Mente sã e corpo são.

Mente sã e corpo são. O culto ao belo sempre esteve, de diversas formas, ligado à história da evolução da humanidade. Todavia, essa ideia modificou-se de uma época para outra de forma negativa. Em virtude de tal fato é natural que ocorram danos – físicos e psicológicos – aos que buscam a tão sonhada perfeição vista na mídia.

          Essa propagação de corpos perfeitamente esculpidos, desencadeia uma busca pelo corpo estereotipado da magreza e do "corpo sarado". Com efeito, chega a ser visível a tentativa interminável para enquadrar-se em padrões de beleza numa tentativa de recuperar a autoestima perdida pela comparação com os próprios padrões estéticos.

          Não obstante, essas pessoas transformam esta busca em uma obsessão, se submetendo ao uso de esteroides anabolizantes, cirurgias plásticas, “dietas milagrosas”. Um exemplo recentemente, foi a aplicação de hidrogel - tem sido utilizado para aumentar e preencher o volume corporal - por um menino de 18 anos, na cidade de São Paulo, que acabou levando o jovem a óbito. Em princípio vale ressaltar que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) libera o uso limitado da substância, mas a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica tem restrições ao produto, devido aos efeitos colaterais, que podem acarretar a morte.

          Sendo assim, a sociedade, que busca ser formada por cópias padronizadas, deve rever seus conceitos para que, no futuro, esta situação tenha desaparecido ou, ao menos, sido amenizada. Para essa temática, é inegável que a mídia seja pressionada por algum orgão estatal de modo que ela realize mudanças na maneira da propagação dos ''padrões estéticos''. Vale ratificar que a família, e a escola tem um papel imprescindível nesse contexto; precisam articular medidas em que a consciência da busca pelo bem estar e saúde ocorra em primeiro lugar, e sempre opondo-se ao processo alienante onde a valorização do corpo ocorre por um mero exibicionismo.