Resenha Documentário Sicko
Por: Ana Fonseca • 3/6/2022 • Resenha • 862 Palavras (4 Páginas) • 451 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CAMPUS GOVERNADOR VALADARES
FACULDADE DE MEDICINA
GRADUAÇÃO EM MEDICINA
ANA CLARA OLIVEIRA FONSECA
RESENHA DESCRITIVA SOBRE O FILME SICKO
Governador Valadares
2021
ANA CLARA OLIVEIRA FONSECA
RESENHA DESCRITIVA SOBRE O FILME SICKO
Resenha descritiva apresentada à
Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Juiz de Fora – Campus Governador
Valadares, como requisito da disciplina
de Sistemas de Saúde.
Professor(a): Dra. Simone de Pinho Barbosa
Governador Valadares
2021
SUMÁRIO
1 RESENHA DESCRITIVA DO FILME SICKO 3
2 REFERÊNCIAS 5
1 RESENHA DESCRITIVA DO FILME SICKO
O filme SICKO, dirigido pelo conhecido cineasta Michael Moore, discorre sobre o sistema de saúde dos Estados Unidos da América e faz comparações com os sistemas de saúde do Canadá, da Inglaterra, da França e de Cuba. A produção apresenta, através casos de pacientes de todos os países visitados, as consequências de tratar a saúde como mercadoria e a da privatização dos serviços.
Mais de 50 milhões de norte-americanos não tem plano de saúde e mais de 18 mil morrem por ano em decorrência disso. A narrativa apresenta cidadãos americanos que sofreram complicações por não terem seguro de saúde, ou por não terem sido contemplados pelos serviços pagos a iniciativa privada. Alguns se auto medicam e se tratam em casa - como o entrevistado Adam –, outros chegam a perder tudo, inclusive a casa – como o casal Smith que teve que se desfazer de todos os seus bens para arcar com os custos de 3 infartos de Larry e um câncer de Dona -, e outros tem que trabalhar, literalmente, até o fim de suas vidas para custear os remédios e tratamentos requeridos – como Frank Cardile que ainda trabalha aos 79 anos.
Há também os cidadãos que ainda que assegurados sofrem as consequências da comercialização da saúde. Lauren Bernan sofreu um acidente automobilístico e a sua seguradora se recusou a arcar com os custos da ambulância que a socorreu, alegando que deveria ter sido avisada a priori. A filha de 18 meses de idade de uma das entrevistadas veio a óbito pois o plano de saúde não aceitou que ela fosse tratada no hospital em que se encontrava, assim, os médicos presentes omitiram socorro e quando a transferência aconteceu a criança faleceu. Também existem casos em que a seguradora procura pequenas brechas nos contratos para se esquivar de pagar os tratamentos de seus clientes.
O documentário mostra que esse sistema, chamado de estratégia nacional de saúde, foi implantado no governo de Nixon, em 1971, com a prerrogativa de que os Estados Unidos teriam a melhor assistência médica no mundo. Nos anos seguintes as seguradoras recebiam cada vez mais lucro enquanto os pacientes recebiam cada vez menos cuidado. Algumas décadas depois, a primeira dama Hillary Clinton, durante o governo de seu marido, propôs uma nova modalidade de sistema de saúde que era muito próximo ao conceito de saúde universal. O projeto de Clinton foi abafado tanto
pela pressão da indústria de seguros sobre os parlamentares quanto pela propaganda de que a “socialização da medicina” traria mais desvantagens do que vantagens e que também representaria o “perigo vermelho”. Nos anos seguintes à vitória das seguradoras, elas continuaram injetando dinheiro nos governantes, incluindo Clinton, para que a hipótese de alterar o sistema de saúde não viesse mais à tona.
Nas próximas cenas, o produtor guia o público para conhecer os sistemas de saúde dos outros países, sempre procurando imigrantes americanos para ter acesso as duas perspectivas. É necessário ressaltar que os sistemas de saúde universal e gratuita são demonizados nos Estados Unidos e vistos como ineficientes pelos americanos.
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