A Importância das atividades experimentais no Ensino das Ciências Biológicas.
Por: ednabagli • 16/11/2017 • Artigo • 3.052 Palavras (13 Páginas) • 493 Visualizações
A importância das atividades experimentais no Ensino das Ciências Biológicas.
Eduana Bagli Moraes[1]
Cleyton Machado[2]
Resumo:
O presente trabalho, através de uma revisão bibliográfica, tem como finalidade discutir a importância da utilização de atividades práticas nas aulas de Ciências Biológicas. Visto que a realização de experimentos nessa disciplina torna as aulas mais dinâmicas, fazendo com que o aluno seja capaz de relacionar os conceitos científicos e entender sua importância na vida diária. Percebe-se que mesmo diante das dificuldades apresentadas nas escolas públicas, como a falta de materiais didáticos, de tempo para preparar os experimentos, etc, o professor de Ciências precisa refletir sobre as possibilidades para tornar o ensino de Ciências de acordo com as Diretrizes Curriculares, que traz o conhecimento científico como resultante da investigação da natureza e destaca que as atividades experimentais são essenciais para formar um indivíduo. Sendo assim o professor deve conduzir o aluno na busca do conhecimento através da pesquisa, tornando as aulas mais atrativas e com qualidade, onde os estudantes se mostram mais estimulados para a realização das tarefas e consequentemente produzindo um aprendizado mais concreto.
Palavras-chave: Ciências Biológicas. Experimentos. Aprendizagem.
The importance of experimental activities in the Life Sciences Education.
Summary:
This paper, through a literature review, aims to discuss the importance of using practical activities in Biological Sciences classes. Since performing experiments in this discipline makes the classes more dynamic, so that the student is able to relate the scientific concepts and understand its importance in daily life. It is noticed that in the face of difficulties presented in public schools, the lack of teaching materials, time to prepare the experiments, science teacher needs to reflect on the possibilities to make teaching in conformity Sciences with the Curriculum Guidelines, which shows scientific knowledge as a result of the investigation of nature and points out that the experimental activities are essential to form an individual. Thus the teacher should lead the students in the pursuit of knowledge through research, making it the most attractive and quality classes, where students are more stimulated to carry out the tasks and thus producing a more concrete learning.
Keywords: Biological Sciences. Experiments. Learning.
1 INTRODUÇÃO
O papel da escola é transmitir, de maneira organizada, coerente e lógica, os conhecimentos produzidos e acumulados pela humanidade, possibilitando aos alunos o desenvolvimento de habilidades que lhes permitem um aprendizado, que os leva a capacidade intelectual e social, tornando-os cidadãos competentes e atuantes no grupo social ao qual pertencem.
Infelizmente o sistema de ensino atual do país, enfrenta muitas dificuldades para atingir o aprendizado dos alunos, principalmente em relação à estrutura física das escolas e a formação de professores, percebendo assim, uma insatisfação quanto a função da escola na sociedade.
Isso se refere também ao ensino de Ciências Biológicas, que segundo a Academia Brasileira de Ciências (2008), deve estimular o raciocínio lógico e a curiosidade, ajuda a formar cidadãos mais aptos a enfrentar os desafios da sociedade contemporânea e fortalece a democracia, dando à população melhores condições para atuar como cidadãos críticos, sobre temas científicos que afetam nosso cotidiano.
Esse trabalho aborda a importância da experimentação no ensino de Ciências Biológicas, para um maior desempenho do aluno, mostrando-se como uma excelente ferramenta para que o aluno possa se interessar em comprovar o conteúdo na experimentação estabelecendo uma dinâmica e fazendo uma relação entre teoria e prática.
2 O ENSINO DA DISCIPLINA DE CIENCIAS BIOLÓGICAS
Historicamente, é possível perceber que o ensino de Ciências evoluiu de acordo com as circunstâncias e o período, conforme o desenvolvimento da sociedade, sendo que os conteúdos estão intimamente relacionados com a vida do homem e com o meio onde vive.
Segundo Krasilchik (1992), na década de 60, o ensino de Ciências passou por um período onde apenas os aspectos lógicos da aprendizagem eram importante, sendo apresentada como neutra e a qualidade dos cursos era definida pela quantidade de conteúdos conceituais transmitidos.
Ainda de acordo com Krasilchik, (2008), na década de 1960, a situação se modificou devido ao progresso da Biologia, à constatação internacional e nacional da importância do ensino de ciências como fator de desenvolvimento e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1961 que reforça a ideia de que essa disciplina teria como função desenvolver o espírito crítico através do exercício do “método científico”, estando entre as disciplinas desde o 1º ano do então curso ginasial. No segundo grau, houve também um aumento da carga horária nas disciplinas de Física, Química e Biologia (RANZONI 2016).
Na década de 70, foram estabelecidas novas mudanças devido à crise econômica mundial e dos problemas relacionados com o desenvolvimento tecnológico, surgindo no ensino de Ciências o movimento conhecido como “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), levando à outra compreensão do mundo científico, promovendo uma estreita relação da ciência com a tecnologia e a sociedade, aspectos que devem ser levados em consideração num ensino que visa formar alunos atuantes e críticos, sabendo que vivemos num momento onde temos importantes problemas ambientais (SANTOS E MORTIMER 2001).
A tendência progressista é uma importante corrente dentro da pedagogia que influencia o ensino de Ciências Naturais paralelo à CTS, priorizando conteúdos socialmente. Questionou-se tanto a abordagem quanto a organização dos conteúdos, identificando-se a necessidade de um ensino que integre os diferentes conteúdos, de forma interdisciplinar, se mostrando um importante desafio para a didática da área (BRASIL 1998).
O ensino da Ciência a partir dos nos 80 surge como construção humana e não como verdade natural, se aproximando das Ciências Humanas e Sociais. Quando a construção do conhecimento científico pelo estudante passou a ser discutida, especialmente a partir de pesquisas.
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