjos • 26/5/2022 • Trabalho acadêmico • 614 Palavras (3 Páginas) • 122 Visualizações
Muito se discutia durante o processo de evolução da ciência e tecnologia sobre até onde a mesma ia levar o ser humano, onde a biologia e a ética ainda não andavam de mãos dadas por ainda existir algumas divergências entre esses 2 mundos, que é onde se é criado o conceito de “bioética”.
O conceito original de bioética tem como finalidade a unificação dos termos “bio” (vida) e ética (valores humanos), sendo mais especificamente os valores morais, o que traz à tona alguns nomes importantes para o surgimento e estudo aprofundado dessa área, sendo eles Van Rensselaer Potter II e Fritz Jahr, que em dois momentos distintos foram os primeiros a utilizar o termo. Mesmo ambos terem abordado a mesma visão sobre os fundamentos da bioética, eles convergiam em seus próprios ideais e visões, Potter denominou como a “ciência da sobrevivência humana”, criando uma ponte entre a ciência biológica e a ética. Sua ideia se apoiou em pensar que a sobrevivência da humanidade dependia do desenvolvimento e manutenção de um sistema ético. O objetivo de Potter era criar uma disciplina que promovessem a interação entre o ser humano e o meio ambiente. Em 1988, Potter amplia a sua visão de bioética não apenas como ponte entre o ser humano e o meio ambiente, mas agora como uma filosofia, com dimensões de éticas globais, ou seja, ele queria que esse conceito não fosse só delimitado a aqueles que estão envoltos no meio de pesquisa e saúde, e sim para que todas as pessoas entendam da importância de se tratar a humanidade com respeito, competência e responsabilidade, ele acreditava que em um futuro próximo, se as coisas piorarem, não podíamos estar confortáveis em acreditar que a ciência iria obter todas as respostas, logo, ele defendia a ideia de que devia se promover um diálogo entre a ciência e a religião em prol da sobrevivência humana, onde ele acreditava que além de teólogos mas também filósofos da época haviam falhado em nunca terem pensando na sobrevivência humana e da biosfera como uma questão ética.
Após tudo isso, foi descoberto que em 1927 um bioquímico norte – americano já havia utilizado o termo “Bioética”, seu nome era Paul Max Fritz Jahr. Ele acreditava que a bioética deveria orientar a vida pessoal, profissional, cultural, social e política, além de dos já formados preceitos de desenvolvimento e ampliação da ciência e da tecnologia. Jahr a firmava que a bioética ficou muito engessada e reduzida ao âmbito das questões éticas médicas, relação médico-paciente, direitos do paciente etc., e assim surgiu a ideia da “Bioética integrativa”, para que pudesse ser levado em consideração as diferentes perspectivas culturais, cientificas, filosóficas e éticas, uma visão mais pluralista do todo, integrando essas perspectivas como pertinentes em termos de conhecimento. Jahr propôs o “imperativo ético”, que ampliava parar todas as formas de vida o imperativo moral de Kant: age de tal modo que consideres a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa dos outros, sempre como fim e não apenas como simples meio. Isso pode ser entendido como “Respeite todos os seres vivos””, a visão de Jahr sobre bioética é muito mais completo por esses aspectos, incluindo todas as formas de vida.
Conclui-se que ambos Potter e Jahr já tinham consciência de que a evolução da ciência e da tecnologia estava acarretando problemas para a humanidade e interviram de maneira filosófica e criando um sistema único onde o indivíduo também é um ser vivo e que deve ser respeitado, levando em consideração seus direitos. Até onde a bioética vai? Hoje em dia se entende a importância da bioética para evitar problemas futuros, tanto científicos quanto éticos.
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