O Envelhecimento do Organismo

O envelhecimento do organismo como um todo se relaciona com o fato das células somáticas do corpo começarem a morrer e não serem substituídas por novas, como acontece na juventude. Isso está ligado, entre outros fenômenos, ao envelhecimento celular.

Fisiologicamente, o envelhecimento está associado à ausência de tecido fibroso, taxa mais lenta de renovação celular, e à restrição da rede vascular e glandular. A função de barreira que preserva a hidratação celular, também fica prejudicada.

O envelhecimento está ligado a diversas alterações no sistema funcional do corpo, uma dessas alterações é a perda de colágeno que contribui para o aumento da flacidez da pele e atrofia muscular.

Os primeiros sinais do envelhecimento, que são mais evidentes esteticamente na epiderme, camada superficial da pele, “Em idade avançada à pele tende a se tornar seca, flácida e muito fina, com a perda das cristas epidérmicas e com o decréscimo do tamanho do queratinócito. Tornando a cicatrização de ferimentos nos idosos mais lenta. As células somáticas que são responsáveis por formar e renovar tecidos e órgãos, e ao longo dos anos vão se degradando sem haver uma substituição. Assim havendo o envelhecimento celular, e com isso as primeiras manifestações das linhas de expressões, perca de densidade e volume da pele, que com o decorrer do tempo irão progredir para as rugas e flacidez.

Os sinais inerentes ao envelhecimento podem ser causados por um processo natural, ou por fatores externos.

O processo de envelhecimento intrínseco é consequência do desgaste natural do organismo e independe de fatores externos, apesar de ser altamente influenciado por eles2,3. São alterações clínicas, histológicas e fisiológicas que ocorrem na pele e músculos no processo de envelhecimento, tais como, perda de gordura, colágeno, elastina, flacidez de pele e de músculo1,3. A hereditariedade é outro fator que tem forte influência no envelhecimento.1

O comportamento muscular também se altera com o envelhecimento colaborando para o aparecimento de rugas.

Já o envelhecimento extrínseco é aquele causado por fatores ambientais, principalmente a radiação ultra-violeta (UV) – por isso também é chamado de fotoenvelhecimento. Outros fatores, como o tabagismo, o estilo de vida, a alimentação, o peso, o estresse, privação de sono 2,3, também colaboram com esse processo.

“Com a idade, há um aumento na massa de gordura corporal, especialmente com o acúmulo de depósitos de gordura na cavidade abdominal, e uma diminuição da massa corporal magra. Essa diminuição ocorre basicamente como resultado das perdas da massa muscular esquelética. Essa perda, relacionada à idade, é denominada como sarcopenia”

Há diversos fatores que contribuem para o desenvolvimento da sarcopenia, como redução ou ausência de neurônios motores, alterações hormonais, alimentação inadequada, inatividade física e baixo grau de inflamação crônica. E tais alterações são evidentes até mesmo em pessoas saudáveis, ativos fisicamente, resultando numa redução de massa muscular a partir dos 50 anos.

A sarcopenia vai além de questões neuropáticas, podendo estar relacionada a fatores como a apoptose de células musculares e ações enzimáticas ou mitocondriais que são capazes de realizar catabolismo celular das fibras musculares.