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Recursos Alimentares

Por:   •  22/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.113 Palavras (5 Páginas)  •  4.035 Visualizações

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Recursos alimentares

4.1. Definição

O direito a alimentação significa garantir que as pessoas tenham os conhecimentos, capacidades, recursos e oportunidades de que necessitam para se alimentar. Também significa que quando as pessoas, por razões independentes da própria vontade, não são capazes de sustentarem a si próprias, ainda têm o direito á alimentação e devem ser ajudadas até se tornarem capazes de se sustentarem novamente.

4.2. A Crise dos Recursos Alimentares

Em 50 anos a população do mundo quase triplicou. A Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que, no espaço de 30 anos será necessário mais 60% da comida para alimentar os habitantes do planeta.

No mundo muitos milhões de pessoas nunca comem o suficiente. Quando as pessoas não têm comida suficiente, ou não têm os tipos correctos de alimentos para satisfazerem as necessidades do próprio corpo, ficam famintas e mal nutridas e não são capazes de conduzir vidas activas e saudáveis. Muitas morrerão. A fome e a má nutrição são problemas graves que ameaçam, a longo prazo, o bem-estar das pessoas, das nações e do mundo.

O direito à alimentação significa que todas as pessoas têm direito a se sustentarem a si e a sua própria família com dignidade. Todos devem ter a possibilidade de cultivar, caçar ou colher os alimentos de que necessitam, ou de ganhar dinheiro suficiente para os comprar.

O direito a uma alimentação adequada e o direito fundamental de todo o ser humano de não sofrer fome são reconhecidos pelo Direito Internacional e pelas constituições de muitos países. Adoptaram-se directrizes a nível internacional para ajudar os países a tomarem acções a fim de respeitar, proteger e cumprir o direito à alimentação para os seus povos.

Foram criados quer a nível nacional quer a nível internacional, um conjunto de organizações ou associações que ajudassem a uma melhoria quer na produção quer na distribuição de bens alimentares para uma melhor e maior justiça global.

A nível Nacional temos:

> APARD – Associação Portuguesa de Alimentação Racional e Dietética;

> SPCNA – Sociedade Portuguesa de Ciência da Nutrição e Alimentação;

> IAMA – Instituto de Alimentação e Mercados Agrícolas;

A nível Internacional temos:

> Pão para o Mundo;

> CAB – Centro de Biotecnologia Agrícola;

> NFPA – Associação Nacional dos Processadores de Alimentos;

> FAO – Organização para a Agricultura e Alimentação;

> WFP – Programa Mundial de Alimentação;

4.2.1. Fome

A fome (crise humanitária) é uma crise social e económica acompanhada de mal nutrição em massa, epidemias e aumento na mortalidade. A Fome é o nome que se dá à sensação fisiológica que o corpo tem quando necessita de alimento para manter as suas actividades indispensáveis à vida. O termo é geralmente usado mais amplamente para referir a casos de subnutrição ou privação de comida entre as populações, normalmente devido a pobreza, conflitos políticos, instabilidade, ou condições agrícolas adversas, que em casos crónicos, pode levar a um mal desenvolvimento e funcionamento do organismo.

Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónicas da grave subnutrição, sendo que a maior parte são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.

Este flagelo, atinge 777 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, 27 milhões nos países em transição e 11 milhões nos países desenvolvidos. Estima-se que cada dia morre por causa da fome, 24 mil pessoas, 10% das crianças, em países em desenvolvimento, morrem antes de completar cinco anos de idade.

Quais são as causas?

A situação precisa de ser encarada. É preciso, em primeiro lugar, conhecer as causas que levam à fome. Muitos acham que fome é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes. No entanto, tal não é verdade pois a terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira.

As causas fundamentais da fome são:

* Sobrecarga de certas áreas devido a superpopulação, ocasionando falha de produção;

* Falta de alimentos nas zonas mais pobres;

* Desastres, seja naturais ou criados pelo homem, por terem capacidade de criar fome em massa desde que a humanidade começou a recordar a sua história.

Quais as consequências?

As consequências imediatas da fome são a perda de peso nos adultos, levando eventualmente a morte, e o aparecimento de problemas no desenvolvimento das crianças como a desnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e proteínas, faz crescer a taxa de mortalidade, em parte, pela fome e, também, pela perda da capacidade de combater as infecções.

Assim podemos dizer que:

* Acesso ao alimento: é condição necessária, mas ainda não suficiente;

* Deve ser sempre: e não só em certos momentos;

* Por parte de todos: não bastam que os dados estatísticos sejam satisfatórios.

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