Relatório do livro “Educação Física do Corpo e... Mente”
Por: mayllon12345car • 1/4/2016 • Relatório de pesquisa • 1.040 Palavras (5 Páginas) • 463 Visualizações
Relatório do livro “Educação Física do Corpo e... Mente”
O presente relatório apresenta uma análise acerca da obra de João Paulo Medina “Educação Física do Corpo e... Mente”, onde o objetivo da mesma é sensibilizar todo leitor quanto às necessidades de buscar alguns fundamentos metodológicos aliados a uma pedagogia lúcida e ao mesmo tempo avançada, inclusive com a preocupação no processo de aprendizagem, nos levando a desenvolver nosso raciocínio e nos tornar mais humanizante.
Contudo, Medina, desde a primeira página se incube de confrontar a realidade tanto dos estudos como as práticas em educação física, alertando uma crise no campo histórico. Aponta o autor no primeiro capítulo do livro: "A crise é um instante decisivo, que traz à tona praticamente todas as anomalias que perturbam um organismo, uma instituição, um grupo ou mesmo uma pessoa. É o momento crucial em que se exigem decisões e providências rápidas e sábias, se é que pretendemos debelar o mal que nos aflige".
O livro é composto por uma introdução e três capítulos, discutindo e apresentando uma crítica geral acerca de alguns aspectos e ações designadas à atuação dos profissionais (professores), na área de educação física, bem como apresenta a realidade em que vive a educação.
De início, na introdução, o autor frisa a necessidade de escrever o livro, destacando inclusive, o aumento e interesse da população acerca das atividades do corpo, que desta forma o deram condições para uma melhor análise e reflexão entorno deste assunto, tornando necessário encontrar um sentido mais humano para o que diz a respeito à cultura física.
Medina, dar continuidade abordando questões de ordem referidas à educação de um modo geral, frisando também que os tais problemas estão diretamente ligados ao sentido humano dado a eles, já que em nossa sociedade, permeia-se o pensamento e o sentimento, relegando o movimento em segundo plano. Como consequência disso tudo, a educação física fica no cenário de planos inferiores. Aponta, assim, que a cultura do corpo necessita de uma revolução, para que entre em crise, e se ampliem as nossas possibilidades tentando recuperar o sentido humano do corpo.
O autor destaca que é necessário desenvolver nos indivíduos a criticidade, pois somente assim é possível transformar continuadamente os nossos valores.
De antemão, no primeiro capítulo o autor afirma que o entendimento da disciplina educação física, assim como a cultura do corpo, precisa entrar em crise, a fim de que se promova sua evolução. Porém, não se pode esquecer, que em nossa sociedade, qualquer opção de mudança é vista como problema haja vista que as relações sociais vêm se estabelecendo pela competitividade, superficialidade e a inautenticidade.
Ainda neste capítulo, o autor discute outro tópico bastante relevante, a educação, onde ele destaca que ela não oferece oportunidades reflexivas aos educandos, para que possam agir de forma correta. Se é a capacidade de conscientização que difere o ser dos outros seres, mas para que isso aconteça, é necessário que as pessoas estejam aptas para isso. O filósofo Merleau-Ponty diz que “a consciência é percepção e percepção é consciência”.
Medina então, seguindo o pensamento de Paulo Freire, descreve três graus da consciência: a primeira chamada de consciência intransitiva, em que as pessoas não são capazes de percepções além daquelas que lhe são vitais. À segunda, denominada consciência transitiva direta, os indivíduos se restringem apenas aos problemas os quais lhes afligem.
Por último, a terceira, chamada de consciência transitiva crítica, há uma capacidade dos indivíduos ultrapassar a superficialidade dos fenômenos e se assumem como os sujeitos de seus próprios atos.
Diante dessas concepções, um indivíduo, para melhorar a sua qualidade de vida, deve objetivar os níveis mais altos de consciência, no sentido de transformar o injusto e o desumano que lhe afetam. Os três níveis de consciência estão correlacionados, e é quase impossível desmembrá-los, separá-los.
Na conclusão do capítulo, segundo o autor, para que haja uma mudança na educação é imprescindível que seus integrantes busquem e lutem por essa transformação.
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