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O Curso Técnico Superior em Cuidados Veterinários

Por:   •  2/1/2019  •  Relatório de pesquisa  •  2.281 Palavras (10 Páginas)  •  290 Visualizações

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Escola Superior Agrária de Elvas

Microbiologia

CTeSP: Curso Técnico Superior em Cuidados Veterinários

2018/2019

Peste Suína Africana

[pic 1]     

                                                    Elaborado por: Ana Raposo

  Liliana Simões

Inês Agostinho

Olga Fernandes

Índice

Introdução ………………………………………………..…………3

Etiologia …………………………………………………..………...4

Epidemiologia……………………………………….………………5

Epidemiologia……………………………………………………….6

Patogenia…………………………………………………………….7

Sintomas …………………………………………………………….8

Sintomas …………………………………………………………….9

Diagnostico ………………………………………………………...10

Controlo e Tratamento………………………………………………11

Bibliografia ………………………………………………………….12

Conclusão …………………………………………………………...13

Introdução

        Este trabalho é realizado no âmbito da disciplina de Microbiologia, em que nos foi solicitado a apresentação de um Vírus nomeadamente a Peste Suína Africana (PSA).

        A Peste Suína Africana é uma afeção viral, contagiosa e letal, passível de reprodução experimental e que afeta suínos de todas as idades. Faz parte das doenças de declaração obrigatória em todos os países do mundo. Representam uma grave ameaça ao efetivo suíno mundial e muitos foram os esforços na tentativa da sua erradicação, tanto que, em alguns países, o abate de toda a população suína doméstica e selvagem representou a única medida estabelecida como realmente eficaz para atingir este objetivo.

        A doença foi assinalada pela primeira vez no Quénia, e ficou limitada a Africa até 1957, data em que faz a sua primeira aparição em Portugal e, em 1960 em Espanha, invadindo outros países europeus da América Central e do Sul. No Brasil, o primeiro relato foi feito em 1978. Em dezembro de 1994, em concordância com as normas do Código Zoo-sanitário Internacional, o país foi declarado livre da P.S.A. estatuto obtido pela península Ibérica em 1993.

        A identificação da doença em qualquer país determina graves consequências sociais e económicas para a respetiva suinicultura, por diversos fatores entre os quais a suspensão de todos os contratos internacionais de exportação de carne e subprodutos de origem suína.

        Os suídeos são a única espécie atingida:

        - Porco doméstico e Javali, espécies recetivas nas quais a multiplicação viral induz um estado patológico.

        - Porcos selvagens africanos, espécies sensíveis onde a multiplicação do agente, produz um estado de portador.

        - Porcos selvagens asiáticos, cujo grau de recetividade é ainda pouco conhecido.  

Etiologia

        É um vírus de acido desoxirribonucleico (DNA), constituído por uma cápside proteica de forma icosaédrica (13-200µm) e por uma estrutura interna bastante complexa, provida de uma núcleocápside com cerca de 80 nm de diâmetro. Replica-se “in vitro” em células do sistema mononuclear fagocitário do suíno, nomeadamente, células de linha monócito-macrófago, cultura de macrófagos alveolares e culturas celulares de medula óssea (onde produz efeito citopático) e pode ainda ser adaptado a diversas culturas celulares de linha continua de origem suíno ou de outras espécies.

        Pertence á família Iridoviridae, mas recentemente têm-se verificado que certas propriedades deste vírus se assemelhem as do vírus Pox e por esta razão tem-se proposto a sua inclusão numa nova família de que é o único representante.

        Apresenta vários sorotipos e estirpes de patogenicidade variável, que apresentam baixa capacidade imunogénica e alto poder antigénico. Até à data os anticorpos neutralizantes e/ou protetores parecem estar ausentes, o que não permite o emprego de técnicas de vacinação, sero-proteção ou sero-neutralização. Apresenta uma resistência às condições ambientais. Resiste a dissecação por mais de dois meses, mas apenas algumas horas quando exposto a luz solar direta, persiste três meses no presunto salgado e fumado e seis meses na medula óssea deste tipo de charcutaria. Nas fezes, á temperatura ambiente, pode continuar ativo até cinco meses. Em cadáveres enterrados sobrevive cerca de dois meses e meio e, em pocilgas contaminadas, várias semanas. É inativo em 15 minutos pelo éter e clorofórmio e destruído em trinta minutos a temperatura de laboratório por ação de soda a 8/1000, fenol 3/100, formol a 3/1000 utilizados como desinfetantes.  (Perestrelo-Viera 2000)

        

Epidemiologia

        Em Africa, os suídeos selvagens tem sido identificados como portadores são, representado importantes reservatórios do vírus sob condições naturais, e a doença mantém-se por longos períodos, nos locais infetados.

        Na Europa e América, a sobrevivência do vírus é assegurada pelo porco doméstico e em determinadas regiões por argasideos do género Onithodoros (Ornithodoros moubata em Africa e Ornithodoros erraticus na Península Ibérica). Estes argasideos podem, quando infetados, permitir não só a multiplicação como, também, a perpetuação do agente (transmissão transtadial no caso dos argasideos europeus e transmissão transovárica no caso dos argasideos africanos).

        Nas regiões do sul da Europa, onde a doença permaneceu enzoótica por longos anos, a sintomatologia é menos dramática e pode-se mesmo produzir uma infeção crónica que transforma esses porcos portadores em fatores importantes na disseminação da doença. A infeção ocorre não apenas pelo contacto direto “animal do ente/portador -animal suscetível”, como também pela ingestão de carne e subprodutos de origem suína contaminados; nos animais doentes todas as secreções e excreções são fonte de contágio e nos animais mortos e sacrificados, são todos os órgãos, tecidos e sistemas do organismo.  

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