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A NECESSIDADE DE PROFISSONAS PSICÓLOGOS NAS ESCOLA

Por:   •  5/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.569 Palavras (7 Páginas)  •  414 Visualizações

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SOCIEDADE PSICANALÍTICA DO PARANÁ

POLO DE SANTO ANTONIO DA PLATINA

CURSO DE FORMAÇÃO EM PSICANÁLISE

ALUNA FERNANDA HELENA DE PAULA DIAS

RESUMO DO CASO ANNA O.

PROF. SILVIO MARIANO

SANTO ANTONIO DA PLATINA/ PARANÁ

AGOSTO/2018


RESUMO DO CASO ANNA O.

       O caso de Anna O.foi o primeiro caso que se iniciou a psicanálise. Este é um dos casos, se não o mais emblemático da psicanálise. Freud o considera como o primeiro atendido dentro dos padrões psicanalíticos.

       Este caso de Anna O.é atribuído ao doutor Joseph Breuer. Na época Freud estava iniciando seus estudos em medicina, e o doutor Breuer era seu professor.

      Freud e o Dr. Breuer, de acordo com os relatos sempre se reuniam para conversar e fazerem trocas de experiência sobre os casos clinicados e com certeza sobre este de Anna O.

       Anna O, como era chamada, tinha na época 21 anos de idade quando adoeceu no ano de 1880. Possuía uma hereditariedade neuropática, antes encontrada em seus parentes mais distantes. Durante a sua infância não se havia notado nenhum sinal de neurose.

      Dr. Breuer descreve Anna com grandes habilidades intelectuais, poéticas e imaginativas. E também com bom senso agudo e crítico e conforme relato do Dr. Breuer, Anna não havia iniciado sua vida sexual até esta idade. O que fez Freud hipoteticamente, diagnosticar os sintomas que a paciente tinha, como sendo resultado deste processo de latência mal desenvolvida. Para ele Anna havia reprimido estes impulsos sexuais que havia gerado vários sintomas sem explicação para a medicina convencional da época.

      A vida familiar de Anna era muito “fechada”, recalcada, puritana; o que era de difícil adaptação para uma garota com alto nível intelectual; desta forma ela se infiltrou no seu imaginário (seu “teatro particular”) para conseguir viver e se desenvolver nesta família. Mas estando tantas vezes vivendo de imaginação, não a ausentava dos acontecimentos reais ao seu redor. Anna estava sempre muito atenta a tudo, quando se dirigia a ela, ela sempre respondia.

     Dr. Breuer, começo a atender Anna devido a uma tosse muito intensa. Que aparecerá quando ela cuidava de seu pai doente. No entanto, Anna apresentava diversos outros sintomas:

*Paráfrase- não conseguia falar, ficará muda, mesmo sem acidente ou problemas físicos, aparentes.

*Estrabismo convergente – desvio ocular, perturbações na visão. Às vezes ela tinha visões, alucinações, ex: parede encolhendo, teto desabando.

*Paralisia do corpo; membros inferiores e superiores, torcicolo,

*Problemas com alimentação, às vezes ficava dias sem se alimentar e não ingeria água, apenas líquidos de frutas.

    Em 1880, o pai de Anna adoeceu, caiu de cama e Anna começou a cuidar do pai. Anna começou a apresentar estes sintomas descritos acima, o que a impossibilitou de cuidar de seu pai.

    Em 05 abril, o pai de Anna faleceu. Logo após a morte, Anna teve um leve quadro de melhora, mas logo recai em seu estado. A paciente apresenta depressão, melancolia, agressividade. Seu quadro de humor oscilava bruscamente levando Anna até mesmo a pensamentos suicidas. Isto fez com que sua família decidisse levá-la a morar em uma casa de campo, já que residiam em uma casa de três andares. Anna também adquiriu neste período como sintomas o sonambulismo.

   Doutor Breuer passa a visitar Anna com mais freqüência, na maioria das vezes a atende no jardim da casa; ambiente aberto, pois Anna estava sempre em seu mundo imaginário, que Dr. Breuer classifica como hipnótico. Com tudo Anna O, sabe que possui estes 2 “eu`s”, como ela mesmo diz.

   Nos atendimentos Dr. Breuer atende Anna conversando muito com ela, e através destas conversas ele notou que assim que ela relatava um evento anterior aos seus sintomas, estes iam desaparecendo. Então Dr. Breuer começou a explorar estas falas, estes sintomas de Anna O, e a mesma passa a limpar a mente falando dos seus sintomas. Vindo daí, deste fato, a própria Anna O. declarando estes conceitos como “a cura pela fala” –“talking cure “ou em tom de brincadeira “chimney – sweeping” ou limpeza da chaminé, sendo chaminé sua cabeça. Este fato também deixa claro a inteligência da paciente, pois ela sempre entendia o que se passava com ela.

   Quando por algum motivo Dr. Breuer precisasse se ausentar, o quadro de Anna piorava até que seu médico voltasse. E em uma destas vezes Anna só teve melhoras em seu quadro quando relatou uma seqüência de diversas histórias a Dr. Joseph.

   Anna O retorna a Viena, porém em outra casa, diferente da que antes morava. Com isto novos sintomas surgiram, com relato de como se estivesse vivendo o ano anterior. Até teve um fato que neste mesmo dia do ano anterior Anna estivera brava com o doutor e o mesmo se recordou deste fato.

Assim Anna alucinava tanto com fato que acontecera pela manhã, como com fatos de 1 ano atrás. Quando Anna passa por esta fase de confusão sobre o tempo, certificamos que o inconsciente é atemporal.

Doutor Breuer relata um fato onde Anna teve um sintoma cessado, uma situação que aconteceu com sua dama de companhia inglesa, de quem não gostava, e começou então a descrever com repugnância, como fora certa vez ao quarto desta senhora e o cãozinho dela- criatura nojenta, bebendo água num copo. Anna não havia dito nada pois quisera ser gentil. Depois de exteriorizar a cólera que havia sentido, pediu para beber algo, e bebeu sem dificuldades e despertou da hipnose. A partir de então a perturbação desapareceu de uma vez por todas. Antes deste período Anna não bebia água, apenas consumia líquidos de frutas para saciar sua sede.

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