A HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: CONCEITOS, DIAGNÓSTICO E CONDUTAS. REVISÃO DE LITERATURA
Por: erlan_cavalcante • 15/7/2022 • Monografia • 3.475 Palavras (14 Páginas) • 171 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ [pic 1]
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: CONCEITOS, DIAGNÓSTICO E CONDUTAS. REVISÃO DE LITERATURA
TERESINA - PI
2022
ANA CARLA SOUSA MENEZES – 1070705
CAMILA VILARINHO DA ROCHA SILVA – 1070706
ERLAN CLAYTON XAVIER CAVALCANTE – 1067085
JOANA CLARA OLIVEIRA MACEDO LIMA – 1070702
JOHANNA LISS DE SOUSA AGUIAR DÜPONT SCHUCK – 1070706
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: CONCEITOS, DIAGNÓSTICO E CONDUTAS. REVISÃO DE LITERATURA
Monografia com objetivo avaliativo
na disciplina de Neurologia e
Neurocirurgia da Universidade
Estadual do Piauí.
Orientador Prof. Dr. Nazareno Pearce
TERESINA – PI
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------- 6 1.1 JUSTIFICATIVA -------------------------------------------------------- 4 1.2 OBJETIVOS ------------------------------------------------------------ 4
1.2.1 OBJETIVO GERAL ------------------------------------------------- 4 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS -------------------------------------- 4 2. DESENVOLVIMENTO ------------------------------------------------- 6
2.1 FISIOPATOLOGIA E ANATOMIA PATOLÓGICA ----------------- 6 2.2 DISGNÓSTICO -------------------------------------------------------- 7 2.3 CONDUTA ------------------------------------------------------------- 9 3. CONCLUSÃO ---------------------------------------------------------12 4. REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------- 14
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1. INTRODUÇÃO
Uma das complicações mais frequentes quando se fala de trauma, em especial o traumatismo cranioencefálico (TCE), é a Hipertensão Intracraniana (HIC), que pode comprometer a pressão de perfusão e o fluxo encefálicos, cursar com herniações, levando à isquemia focal e compressão do tronco cerebral. Logo, tanto pela epidemiologia quanto pelo próprio perfil patológico, é uma condição extremamente preocupante para os profissionais de saúde, principalmente aqueles que trabalham nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) (BALESTRERI et al, 2006).
Percebe-se, por exemplo, que quando a HIC é resultante de eventos da fase aguda do trauma, ou seja, por consequência direta dele, apresenta algumas causas principais, como edema e ingurgitamento (o chamado “swelling”), hematomas, contusões e, com menor frequência, hidrocefalia obstrutiva (GUERRA e FERREIRA, 2020). Observa-se, ainda, que as alterações no volume intracraniano e, consequentemente, aumento da pressão intracraniana (PIC) são resultados de fenômenos complexos ligados a diferentes fatores: intensidade de energia transferida no momento do trauma, a presença ou ausência de hipóxia e, provavelmente, fatores intrínsecos ao próprio organismo do paciente, ainda não completamente esclarecidos (KOCHANEK et al, 2019).
É possível, e recomendado, avaliar o aumento da PIC nos pacientes que sofreram injúrias neurológicas, tendo em vista a detecção e intervenção caso necessário. Contudo, antes mesmo do uso de instrumentos de monitorização, é possível notar alguns sinais clínicos que podem indicar tal quadra, tais como dor de cabeça, náuseas e vômitos, alteração do estado mental com sinais físicos de hipertensão, bradicardia e bradipnéia ou irregularidade respiratória (tríade de cushing) (BRAIN TRAUMA, 2016).
A literatura mostra, ainda, que, mesmo reconhecendo os sinais clínicos, monitorizar e intervir na condição do paciente é fundamental, apesar de não haver um consenso em relação à melhora no desfecho daqueles indivíduos que tiveram seu tratamento guiado pela monitoração da PIC, em relação àqueles que não tiveram, muito por conta de complicações associadas, como infecções, sangramentos, erros de medida e mau funcionamento, sendo a frequência variável dependendo do dispositivo utilizado (SHEN et al, 2016).
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Portanto, diante da gravidade e da prevalência não desprezível de casos de HIC, seja decorrente diretamente por trauma ou por disfunções sistêmicas, e vista a sua correlação com as taxas de morbimortalidade, justifica-se que a busca de uma melhor compreensão da fisiopatologia, o conhecimento acerca das principais manifestações clínicas, o monitoramento e o diagnóstico precisos dessa condição são estratégias essenciais para a maior adequação do tratamento e,
consequentemente, modificar o impacto que essa afecção produz no desfecho dos pacientes (GIUGNO et al, 2003).
1.1 Justificativa
Com a gravidade de prevalência alta da Hipertensão Intracraniana, principalmente quando se fala no contexto de Traumatismo Cranioencefálico, no nosso meio, faz-se necessário conhecer as principais condutas e manejos dos pacientes nessa condição, tendo em vista propiciar uma assistência de qualidade e, assim, reduzir a morbimortalidade desses indivíduos. Nesse sentido, o presente trabalho julga importante analisar as referências sobre o tema e as recomendações mais atuais sobre HIC, com o intuito de contribuir na atualização tanto de acadêmicos quanto dos profissionais da saúde na condução desses pacientes.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1. Objetivo geral
Revisar e sintetizar as principais definições, atualizações clínicas, recomendações e condutas acerca da Hipertensão Intracraniana.
1.2.2. Objetivos específicos
∙ Elencar as principais causas de Hipertensão Intracraniana;
∙ Abordar a essência da fisiopatologia desta condição;
∙ Classificar as diversas formas clínicas de apresentação da doença;
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∙ Definir os pontos principais para diagnóstico e tratamento da Hipertensão Intracraniana;
∙ Mostrar as principais complicações decorrentes da patologia; ∙ Afirmar a importância do diagnóstico e tratamento mais precoce possível, a fim de evitar mau prognóstico para os pacientes;
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Fisiopatologia e Anatomia Patológica
O crânio é uma caixa inelástica que contém encéfalo, sangue e líquidocefalorraquidiano (LCR). A Pressão Intracraniana (PIC) é a pressão exercida peloconteúdo intracraniano em sua superfície (COLLI, 1990). Devido à natureza inelástica da caixa craniana, a manutenção da PIC ocorre pelo equilíbrio entre os três componentes intracranianos. Em situações de desequilíbrio de algum destes componentes, a elevação da PIC pode ocasionar alterações na hemodinâmica encefálica e sintomatologia compressiva a depender do caso (PAIVA et al., 2009).
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