Conclusão sobre Mudanças Climáticas
Por: nath.marchetti • 9/6/2016 • Trabalho acadêmico • 920 Palavras (4 Páginas) • 2.301 Visualizações
Conclusão sobre a questão das mudanças climáticas
Baseado em: Uma Verdade Inconveniente – Al Gore
The great global warming swindle
O planeta está passando por uma elevação em sua temperatura média e quanto a isso não restam dúvidas. O senso comum, influenciado principalmente pelos relatórios do IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change, órgão da ONU dedicado ao estudo das mudanças climáticas – atribui essas alterações às causas antropogênicas, principalmente às emissões de gases do efeito estufa tais como o gás carbônico (CO2) e o gás metano (CH4).
O documentário Uma Verdade Inconveniente, de autoria de Al Gore, também apóia essa idéia. Utilizando-se de gráficos temporais da concentração de CO2 na atmosfera e da temperatura média da Terra, e fazendo uma interpretação errônea sobre a correlação entre estes, ele coloca sobre a ação do homem toda a culpa pelas mudanças climáticas e conseqüentes desastres naturais que vêm ocorrendo no planeta, argumentando que o aumento da concentração de CO2 é a causa para o aumento da temperatura média da Terra. Porém, o documentário The great global warming swindle apresenta argumentos científicos que desmistificam algumas das teorias comumente tidas como verdade sobre o tema, que são defendidas por Al Gore.
Em primeiro lugar, o clima do planeta já passou por diversas mudanças, muito antes de o homem entrar em cena, fato que fica evidenciado pelas eras glaciais. E até mesmo em escalas de tempos relativamente recentes é possível observar alterações significativas. Há 350 anos ocorreu um período denominado “A Pequena Idade do Gelo”, e há não mais do que 900 anos uma época de altas temperaturas – o “Período Quente Medieval” –, que ficou marcado por sua prosperidade.
O argumento de que a temperatura acompanha as emissões dos ditos gases do efeito estufa é muito contestável. Todos os gráficos e fotografias sobre o aquecimento, e os prejuízos para o ser humano, desde a sua saúde até a economia, são reais, porém, não é fundamentada a associação de causa e conseqüência que Al Gore realiza. O que se observa nas séries históricas da temperatura média do planeta é que a temperatura começa a se elevar continuamente em 1880, quando a indústria ainda era um fenômeno restrito aos países desenvolvidos, e passou por períodos de baixa causados pelas grandes guerras e pela recessão de 29. Paradoxalmente, essa tendência se inverte justamente no boom do pós-guerra, quando as emissões industriais crescem exponencialmente, e a temperatura cai até meados dos anos 70, e começa a elevar-se novamente em plena crise do petróleo.
Se o aquecimento fosse resultado do efeito estufa, observar-se-ia também um ponto de máxima temperatura à altitude aproximada de 10 km da superfície, na troposfera. Porém, observações com balões metrológicos indicam que não há esse pico, e a temperatura eleva-se mais, proporcionalmente, junto à superfície do planeta.
Por fim, tratemos da correlação existente entre a concentração de CO2 e a temperatura do planeta, evidenciada pelo estudo feito com amostras de gelo polar. A correlação é verídica, porém, a interpretação que é feita por Al Gore em seu documentário é que está errada. Na verdade, o aumento da temperatura antecipa-se ao aumento da concentração de gás carbônico em centenas de anos. Isso porque os maiores reservatórios de CO2, os oceanos, diminuem sua solubilidade com o aumento da temperatura, expulsando o gás para a atmosfera.
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