DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO ENCÉFALO SUPERIOR E DO ENCÉFALO MÉDIO
Por: Yuri Almeida • 2/11/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 710 Palavras (3 Páginas) • 223 Visualizações
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO ENCÉFALO SUPERIOR E DO ENCÉFALO MÉDIO
Telencéfalo
Após o surgimento das vesículas telencefálicas, estrutura embrionária que dá início a formação dos hemisférios cerebrais, cujas cavidades formam os ventrículos laterais, vai sendo formado a parte frontal e a parte temporal do telencéfalo, e, logo em seguida, a parte occipital.
O desenvolvimento dos hemisférios não é na mesma proporção, fazendo com que se forme uma região entre os pólos frontal e temporal, constituindo a ínsula. Os hemisférios continuam seu crescimento, cobrindo, gradualmente, o diencéfalo e o mesencéfalo, e posteriormente uma parte do cerebelo, enquanto os pólos frontal e temporal vão se unindo até cobrir a ínsula, fazendo com que, após o nascimento da criança, somente uma fossa lateral indique sua presença.
Ao se encontrarem na linha média – antes do nascimento -, as superfícies mediais dos hemisférios são achatadas. Dessa forma, ainda no feto, ocorre a diferenciação das principais partes do encéfalo e um intenso aumento deste. Ainda nesse contexto, as comissuras são as estruturas responsáveis por conectar as áreas correspondentes dos hemisférios cerebrais. Essas principais áreas são: lâmina terminal, comissura anterior – responsável por unir os lobos temporais direito e esquerdo -, comissura do hipocampo e o corpo caloso.
A partir da oitava semana, as vias aferentes e eferentes são formadas sobre a área insular, dando início as sinapses no diencéfalo por meio dos núcleos da base, dando origem a uma camada fibrosa que separa o núcleo caudado do tálamo e o putamen do pálido. Esses núcleos da base são estruturas formadas por corpos de neurônios situadas em áreas corticais – logo abaixo do córtex – e que participam do controle e do planejamento dos movimentos, mas não na execução destes. Estão envolvidos principalmente em comportamentos motores e cognitivos, não conectando-se diretamente e com a medula.
Na parte inicial do desenvolvimento do telencéfalo, a superfície dos hemisférios cerebrais é bastante lisa, porém, durante o crescimento, ocorre o crescimento dos sulcos e dos giros, o que provoca o aumento da superfície do córtex sem precisar de um aumento do crânio. Além disso, após o nascimento, dificilmente observa-se o surgimento de novas células neurais, porém as células que já existem vão desenvolvendo mais prolongamentos, estabelecendo sinapses com outras células, dando prosseguimento ao início de suas principais funções.
Diencéfalo
Após o fechamento do neuroporo rostral – estrutura presente na cavidade do tubo neural e que substitui o líquido amniótico presente -, aparecem duas evaginações laterais de cada lado do encéfalo anterior, que são as vesículas ópticas, estrutura que dará origem aos nervos ópticos e a retina. Essas estruturas são as que nos permitem identificar o diencéfalo. Este é composto pelo epitálamo, pelo tálamo e pelo hipotálamo. Estes se fundem na linha mediana que passa pelo terceiro ventrículo, a adesão intertalâmica. Já a hipófise se origina de duas formas. A primeira acontece por meio do divertículo hipofisário, pela evaginação do teto ectodérmico, originando também a adenoipófise ou lobo anterior. A segunda é por meio do divertículo neuroipofisário, através da invaginação do neuroectoderma do diencéfalo, originando a neuroipófise ou lobo posterior.
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