Alimentos Transgenicos: Riscos e Beneficios do seu uso

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS: RISCOS E BENEFÍCIOS DO SEU USO

Bruna Alves dos Santos Fontes¹

RESUMO

O artigo apresentado tem como objetivo analisar os pontos positivos e negativos da utilização dos alimentos transgênicos ou geneticamente modificados, organismos que tem seus genes alterados, por meio de técnica de DNA recombinante, para trazer características que de maneira natural eles não obtêm. A metodologia que foi aplicada é de caráter explicativo, realizado por meio de análise de artigos científicos e pesquisas em ambiente virtual. Durante a pesquisa, foi observado os riscos e benefícios da utilização dos alimentos geneticamente modificados, são bem relevantes em questão de quantidade, deixando, portanto a critério de cada  pessoa, se aceitam ou não o seu consumo.

Palavras-chave: OGMs, Alimentos Transgênicos, Riscos, Benefícios.

ABSTRACT

The objective of the present article is to analyze the positive and negative aspects of the use of transgenic or genetically modified foods, organisms that have their genes altered, through recombinant DNA technique, to bring characteristics that they do not naturally obtain. The methodology that was applied is of an explicative character, carried out through analysis of scientific articles and researches in virtual environment. During the research, the risks and benefits of the use of genetically modified foods were observed, they are very relevant in terms of quantity, thus leaving it to each person's discretion whether or not to accept their consumption.

Keywords: GMOs, Transgenic Foods, Risks, Benefits.

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INTRODUÇÃO

Os alimentos transgênicos são os organismos que tiveram seus genes modificados a fim de se obter alguma característica diferente da sua forma natural. Diante de tais mudanças, o objetivo principal deste artigo é analisar os aspectos positivos e negativos em relação aos alimentos transgênicos, listando os benefícios e malefícios do seu uso. Será abordado ainda diversos conceitos e como foi o seu surgimento.

O tema tratado é de grande importância para a população entender o real motivo pelo qual os alimentos transgênicos estão sendo utilizados nos dias atuais e quais as consequências que eles podem nos trazer. A pesquisa é pertinente por conta de as pessoas não conhecerem devidamente a definição de alimentos geneticamente modificados, e, consequentemente tem conclusões precipitadas e muitas vezes errôneas a respeito do tema em questão. Os resultados adquiridos contribuem para uma melhor compreensão e entendimento a respeito das vantagens e desvantagens dos transgênicos.

Os grandes responsáveis por essas técnicas de troca de genes é a Engenharia Genética, juntamente com a Biotecnologia. Logo após a criação dos OGM, foi gerada uma polêmica, levando às pessoas a entrarem em um conflito de opiniões, tanto a favor como contra. Podemos destacar que o aumento da produção; maior resistência às pragas e aos agrotóxicos; e o aumento da durabilidade do produto para estocagem, são os pontos que levam a população e principalmente os agricultores a aceitaram a utilização dos transgênicos. Entretanto, os mesmos trazem malefícios, que vai desde reações em determinadas pessoas e a eliminação de populações naturais de insetos, animais e outras espécies de plantas.

Foi aplicada na pesquisa uma metodologia de pesquisas bibliográficas em artigos científicos em acervos literários em ambiente virtual, buscando diversos conceitos e definições do tema, proporcionando um fácil entendimento do assunto abordado.

SURGIMENTO

Os Organismos Geneticamente Modificados (OGM), surgiu em 1973. Os cientistas Cohen e Boyer estavam coordenando um grupo de pesquisas em Stanford e na Universidade da Califórnia, quando conseguiram transferis um gene de rã para uma bactéria, foi assim que aconteceu o primeiro experimento realizado com sucesso utilizando a técnica do DNA recombinante, foi o passo inicial para o mundo da transgenia.

Desde muito tempo o ser humano já utilizava de técnicas biotecnológicas, essas aplicações datam de 1800 a.C., quando, principalmente mulheres usavam leveduras para fermentar pães e vinhos. Com toda essa técnica já em prática não se tinha o conhecimento sobre transgenia, até que em 1919 foi dita pela primeira vez a palavra biotecnologia na Hungria por um engenheiro agrícola. Há muito tempo o homem já vem manipulando a vida por meios de cruzamento de animais e plantas, embora sempre existiram fatores que dificultavam, uns naturais (diferenças entre espécies) e humanas (cultura, ética, religião).

Após tantas pesquisas, na década de 80 foram desenvolvidas plantas e animais multicelulares para fins comerciais. Foi introduzida esta tecnologia nos anos 1990 na China, e nos Estados Unidos foi criado um tomate mais resistente ao armazenamento, tudo graças à empresa CALGENE em 1994. Já no ano de 1996, surge a soja com maior resistência a herbicidas, e, logo no ano posterior surge também o algodão modificado geneticamente. No final da década de 90 já havia 40 milhões de hectares de terras espalhados em diversos países com cultivos transgênicos.

No Brasil esses alimentos chegaram de forma ilegal. A lei 8.974, de 1995, estabelece normas para o uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de Organismos Geneticamente Modificados (OGM), este fato permitiu que se iniciassem os testes de campo com cultivos transgênicos. O decreto 1752/95 criou a Comissão Técnica Nacional de Segurança (CTNBio).

Em 2003, foi publicado o decreto de rotulagem (4.680/03) que obrigou empresas da área da alimentação, produtores, e quem mais trabalha com a venda de alimentos, a identificarem com um “T” preto, sobre um triângulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica. (GREENPEACE, 2013)

CONCEITO

Boa parte da população do nosso e de outros países, não tem o conhecimento prévio do que sejam Organismos Geneticamente Modificados (OGM). Não sabendo o que são, como poderão saber os riscos e benefícios que eles trazem.

No início dos anos 80, cientistas conseguiram transferir genes específicos de um ser vivo para outro. (PIMENTEL, 2010, p. 02). Queiroz ainda completa afirmando que os Organismos Geneticamente Modificados são organismos que sofreram alteração no seu código genético por método ou meios que não ocorreram naturalmente. (QUEIROZ apud Pimentel, 2010, p. 02).