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A RESENHA CRÍTICA

Por:   •  19/3/2019  •  Ensaio  •  2.042 Palavras (9 Páginas)  •  238 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

 Em 1920, um bacteriologista chamado Alexander Fleming fez uma descoberta muito estranha em seu laboratório, no Hospital de Saint Mary, em Londres. Depois de aplicar as suas próprias lágrimas, a uma cultura de germes, reparou que surgiram grandes entalhes na colônia de bactérias. Chamou este fenômeno de lise e passou a desenvolver lisozimas a partir de lágrimas e muco nasal. Mas este primeiro antibiótico era ineficaz em bactérias realmente patogénicas, pelo que o processo foi abandonado. Entretanto, oito anos depois, em julho de 1928, deixou algumas placas de Petri com culturas de Estafilococos no laboratório. Creceram nelas um estranho bolor. Percebeu que os fungos impedirá que as bactérias se alastrassem.Fleming reconheceu o fenômeno da lise que observava oito anos antes. O bolor que ele acabava de descobrir era capaz de matar bactérias. Descobriu o que seria apelidado de "bala mágica", o tratamento milagroso por quem os médicos do mundo inteiro esperavam. A penicilina revelou as suas propriedades revolucionárias. Uma delas era o fato de não ser perigosa para os animais, foi comprovado quando aplicou a penicilina em um rato no laboratório. Pouco depois, Fleming pode realizar os primeiros testes em humanos. Seu assistente Craddock, sofria de constipações e conjuntivites contínuas.Tornou-se a primeira pessoa a se beneficiar da Penicilina. Não se sabe se Craddock ficou ou não curado com o tratamento, mas não sofreu com outros efeitos.

Os Penicilium que Fleming descobriu é um microrganismo do solo. E ele não conseguiu mostrar que poderia ser injetado de forma eficaz, pelo fato de não ser um químico, e seu produto era muito instável.

Por volta de 1932 e 1933, Fleming desistiu de todas as pesquisas relativas á penicilina. Sabendo que o projeto necessitava de um químico, juntamente com um empresário para que desse andamento às coisas. Já em 1939, Florey começou a esquadrilhar artigos sobre substâncias relacionadas com antibióticos.Quando viu um artigo publicado de Fleming, percebeu que poderia ter algum valor. Foi quando contratou Ernst Chain, que se juntou à equipe de Florey. Foi Chain que começou por purificar a penicilina. Depois, testou esta subtãncia purificada em ratos. Conseguiu fazer alguns contatos e formou uma equipe conhecida como o grupo de Oxford. Depois, bateu em todas as portas, e anunciou que arranjaria uma substância altamentente ativa chamada penicilina, originalmente descoberta por Fleming, em que valia a pena investir. Porém, o governo e os industriais ingleses recusaram. Em 1940, procurou os americanos, que se revelou proveitoso, já que a fundação Rockefeller lhe deu apoio financeiro com cerca de cinco mil libras, uma alta quantia.Isto permitiu-lhe iniciar a investigação. Depois, conseguiu convencer várias empresas americanas a produzir penicilina a nível industrial.Florey aliou-se a um produtor industrial de cerveja. Precisava produzir penicilina em larga escala, e os cervejeiros eram úteis, porque tinham enormes cubas de fermentação para cultivar bactérias e possuíam todo o equipamento necessário para transformar todo o líquido obtido em um pó liofilizado. Ele obteve apoio institucional, e os medicos começaram a experimentar a penicilina como medicamento a partir de fevereiro e março de 1941, com resultados muito positivos.Ainda em 1941, houve o ataque a Pearl Harbor, a partir desse momento, a industria americana e o exército investiram toda a sua energia em penicilina, produzindo-a em massa. A princípio, foi distribuída aos soldados americanos, só muito mais tarde é que ficou disponível ao público em geral. Foi uma revolução impulsionada pelo ataque japonês às tropas americanas, que levou o exército e o governo americano a apoiar ativamente a penicilina. Os saldados feridos desembarcaram nas unidades médicas, os saldados gravimente feridos foram levados para um local seguro dos navios hospitais e embarcações ao largo. A penicilina salvou milhares de vidas, tinha sido a estreia do milagre da medicina. Em 1945 a penicilina chegou a frança mas, era tão cara, que quando um doente era tratado com ela, recolhiam a sua urina, e a penicilina nela era purificada e injetada em outro doente, isto aconteceu entre 1945 e 1947, quando a penicilina era um bem muito raro. Mas um fármaco miraculoso não erradicou todos os inimigos bacteriológicos do homem. Uma praga ainda continuava imune à descoberta de Fleming. Uma doença grave, a tuberculose, era muito comum na época, foi responsável por muitas mortes no início do século xx.

Antes da descoberta de antibióticos capazes de destruir o Estreptococo, a única forma de combater a doença era pela promoção da saúde e da higiene.A tuberculose assolava sobretudo os membros mais pobres da sociedade, antes e durante a segunda guerra mundial. Não havendo mediçação eficaz, os sanatórios serviam basicamente para manter os doentes afastados. A tuberculose atingiu gravemente as crianças enfraquecidas pela guerra. Isto deve-se a 6 meses de racionamento e falta de aquecimento. Foi lançado um selo anti-tuberculose, com o objetivo de prolongar a vida das crianças francesas.

A partir de 1942 a peniclina se tornou um produto, os cientistas começaram a ivestigar sistematicamente as bactérias do solo. As bactérias eram isoladas, e depois eram examinadas centenas ou milhares de microrganismos, isto ainda é feito hoje, para encontrar uma substância que produza naturalmente um antibiótico quando em contato com determinado microrganismo. Depois, o antibiótico é purificado e analisado a sua toxicidade. Observou-se que os micróbios responsáveis pela tuberculose podiam sobreviver perfeitamente bem no solo, mas que eram destruídos passados 15 dias, quando colocados em estrume. Era óbvio que o estrume ou a água dos esgotos continha microrganismos que provocavam um efeito muito forte sobre o germe da tuberculose. Então, os cientistas aprofundaram as suas pesquisas. Um microbiologista especializado em bactérias do solo, chamado Waksman, acabou por descobrir a Estreptomicina, com a ajuda de um aluno.Analisaram centenas e centenas de estirpes do fungo Streptomyces. Descobriram que uma das estirpes produzia um antibiótico em particular, que se revelaria eficaz no combate à tuberculose. Chamaram-lhe estreptomicina por causa do fungo. Ao combater a tuberculose e a meningite, a humanidade realizou a segunda revolução na medicina. As injeções de estreptomicina que resultaram desta pesquisa provaram ser uma cura muito eficaz. Os médicos ficaram tão admirados com os resultados nos primeiros doentes tratados, que pensaram que deviam ter-se enganado no diagnóstico. Achavam que não podia ser meningite e tuberculose por ser tão dificil de tratar. Atualmente a meningite e a tuberculose é 100% curável. É dificil imaginar o impacto que o tratamento teve na época, quando os médicos estavam habituados a ver os doentes morrer da doença.

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