OS PROJETOS DE TRABALHO E A NECESSIDADE DE TRANSFORMAR A ESCOLA (II)” FERNANDO HERNANDEZ
Por: GABRIELA106 • 1/6/2017 • Resenha • 584 Palavras (3 Páginas) • 834 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS
PROJETO INTERDISCIPLINAR: LEITURA E ESCRITA – PROF MÁRCIA AMORIM
NOME: GABRIELA NOGUEIRA FERREIRA – TURMA 25A
“OS PROJETOS DE TRABALHO E A NECESSIDADE DE TRANSFORMAR A ESCOLA (II)” FERNANDO HERNANDEZ
Na primeira fase de seu texto, Fernando Hernandez critica a “gramática curricular”, por ele descrita, chamando a atenção no ponto de vista que a aprendizagem operacional possui êxito pela facilitação da formação do professorado e no desenvolvimento dos materiais. Contudo, é mais fácil formar professores que sigam passos específicos e estáveis de um plano curricular do que formar professores que sejam capazes de criar sua própria reflexão sobre a interação entre as experiências dos estudantes e relaciona-las com o conteúdo de uma disciplina. Tomando como exemplo os estudos de alguns autores como Dewey, Kilpatrick, Bruner, Dalton, Stenhouse e Taba, que trouxeram inovações no questionamento sobre a organização das matérias na defesa que há gramáticas que se transformam, se simplificam ou desaparecem, e, dessa forma, o mesmo pode acontecer com essa organização do currículo, que, enquanto isso, ainda continua sendo um dos bastiões que reprimem a possibilidade de transformação que organiza o conhecimento e a gestão do tempo e do espaço na escola. A compreensão das interações entre personalidades, interesses, contextos sociais e experiências de vida dos estudantes desde as primeiras idades em suas situações dentro e fora de escola pode ser a solução na redução para a então chamada pedagogia cartesiana, que ainda se sobrepõe por boa parte de nossa cultura, principalmente no ensino médio. No seguimento de seu argumento, Hernandez compartilha sua experiência nas questões relacionadas à globalização e interdisciplinaridade chegando à conclusão de que uma não se relaciona a outra. Para ele, a noção de globalização se relaciona com a ideia de aprender a estabelecer e interpretar relações, de superar os limites das matérias escolares e ainda sua conexão com a atitude favorável à interpretação sobre o que sucede na sala de aula, à não fragmentação e a aprendizagem constante do professor. Contudo, essa palavra foi fazendo parte do uso cotidiano ligado a economia, e dessa forma, para evitar confusões, começou a utilizar a noção de compreensão como guia do tipo de relação com o conhecimento que se ocupa em favorecer os projetos de trabalho. Em sua concepção de projetos de trabalho, Hernandez supõe um enfoque do ensino que trata de resituar, repensar, recriar concepções e práticas educacionais nas escolas e não simplesmente adaptar uma proposta passada e atualizá-la. É necessária a criação de uma estratégia para que seja criado um consenso entre os que utilizam a prática escolar na construção de um projeto com características que fundamentem essa concepção de mudança de ensino em cada contexto. Assim, a finalidade do ensino passa a ser a de promover a compreensão dos problemas que são investigados. A proposta de um projeto que tenha finalidade de compreensão, e de ser capaz de ir além de informações dadas é a possibilidade de reconhecimento, da busca de explicações e expansão de pontos de vista. Basear a aprendizagem dos alunos e professores em sua vivência é uma nova maneira de estabelecer outros conhecimentos, novas indagações e, assim, elaborar melhores conhecimentos de alunos e professores a cerca do mundo em que vivem. A educação não deve se limitar em um modelo apenas, ela deve percorrer de acordo com as mudanças globais, de acordo com a evolução do pensamento humano e com as necessidades desenvolvidas pelas pessoas ao longo do tempo, com ideias que repensem a função da escola e percorra com o desafio de estar sempre em mudança.
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