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A Fotossíntese em Plantas Aquáticas.

Por:   •  17/3/2017  •  Artigo  •  5.492 Palavras (22 Páginas)  •  597 Visualizações

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Fotossíntese em plantas aquáticas.

Mecanismos de concentração de CO2

em espécies aquáticas submersas1

María Valeria Lara & Carlos Santiago Andreo

Centro de Estudos fotossintéticos e bioquímicos (CEFOBI)

Faculdade de Ciências Bioquímicas e Farmacêuticas Suipacha 531,

2000 Rosario, Argentina e-mail:carlosandreo@cefobi.gov.ar

INTRODUÇÃO

As espécies de macrófitas aquáticas submersas compreendem

um grupo variado e interessante de organismos fotossintetizantes.

Entre elas estão as plantas avasculares, como as algas

macroscópicas e as briófitas, as plantas vasculares primitivas, como

pteridófitas e espécies relacionadas, e as plantas vasculares mais

evoluídas como as angiospermas. A Tabela 1 apresenta algumas

1Traduçãodoespanholpara oPortuguês: Paula Natália Pereira &Carlos Henrique

Britto de Assis Prado.

Publicado em novembro e 2012 em www.viaciencia.com.br Todos os direitos reservados. Parte integrante da obra: Prado CHBA;

Casali, CA (2006) Fisiologia Vegetal: práticas em relações hídricas, fotossíntese e nutrição mineral. Barueri, editora Manole, 2006. ISBN:

85.204.1553-9. Registro na biblioteca nacional sob o número 393364, em 08/12/2006.

adaptações das plantas aquáticas vasculares submersas. Dentro de tão

variado grupo de organismos existe uma grande diversidade na bioquímica e

na fisiologia do mecanismo fotossintético de fixação do CO2. Apesar da

presença de mecanismos fotossintéticos simila-res aos das plantas terrestres,

a classificação dessas vias de fixação de carbono em macrófitas aquáticas

submersas é mais complexa.

Tabela 1. Adaptações das plantas aquáticas vasculares submersas.

São mencionadas algumas diferenças mais significativas em relação

às plantas terrestres (Sculthorpe, 1967).

Presença mínima ou ausência de tecido de sustentação nos talos e nos pecíolos das

folhas, pois normalmente a água que as rodeia serve como sustentação.

Carência de tecido externo de proteção requerido pelas plantas terrestres para limitar

a per-da de água. A parede externa da epiderme mostra muito pouco ou escassa

formação da cutícula. Toda a superfície é capaz de absorver água, nutrientes e gases

dissolvidos a partir da água que rodeia a planta. As folhas de plantas submersas não

apresentam estômatos, e no caso de plantas flutuantes, os estômatos se encontram

na superfície superior. Os minerais são absorvidos por meio de certas estruturas

na epiderme como os hidropótios, pêlos mucilaginosos e glândulas complexas.

Em geral, o xilema que normalmente transporta água desde as raízes, não é bem

desenvol-vido, ou está ausente. Em algumas espécies, o floema encontra-se mais

desenvolvido que o xilema.

As raízes são reduzidas e sua função principal é a fixação e não a absorção de

nutrientes e água. Os pêlos das raízes estão ausentes.

Várias espécies apresentam folhas com formas muito especializadas, em geral divididas,

for-mando uma grande superfície para a absorção e para a fotossíntese. Dessa forma,

minimiza-se a resistência à corrente de água e o possível dano às folhas. A heterofilia,

formação de diferentes tipos de folhas no meio submerso ou aéreo, ocorre

freqüentemente entre diferentes espécies vegetais aquáticas.

A presença de câmaras aéreas com diafragma que se estende dentro das folhas e do

talo é uma característica de plantas aquáticas submersas.

Publicado em novembro e 2012 em www.viaciencia.com.br Todos os direitos reservados. Parte integrante da obra: Prado CHBA;

Casali, CA (2006) Fisiologia Vegetal: práticas em relações hídricas, fotossíntese e nutrição mineral. Barueri, editora Manole, 2006. ISBN:

85.204.1553-9. Registro na biblioteca nacional sob o número 393364, em 08/12/2006.

A disponibilidade de carbono inorgânico para a fotossíntese difere

consideravelmente no ar e na água. A disponibilidade das espécies

químicas de carbono inorgânico dissolvido em água pode ser limitante

para a fotossíntese e para o crescimento, devido à alta resistência de

difusão do CO2 na água (Madsen & Sand-Jensen, 1991). O CO2 difunde

10.000 vezes mais lentamente na água que no ar. Duas formas de

carbono inorgânico, CO 2 e HCO 3

-, estão potencialmente disponíveis

para a fotossíntese na água. Na maioria dos sistemas, o HCO 3

-é a forma

dominante.2

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