Os limites entre persuadir e convencer nos cursos de docência superior

Os limites entre persuadir e convencer nos cursos de docência superior

The limits between persuade and convince in superior teaching courses

CLÁUDIO CASTRO DE MENDONÇA

Resumo

Este trabalho trata a respeito do uso da persuasão na arte do convencimento utilizado por professores universitários. Ele tenta estabelecer se há um limite entre persuadir e convencer e se realmente é correto utilizar o método de persuasão através da retórica e figuras de linguagem.

Palavras-chave: Persuasão, retórica, convencimento.

Abstract

This work is about the use of persuasion the art of convince used by university professors. He tries to establish whether there is a boundary between persuade and convince and if it really is straightforward to use the method of persuasion through rhetoric and figures of speech.

Keywords: Teaching, Persuasion, rhetoric, convince.

Seria produtivo começar o texto dando a significação das palavras que se encontram no título deste texto.

Assim Persuadir | v. tr. e pron. | v. intr.

per•su•a•dir - Conjugar

(latim persuadeo, -ere, persuadir, convencer)

verbo transitivo e pronominal

1. Levar ou levar-se a acreditar ou a executar alguma coisa (ex.: persuadiu a mãe a ir ao médico; persuadi-me de que é preciso resolver isto já). = CONVENCER, INDUZIR

verbo intransitivo

2. Levar o convencimento ao ânimo de alguém (ex.: ele sabe persuadir).

"persuadir", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/persuadir [consultado em 13-12-2013].

Convencer | v. tr. | v. pron.

con•ven•cer |ê| - Conjugar

(latim convinco, -ere)

verbo transitivo

1. Fazer ter (a alguém) a convicção de (alguma coisa).

2. Persuadir (a alguém).

3. Provar (a alguém) que é culpado de (alguma coisa).

verbo pronominal

4. Acreditar; crer.

"convencer", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/convencer [consultado em 13-12-2013

Interessante dizer que o ato de persuadir pode chegar ao resultado final, mesmo que não haja provas concretas sobre o que se defende. Como os políticos fazem, por exemplo. Não dão nenhuma garantia que de irão realmente trabalhar em prol da população e mesmo assim conseguem votos. Ou um golpista que consegue roubar dinheiro de alguém através de falsas vendas ou promessas.

Já o ato do convencimento, elabora em cima de um assunto que possui uma prova do que se fala. Seja ela textual ou visual. Convencer pode parecer mais fácil do que persuadir pelo fato de se ter provas, porém não é assim. Muitas das vezes a prova não está tão visível ao ponto de ser simplesmente mostrada. Às vezes é tão difícil que a persuasão é necessária para tal fim.

Persuadir. É levar alguém a aceitar coisa diversa daquela que inicialmente desejava. Um pai pode persuadir a filha, já levemente apaixonada, de não namorar certo rapaz, por esta ou aquela razão, assim como o bom político, persuade o eleitor do seu adversário a nele votar, pela palavra, pela competência e quase sempre pelas promessas.

Convencer. É levar alguém a reconhecer uma verdade mediante provas cabais e terminantes. Foi difícil, mas acabei convencendo o matuto de que o homem realmente foi à lua. Um raciocínio exato, rigoroso (p. ex.: 2 + 2 = 4) produz a convicção; uma boa conversa, um bom orador, uma afinada lábia, produzem persuasão nas almas sensíveis (ou ingênuas). (1)(SACCONI,2001)

Não se sabe se por questões financeiras ou por ter alunos mais exigentes, o professor passou a utilizar a arte do convencimento. A geração de alunos de ensino superior não se contenta apenas com o que lhe é passado ou o que está no livro. Eles querem entender o que se passa. Muitas vezes até não concordam com o que o professor transmite. Obrigando o mesmo a convencer o aluno através de informações extras, como outros livros que não estão na