MICROBIOLOGIA
Por: analuisadantas • 11/9/2015 • Trabalho acadêmico • 5.216 Palavras (21 Páginas) • 299 Visualizações
Microbiologia - Aula 2
Crescimento e identificação bacteriana
Para a gente entender o processo de saúde e doença, tem-se que entender o comportamento dos micro-organismos, como eles crescem, temperaturas ótimas, como podemos classifica-los. Muitas vezes, a gente ver uma bactéria que cresce na temperatura do corpo, e outra não cresce, a gente vai ver que tem as psicrófilas, as termófilas, tem as atermófilas.
Então todos esses fatores de crescimento, os ambientes essenciais para o crescimento, tudo isso precisa influenciar o processo de infecção para começar a falar de crescimento, precisa-se entender 2 conceitos.
-Concentração celular;
-Crescimento da biomassa.
A gente pode falar que uma cultura de micro- organismos ela cresce, se fala de células viáveis ou se eu estou falando do termo peso seco da colônia. Então dependendo do seu proposito vai ter que considerar o peso seco ou realmente contagem das células viáveis.
Concentração celular - São todas as células bacterianas em um meio de cultura ou em um tecido, que estão viáveis. O que é uma célula viável? É uma célula viva, que está se reproduzindo. Ou seja, ela tem um metabolismo, produz uma toxina e está se reproduzindo.
Muitas vezes, a gente tem um peso seco, uma concentração de células muito grande, mas nem todas elas estão viáveis, pois tem algumas que já morreram.
O que importa na contagem então, é quando elas estão realmente vivas. Muitas vezes, no processo de infecção, o que vale realmente é a concentração de células vivas, pode-se ter massa celular morta, porém, as células vivas são aquelas que está produzindo toxinas, por exemplo.
Biomassa - É o peso seco, são células viáveis e células não viáveis.
É como você colocar um pouquinho de bactérias num meio de cultura e deixa na estufa por uma semana, aquelas bactérias vão crescer e começar a acumular no meio, depois de um tempo algumas bactérias já morrem, enquanto outras estão se reproduzindo. A quantidade, o volume da colônia vai aumentar, constituído por bactérias vivas e não vivas. Isso é biomassa.
Então, dentro da biomassa a gente vai ter uma concentração celular.
Outros 2 conceitos:
-Tempo de geração ou tempo de duplicação - É um conceito que tem tudo a ver com um caldo de uma concentração celular.
É o tempo médio necessário para que as colônias se dupliquem, ou seja, é o tempo que uma bactéria leva para que se dupliquem, é o tempo que uma bactéria leva parasse dividir. Então de 1 vira 2. Cada bactéria vai ter um tempo de geração diferente, a E. coli tem um tempo de geração de 20 minutos, a Mycobacteriun tuberculosis tem um tempo de geração de 8 horas. Então cada bactéria tem sua especificidade e um tempo de multiplicação diferente. Isso vai influenciar muitas vezes na manifestação clínica de uma doença. Então uma enterobactéria que se reproduz de minutos em minutos, por exemplo uma Salmonella, ela vai causar um sintoma muito mais rápido, então, por exemplo, se você come um alimento estragado, tipo maionese estragada, você vai começar a passar mal, horas depois. É uma salmonelose. Então dentro do seu organismo a bactéria já conseguiu se multiplicar milhares e milhares de vezes, pois ela tem um tempo de geração curto.
Em compensação uma infecção fúngica por exemplo, que as vezes demora meses para se manifestar, ou então até mesmo uma infeção por Mycobacteriun demora semanas, as vezes, para você ter os primeiros sintomas, porque o tempo de duplicação é maior, demora horas dias.
Então, quando conhece-se o tempo de geração pode-se medir a concentração celular (células viáveis), e pode ser vista de várias formas, existem equipamentos que contam quantas células existem em uma determinada solução, no sangue, por exemplo, uma pessoa que está com quadro de septicemia. Você precisa saber quais são as bactérias e em que concentração elas estão ou então no meio de cultura, em que você precisa saber a concentração.
No laboratório fazemos essa contagem por um método padrão. Através de contagem visual da contagem de células padrão.
Então vamos supor que a gente fez uma coleta, em que o paciente está com uma infecção generalizada, e queremos saber quantas bactérias existem circulando no sangue desse paciente.
Vamos supor que esse frasco aqui é nossa amostra de interesse. Eu tenho uma concentração conhecida, 10 9 UFC por ml (unidade formadora de colônias por ml). Essas UFCs vão ser colocadas em uma placa de PETRI. Então vê-se o crescimento dessas UFCs, pontinhos esbranquiçados, cada ponto desse vai ser uma UFC, então a gente consegue estimar quantas bactérias existem através das UFC em um ml da solução.
Para fazer uma diluição, faz-se a mesma diluição seriada. Em série:
-Existe uma amostra em que eu não faço ideia de quantas bactérias teme eu não tenho um equipamento especifico, eu vou diluir esse concentrado até eu conseguir contar na minha placa quantas UFC tem.
Para fazer isso, usamos essa diluição seriada porque ela consiste em:
-Pegar 1 ml dos parasitas ou da minha solução concentração e diluir em 10 vezes. É um exemplo de diluição. Eu posso começar diluindo em 100x, 2x. Aqui eu escolhi diluir 10x. Ou seja, 1 ml de concentrado 9ml de agua.
Coloco na placa que possui um nutriente é amarelo e as minhas colônias são vermelhas. Eu tive um crescimento tão denso que ele cobriu minha placa toda de bactérias que eu não consegui contar. Então eu vou diluir de novo, pois eu não consigo contar.
Essa minha placa de divisão seriada.
Então eu já diluí esse meio em 10x, depois eu diluí esse de 10x em mais 10x.
Obs.- Não é um padrão pode diluir de 10x pra 100x. Você pode começar diluindo para100x, porque senão você vai ficar diluindo direto.
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