Vitamina e
Por: Caroline Dias • 29/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.681 Palavras (7 Páginas) • 451 Visualizações
AS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS
A descoberta das vitaminas deu origem ao campo da nutrição. O termo vitamina descreve um grupo de micronutrientes essenciais que geralmente satisfazem os seguintes critérios:
- Compostos orgânicos diferentes de gorduras, carboidratos e proteínas;
- Componentes naturais de alimentos, normalmente presentes em quantidades diminutas;
- Componentes não sintetizados pelo organismo em que quantidades adequadas para satisfazer a necessidades fisiológicas normais;
- Componentes em quantidades diminutivas essenciais para a função fisiológica normal (ou seja, a manutenção, o crescimento, o desenvolvimento e a reprodução); Componentes cuja deficiência específica causa uma síndrome em de decorrência da sua ausência. (MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S., 2012).
Evans & Bishop descobriram a vitamina E em 1922, estudando a infertilidade em ratas, ao observarem que os animais com dieta à base de gordura suína apresentavam reabsorção fetal. Quando o germe de trigo era incluído na dieta, a síndrome de reabsorção fetal não era observada. A síndrome de reabsorção fetal foi atribuída à deficiência de um componente ativo, o qual foi denominado vitamina E. A manifestação de sua deficiência é rara em humanos, mas pode ocorrer em indivíduos com absorção alterada dessa vitamina ou em indivíduos com anomalias que comprometam a manutenção dos níveis corporal.
Vitamina E é a denominação genérica de oito compostos lipossolúveis, cada um dos quais com atividades biológicas específicas, sendo que o a-tocoferol é o mais potente antioxidante. (E.S. BATISTA et al., 2007).
CONCEITO
Vitamina E é um termo geral empregado para designar oito compostos lipossolúveis, os a, b, g e de tocoferóis e a, b g e d tocotrienóis. Cada um desses compostos pode apresentar a mesma ou diferentes atividades biológicas, porém, com especificidades. Há uma diferenciação no metabolismo desses compostos, embora o processo de absorção intestinal seja o mesmo. Tal diferenciação ocorre no fígado, no qual uma proteína específica de transferência do a-tocoferol tem maior afinidade para se ligar a esse composto na forma natural do que aos outros isômeros ou à forma sintética. (E.S. BATISTA et al., 2007).
CLASSIFICAÇÃO
Lipossolúvel
ABSORÇÃO, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
A vitamina E é absorvida na porção superior do intestino delgado por difusão dependente de micelas, seu uso depende da presença de gordura dietética e das funções biliar e pancreática adequadas. As formas esterificadas da vitamina E, encontradas nos suplementos, são mais estáveis, podendo ser absorvidas somente após a hidrólise pelas esterases na mucosa duodenal. Contudo, os ésteres de a-tocoferol natural e sintéticos são igualmente digeridos ( IOM, Food and Nutrition Board, 2000 a). A absorção da vitamina E é altamente variável, e as eficiências variam de 20 a 70%. A vitamina E absorvida e incorporada nos quilomicrons e transportadas na circulação geral da linfa. A Vitamina E distribuída para o fígado e incorporada nas VLDLs através da proteína de [a][b][c][d][e][f][g]transporte específica para a vitamina E. No plasma, o tocoferol é também distribuído entre a LDL e as HDLs, protegendo as lipoproteínas da oxidação. (MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S., 2012).
A captação celular de vitamina E pode ocorrer por meio de processos mediados por receptor (no qual as LDLs liberam a vitamina dentro da célula) ou pela lipoproteína lipase (LPL) a medida que a vitamina E é liberada dos quilomicrons e VLDL pela ação da LPL. Dentro da célula, o transporte intracelular do tocoferol necessita de uma proteína intracelular ligante de tocoferol. (MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S., 2012).
Na Maioria das células não adiposas, a vitamina E está localizada quase exclusivamente nas membranas. Em tecidos adiposos, não é prontamente mobilizada. (MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S., 2012).
METABOLISMO
O metabolismo da vitamina E é limitado. Ela e primeiramente oxidada em tocoferil quinona biologicamente inativa, que pode ser reduzida para tocoferil hidroquinona. Os conjugados do ácido glicurônico da hidroquinona são secretados na bile, fazendo com que a excreção nas fezes seja a principal via de eliminação da vitamina. Com ingestões normais de vitamina E, uma quantidade muito pequena e excretada na urina como metabolitos hidrossolúveis de cadeia lateral (ácido tocoferônico e tocoferol lactona). (MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S., 2012).
FUNÇÕES
A vitamina E o antioxidante lipossolúvel mais importante de célula. Localizada na porção lipídica nas membranas celulares, ela protege os fosfolipídios insaturados das membranas da degradação oxidativa das espécies de oxigênio altamente reativas e de outros radicais livres. Vitaminas E realiza essa função por meio da capacidade de reduzir tais radicais em metabolitos não prejudiciais por meio da doação de um hidrogênio. Esse processo e chamado de bloqueio de radicais livre. Pelo fato de atuar como um varredor de radicais livres de membrana, a vitamina E é um componente importante do sistema de defesa antioxidante de celular, que envolve outras enzimas (p.ex., superóxido dismutase [SOD], glutationa peroxidase [ GPX], glutationa redutase [GR], catalase, tiredoxina redutase[TR]) e fatores não enzimáticos (p.ex., glutationa, ácido úrico), muitos dos quais dependem dos outros nutrientes essenciais. Por exemplo, a GPX e o TR dependem do estado nutricional adequado de selênio; o SOD depende do estado nutricional adequado de cobre, zinco e manganês; e a atividade de GR depende do estado nutricional adequado de riboflavina. Portanto, a função antioxidante da vitamina E pode afetadas pelas concentrações de muitos outros nutrientes. (MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S., 2012).
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