A Psicologia da Fome
Por: Wonder Allex Mr-Samora • 13/12/2017 • Trabalho acadêmico • 3.174 Palavras (13 Páginas) • 418 Visualizações
FOME EM PSICOLOGIA
Fisiologia da fome
Fome do latim faminem, é o nome que se dá a sensação fisiológica pelo qual o corpo percebe que necessita de alimento para manter as suas actividades a inerente a vida.
Na falta de alimento qualquer ser vivo leva as suas capacidades aos extremos para tentar conseguir alimentar-se.
O apetite é desejo por alimento, frequentemente, de tipo particular, sendo útil em ajudar a escolher a qualidade a ser ingerida.
Se a busca por alimento for bem-sucedida, sobrevêm sentimento de saciedade.
Cada um desses sentimentos é influenciado por factores ambientais e culturais, bem como por controlos fisiológicos que influenciam centros específicos do cérebro, especialmente, o hipotálamo.
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Os núcleos laterais do hipotálamo funcionam como o centro da fome, e a estimulação dessa área faz com que o animal coma vorazmente (hiperfagia).
Os núcleos ventromediais do hipotálamo funcionam como o centro da saciedade, e a estimulação dessa região pode provocar saciedade completa e, mesmo na presença de comida muito apetitosa, o animal se recusa a comer (afagia).
O hipotálamo recebe sinais neurais do trato gastrointestinal que fornecem informação sensorial sobre o enchimento gástrico, sinais químicos dos nutrientes no sangue (glicose, aminoácidos, ácidos graxos), que significam saciedade, sinais dos hormônios gastrointestinais, sinais dos hormônios liberados pelo tecido adiposo e sinais do córtex cerebral (visão, olfacto e paladar) que influenciam o comportamento alimentar.
Diminuem a Ingestão de Alimentos (Anorexígenos) | Aumentam a Ingestão de Alimentos (Orexígenos) |
- Leptina - Norepinefrina - Serotonina - Insulina - Colecistocinina (CCK) - Peptídeo YY (PYY) | - Neuropeptideos Y (NPY) - Proteína relacionada à agouti (AGRP) - Orexinas A e B - Endorfinas - Galanina (GAL) - Aminoácidos (glutamato e ácido y-aminobutírico) - Grelina |
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Para o ser humano a comida adquire, durante o fenómeno de socialização, um significado para além do fisiológico, verificando-se que o desejo de comer surge mesmo na ausência de necessidades energéticas e nutricionais.
E neste sentido que surge o conceito de fome emocional, para expressar a vontade de comer em função do estado emocional da pessoa e não das suas necessidade fisiológicas.
Fome fisiológica é gradual e paciente, receptiva a vários alimentos e acaba quando o organismo esta saciado;
Enquanto a fome emocional é súbita e urgente e, exige um alimento específico e não acaba. Por outras palavras, usa-se os alimentos para compensar tristeza, decepções, perda, inquietações e ansiedade.) “Reflexo aprendido (condicionamento Pavloviano) ”
O açúcar, a gordura e o sal ajuda a melhorar o humor e, ate a combater a depressão.
Num estudo realizado por Hoebel (2009), verificou-se que ratos alimentados com 25% em açúcar ficavam ansiosos quando o açúcar era removido da alimentação (apresentando sintomas idênticos das pessoas com síndrome de abstinência).
Consequência da fome emocional
Fome emotiva afecta o comportamento alimentar induzindo a ingestão compulsiva de alimento:
- Obesidade e outras Comorbidades.
Transtorno da compulsão alimentar
Também conhecido como "comer compulsivo", o transtorno da compulsão alimentar é caracterizado por episódios recorrentes de compulsão alimentar, na ausência de comportamentos compensatórios para promover a perda ou evitar o ganho de peso comuns na Anorexia Nervosa e na Bulimia Nervosa.
O comportamento de comer compulsivamente foi descrito pela primeira vez na década de 1950, por Stunkard e Allison, em indivíduos obesos em tratamento para perda de peso.
Para entender o Transtorno da compulsão alimentar, é necessário definir episódios de compulsão alimentar (ECA), que são caracterizados pela ingestão de quantidade de alimentos definitivamente maior que a maioria das pessoas consumiria no mesmo período de tempo em circunstâncias similares.
Além disso, seu portador refere a sensação de perda de controlo durante o episódio, como um sentimento de que não é possível parar de comer ou controlar o que ou o quanto se está comendo.
O comportamento alimentar:
- Comer muito mais rápido do que o habitual,
- Comer até se sentir fisicamente desconfortável ("cheio"),
- Ingerir grandes quantidades de alimentos quando não se está fisicamente faminto
- Preferir comer sozinho por conta do constrangimento pela quantidade de alimentos que ingere.
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Continuação - Transtorno da compulsão alimentar
Sintomas afectivos:
- Sentimentos de tristeza,
- Vergonha e culpa,
- Angústia acentuada.
Epidemiologia
O transtorno de compulsão alimentar é o transtorno alimentar mais comum em obesos.
Ele aparece em aproximadamente 25% dos pacientes que procuram atenção médica para obesidade e em 50 a 75% daqueles com obesidade grave (índice de massa corporal [IMC] acima de 40).
Tratamento
TTC é o tratamento psicológico mais efectivo para o transtorno de compulsão alimentar. Ela demonstrou levar a reduções na compulsão alimentar e nos problemas associados (p. ex., depressão);
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